[GRADUAÇÃO] REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA

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[GRADUAÇÃO] REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA
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Bloodlad

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Sex 25 Fev - 20:21

Narrador: STAZ BLOOD

REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA

@zekken & @AKCL

ㅤㅤDessa vez, Itadori Yuji escutava com atenção ao relatório completo de Reboro Utaka, nukenin que o chunin havia enfrentado a quase duas semanas, mas que por incompetência do menino havia escapado. A arrumação do gabinete simulava quase um tribunal, como se julgassem o menino por seu atual fracasso na missão de captura de Reboro.

ㅤㅤ— Reboro Utaka, vinte e quatro anos, um metro e oitenta e dois de altura, setenta e dois quilos. Tipo sanguíneo A. É um ex-ninja da Névoa, especializado em combate corpo a corpo e manejo de espadas, tendo uma rara lâmina de codinome 'Silenciosa', que não sabemos quais são os reais poderes.
ㅤㅤ— É um dos melhores espadachins que a Névoa possuía. — A assistente interrompeu o porta voz da missão para acrescentar. Ele não gostou.
ㅤㅤ— É. Isso. Sua perícia em Kenjutsu é realmente notável, além da perícia em armamentos, e claro uma inteligência perspicaz em batalha. Dada toda essa situação, e os detalhes das capacidades de Reboro, o gabinete decidiu por bem eleva-lo a categoria de Nukenin Rank-B, que são shinobis de periculosidade elevada e potenciais ofensivos preocupantes. — Entregou um ramo de folhas a Yuji, para que o menino conferisse a ficha técnica do Utaka. A imagem de perfil do sujeito era exatamente a que ele se lembrava, o mesmo sorriso malicioso e atitude sombria que tinha quando se enfrentaram. — Você o viu de perto em ação, mesmo falhando em pega-lo. Achamos que você gostaria de ter a chance de captura-lo, por isso estamos enviando você novamente. — A porta se abre, e uma outra assistente vai até o encarregado da missão.
ㅤㅤ— Senhor, os relatórios dos últimos graduados. O senhor precisa dar o visto para que sejam efetivados em suas novas patentes.
ㅤㅤ— Ah sim. Um minuto, Yuji. — Observou os nomes dos ninjas que haviam acabado de concluírem suas missões de graduação. — Shizuke Yoshimura, elevado a chunin, interessante... Nossos genins são promissores. — Carimbou a ficha do jovem, passando para a próxima. — Kaguya Eru... Tokubetsu Jonin, mais interessante ainda... Esse foi o genin que foi à guerra, certo? Ele cresceu rápido. — Deu o visto e liberou a mulher.
ㅤㅤ— Obrigada, senhor. Ah, o outro chunin que o senhor chamou também já chegou. Está aguardando do lado de fora.
ㅤㅤ— Ah, mande-o entrar.

ㅤㅤPara surpresa do rosado, o jovem que adentrou a sala já era seu conhecido.
ㅤㅤIzuku Lee havia sido designado pelo relator da missão para compor a equipe, principalmente por causa das habilidades do Lee e de seus feitos em missões recentes, que haviam chamado sua atenção.

ㅤㅤ— Sente-se. — Ele disse a Izuku. — Há uma cidade no leste do País da Água que tem nos causado muito problemas, principalmente com ameaçadas de insurreição e rebelião contra Kiri e contra o Senhor Feudal. Segundo um de nosso sentinelas, Reboro foi visto aproximando-se dela na noite passada. Sabemos que ele tem uma sede de poder voraz, e muito provavelmente tentará se aproveitar dos anseios de "liberdade" da população local para alçar seus próprios interesses. E tem mais, suspeitamos de que ele não esteja sozinho, já que as informações que extraímos de seus capangas capturado deu a entender que há mais homens com ele. Como orientação, eu diria que é preferível que ele fosse trazido com vida para cá. Porém... se não for possível, morto ele não poderá mais agir contra a Névoa, certo? — Para bom entendedor meia palavra já bastava.

ㅤㅤA cidade de nome Nikkō, era conhecida por ser um ponto turístico bastante movimentado, com intenso fluxo populacional, tanto de nativos quanto de estrangeiros. De Kirigakure até ela a pé era uma viagem de oito horas, mas se tratando de ninjas esse tempo podia ser reduzido. Uma geada fina os acompanharia até o lugar, assim como o céu nublado típico daquela hora da manhã.

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Zekken

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Sáb 26 Fev - 3:06

Yuji estava em casa algumas horas atrás, treinando seus punhos contra um totem de madeira que o mesmo havia pego emprestado do campo de treinamento. O jovem chunin da névoa treinava seus golpes no mesmo, dando um soco por vez, combinando-os para criar sequências e mais sequências; precisava adaptar-se, ficar mais forte, melhor e mais preciso. Era necessário, afinal, não queria perder para Eru, muito menos para Lee. Ambos eram fortes naquele momento, mais forte que ele próprio e isso era uma vergonha para aquele que seria o líder do mundo e da organização mais forte. O suor escorria pelo canto do rosto do rapaz, indo em direção ao queixo, pingando no solo de madeira de sua casa. Yuji estava focado, precisava estar, imaginando aqueles que precisava superar a cada golpe dado no boneco de madeira. Eru, Lee, todos. Cada soco era um inimigo derrotado, cada golpe encaixado era um degrau a menos em seu objetivo, e consequentemente em sua ascensão. Itadori não podia ficar para trás, precisava compensar pelo tempo perdido, igualmente por sua falha de outrora. Mais um golpe, e mais outro, e um último para concluir com seu treinamento daquele dia. O boneco de madeira ganhou uma rachadura, e o chunin ganhou mais habilidade após a conclusão do seu treino.

[...]

O amanhecer foi calmo como de praxe. Itadori não possuía muitas tarefas, e sua casa já estava arrumada, então realmente não tinha muito para fazer. Contudo, conforme as horas passavam e a tarde vinha, um corvo chegou a janela do rapaz, deixando-o uma mensagem de onde deveria estar e que horas, o que fez com que o mesmo não se atrasasse para seu compromisso. E isso nos leva até o atual momento: O imortal estava sentado na sala de seu superior, escutando as informações daquele homem que outrora fugiu: Reboro Utaka, um nukenin agora classificado como Rank B. Yuji havia pego um emaranhado de folhas que foi-lhe entregue pelo homem à sua frente; o garoto viu o mesmo, um por um, e absorveu em sua mente toda a informação possível sobre seu nêmesis. O superior do chunin falou um pouco mais, e o lembrou de sua falha. —— Não vai se repetir. —— Yuji respondeu, seco. A porta se abriu e mais um monte de papelada foi entregue, e nestas continham os nomes dos mais novos graduados do vilarejo. Alguns eram conhecidos de Yuji, já outros não, entre estes, um nome se destacou: Eru. Mais uma vez, o garoto estava à frente do chunin, tanto em força quanto em patente; o jovem mordeu os lábios como forma de protesto, mas se recompôs em seguida. Um terceiro entrou na sala, e para a surpresa do jovem de cabelo rosa, era seu amigo Lee.

—— Oi, Lee, há quanto tempo. Como você está? —— disse em tom amigável, sorrindo. O superior de ambos explicou os detalhes da missão, e a localização de onde Reboro estaria, assim como a situação do local. Yuji assentiu com a cabeça e se levantou, curvando-se em respeito ao homem, saindo da sala. Do lado de fora, porém, aguardou por Lee para então iniciar sua incursão à Nikkõ.

—— Creio que você já sabe de quem estamos atrás, certo? Ele foi… alguém que eu deixei escapar. —— Envergonhou-se. Não era fácil admitir um erro, ainda mais pra alguém que considerava bastante. O jovem suspirou, rumando em direção à cidade em velocidade moderada; a geada da névoa os acompanhava, predizendo que algo de ruim estava por vir.

HP: Nulo, CK: 750/750
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AKCL

Tokubetsu Jonin

[GRADUAÇÃO] REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA QRpAu57

Sáb 26 Fev - 16:55

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— Quatrocentos, quatrocentos e um, quatrocentos e dois, quatrocentos de três, quatrocentos e qua... hey! Quem ta fazendo sombra ai? — Minha serie prolongada de flexões era interrompida quando uma sombra cobria meu corpo e atrapalhava a contagem, quebrando meu ritmo incansável de repetições. Olhei levemente para cima, dobrando os joelhos para levantar o restante do meu corpo. Uma bela mulher com roupas formais estava de pé me olhando como quem estivesse julgando algo. — Um gato comeu sua língua? — Puxei meu longo casaco escuro ao lado na grama e o vesti, cobrindo os músculos suados no gelado inverno de Kirigakure. — Izuku Lee? Eu preciso que venha comigo. — Curte e grossa, ela dava as costas me fazendo erguer a sobrancelha ao olha-la caminhar com o vestido apertado. — Pra onde você quiser... — Sussurrei, terminando de me arrumar, me certificando que todos os equipamentos estavam em seus lugares. Me aproximava da mulher enquanto me alongava, seguindo ao seu lado. — Então, para onde vamos? — Questionei com um sorriso no rosto, e o olhar de quem estava realmente esperando segundas intenções. — Ao Gabinete. — A resposta veio como uma facada e cortou o clima. Agora, com o semblante sério estabelecido, focava meus olhos na construção mais poderosa de Kirigakure.

Em pouco tempo desde o campo de treinamentos ate o Gabinete, aguardava a permissão para entrar atrás de uma porta dupla de madeira bem envernizada. — Você fará parte de uma equipe... para capturar um fugitivo. É tudo o que precisa saber por enquanto. — Ela explicava. Apenas ouvi que me mandavam entrar, e um empurrão nas minhas costas me fez abrir a porta logo a minha frente. Meus olhos se arregalaram, surpresos por ver aqueles cabelos rosados logo ali, desviando então para o outro homem. — Yuji está com problemas? — Serrei os punhos e me aproximei com calma, sentando ao seu lado. — Yo! Estou ótimo e você? Tinha que ver a mulher que me trouxe pra cá... ela sim ta ''bem'' heh. — Dei uma leve cotovelada em Yuji e olhei para o outro homem na sala. Viajar para outra cidade em busca de um fugitivo, aquilo me trazia uma nostalgia intensa, que me fazia olhar levemente para Yuji e pensar em Keisuke Uchiha.

Bati nos ombros de Yuji, rindo. — Você deixou ele escapar de proposito, não foi não? Ficou fácil demais e você decidiu dar mais uma chance pra ele, é isso! — Soquei a palma da minha mão enquanto seguia Yuji na mesma velocidade para a cidade. Olhar somente para nós dois me cortava o sorriso do rosto. — Onde será que ele foi parar... precisamos do ninja mais forte do mundo... droga. — Limpei um suave marejar nos olhos e segui o caminho.

HP: 1275/1275 | CH: 1975/1975 | ST: 00/06

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Bloodlad

Dom 27 Fev - 18:44

Narrador: STAZ BLOOD

REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA

@zekken & @AKCL

ㅤㅤO caminho até a cidade seria de relativa tranquilidade. Seguiriam a rota primeira atravessando pela floresta da Névoa, depois chegariam ao entreposto comercial, responsável pela troca, venda e revenda de itens e objetos raros e rumariam mais ao leste, passando por vilarejos menores, pequenos povoados, um vilarejo em ascensão chamado Maebashi, e por fim até os grandes portões de Nikkō.

ㅤㅤA cidade era grandiosa, mas parecia estar menos povoada quando vocês chegaram. Eram quase dezenove horas quando vocês finalmente adentram Nikkō, e a temperatura já chega aos dois graus negativos. De cara vocês notam muitos policiais e figuras apaisana, vigilantes no cimo das maiores construções, usando binóculos e comunicadores. Dependendo da forma que vocês entrarem eles terão uma reação hostil ou indiferente a vocês. O portão e o centro da cidade ficam próximos, sugerindo de que geograficamente a cidade não tenha sida construída exatamente do ponto zero.

ㅤㅤNa região central, grandes casas, torres e pequenos castelos podem ser vistos, agora porém cobertos por uma névoa gélida. Vocês tem total liberdade para adentrarem e explorarem todo o território mas o centro parece bastante promissor, não só porque aparentemente detém o maior poder aquisitivo da cidade como também porque a quantidade de vigilantes e seguranças cresce exponencialmente a medida que se aproximam da região.

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ㅤㅤHá, contudo, uma estrutura chamativa que vocês conseguem enxergar desde o lado de fora do portão. Trata-se de uma torre cilíndrica e gigantesca, localizada entre outras grandes estruturas. É feita de mármore e cimento escuro, e é muito bem polida e cuidada. De cara já da para imaginar que se trata de algum prédio oficial, provavelmente sede do governante da cidade, que pelo relatório da missão vocês sabem se tratar de um aparentado do Senhor Feudal do País da Água.

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Zekken

Seg 28 Fev - 16:41

Izuku Lee era um homem diferente de todos os outros. Não possuía habilidade em Ninjutsu ou Genjutsu, mas era um dos mais formidáveis, senão o mais formidável lutador que já vi, talvez, apenas talvez, ficando atrás de Eru, mas isso era difícil dizer; nunca tive a oportunidade de ver ambos lutando a sério, e possuía certeza de que isso seria um show e tanto. Minha mente vagou por um instante, lembrando-se da fala do rapaz dentro do gabinete; a brincadeira para com a assistente de nosso superior tirou-me um riso, e isso foi algo que há muito eu já não fazia. Tantas coisas aconteceram, e foi uma outra lembrança que me tirou do silêncio soturno, a pergunta de Lee para mim, se eu estava bem. Eu estava? Sim, mas estava envergonhado. Não havia deixado Reboro escapar de propósito, não, ele foi mais forte que eu, e eu, que deveria ser o mais forte do mundo não conseguia sequer ser o mais forte do time. Tsc. o som foi inaudível a Lee, pelo menos era o que eu imaginava.

—— Quem dera.. eu fui fraco. Reboro era mais forte que eu, mas agora, eu estou mais forte que ele, e isso eu irei provar para você. —— disse num tom sério, fitando o homem com meus grandes olhos. Era notável que Lee não estava feliz, e eu sabia o porquê: estava faltando um homem em nosso time, Keisuke, que há muito já havia sumido. —— Talvez ele tenha ido embora do vilarejo e tenha iniciado sua ascensão ao mais forte. Talvez ele esteja nos esperando fora daqui, quem sabe? Só espero que ele esteja bem. —— finalizei, ainda fitando Lee. Nosso caminho foi tranquilo, mas infelizmente em silêncio. Eu não estava conseguindo bolar uma conversa com Izuku, e isso era um tanto complicado; eu estava… tímido talvez? Não sabia, mas algo me impedia de conversar com meu companheiro de forma decente. Balancei a cabeça para afastar os pensamentos ruins, mas de nada adiantou, pelo menos até agora.

O caminho até o local designado estava sendo tranquilo. As florestas de Kirigakure eram bonitas, calmas, e melancólicas. Passar por elas trouxe-me um sentimento antigo do qual eu não fazia ideia que ainda possuía, mas deixei-o de lado para focar no que estava à minha frente: o entreposto comercial. Lá, eu e Izuku passamos por dezenas de vendedores, e itens exóticos, uns mais bonitos que outros, e outros tão feios quanto um rabisco de uma criança na parede. Arte era algo relativo, e tinha algumas que nem artes poderiam ser consideradas, mas ainda sim, eram vendidas por um preço exorbitantes. —— Nunca vou entender quem compra esse tipo de coisa. Que mau gosto. —— falei a Lee, apontando para uma arte que achei feia: dois bonecos de palitos feitos num quadro negro. Não sabia se meu companheiro partilhava de meu pensamento, mas não custava tentar bolar algum assunto.

O caminho seguiu, e com ele, passamos pelos vilarejos menores. Os povoados eram modestos, mas as pessoas gentis, e isso era algo bom de se ver, em contrapartida, ver o modo que viviam me trazia certo desconforto, e uma cruel dúvida: porquê Kirigakure não ajudava? Levei a destra a cabeça, e a cocei, tentando entender o motivo para isso. Enfim, continuamos a viagem até chegarmos no local designado, e diferente dos demais povoados, este lembrava Kirigakure. Possuía torres altas e boa infraestrutura, diferente do que havia visto há pouco, além de claro, guardas e mais guardas rondando a localidade.

—— Isso é estranho. Há guardas demais. —— relatei a Lee, intrigado com o que estava vendo. Talvez o garoto soubesse o motivo para tal, ou talvez não, mas era algo estranho, e teríamos de tomar cuidado para não alertar as autoridades. —— Alguma sugestão de onde devemos ir? —— Indaguei, por fim.

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AKCL

Tokubetsu Jonin

Seg 28 Fev - 20:25

Ainda que um nó se formasse em minha garganta, era minha obrigação resistir a soturnidade do momento. Fechei meus olhos por um mero segundo e suspirei, bastou para que eu limpasse a névoa que cobria meus pensamentos e pudesse focar adiante. Como eu receava, Yuji também não tinha noticias de Keisuke, e seu paradeiro descansaria em mistério. O homem mais forte do mundo, os olhos escarlates, eu ainda podia senti-lo caminhando ao nosso lado, ainda podia ouvir sua voz ecoando pelo caminho e se vangloriando de feitos que ainda iriam acontecer. — Talvez ele esteja querendo solucionar o tal mistério que tinha nos poderes dele. Você não precisa me provar nada, Yuji. Você é o mais forte. — Sorri brevemente, e lembrei-me da duvida de Keisuke sobre os poderes de seus olhos. Ao cruzar os portões da vila, bati os olhos nas costas de Yuji, e a lamina ainda estava com ele. Aquilo me tirou um farto sorriso, mesmo após tanto tempo sem sairmos juntos para uma missão, a lembrança de nosso primeiro encontro ainda estava com ele.

O silencio que se estabeleceu durante parte do percurso era incomodo, mas de certa forma não me senti a vontade para quebra-lo. Para mim, a sensação era de luto, mesmo sem saber se realmente havíamos perdido um grande amigo. — Tem visto o Eru? — Tentei, com um tom baixo enquanto tomávamos todos os cuidados para cruzar os bosques de Kirigakure, tão cobertos com a nevoa opaca quanto a própria aldeia. Mantive as mãos no bolso da jaqueta, protegendo ouro em meus punhos do frio, enquanto o ar quente de minhas palavras se unia com o nevoeiro. A baixa visibilidade transformava a viagem, que apesar de calma e tranquila, em uma onda incessante de reflexões, das quais eu sempre vivi fugindo. — Devo contar a ele? — Pensei, desviando os olhos para Yuji. — Ei mano. É meio estranho o que vou te falar, mas caso eu venha a usar todo meu jutsu... eu... eu não vou nem conseguir me mexer depois. Estou avisando logo pra não assustar. Heheh. — Levei a mão na nuca, tímido pela fraqueza da técnica.

Finalmente, os primeiros comércios chegavam. A feira se estendia por um longo percurso, com incontáveis bancas e diferentes produtos. Era impressionante a diversidade fora do Vilarejo, aquela era realmente a vida real do mundo, sem o elitismo das grandes vilas. — Como não vemos algo assim na vila? — Sussurrei sozinho. O comentário do rosado me tirou um riso rápido, observando a arte em questão. — Bom, não é das melhores, mas parece o seu braço. — Exibi o bíceps, que elevava a jaqueta. Agora, com a descontração no ar ficava mais fácil puxar assuntos. — Tem comido direito? Treinado? Aprendeu algo novo? — Indaguei enquanto íamos aos vilarejos menores.

A vista dos povoados só me fazia questionar ainda mais a elite das grandes vilas. Povos tão cheios de cultura, com ambições, sonhos, e a grande Kirigakure nada fazia. Minha vontade era de parar e ficar, ajudar a todos, fazer com que a grande Vila Oculta da Névoa os visse como iguais. — Droga... — Pensei balançando a cabeça, rumando ao destino final. O ultimo vilarejo, bem diferente dos demais. Torres bem estruturadas, exalando riquezas e conforto, guardas aos montes. A elite, como sempre, afastando os inferiores. Segui observando as casas, os pequenos castelos, indo para o centro do local. — Ali. E bom, se alguém perguntar, fomos chamados para integrar a equipe de seguranças, não acha? — Deixei uma sugestão no ar, enquanto observava a torre cilíndrica. Abusando da minha mente calma, mantive as mãos no bolso e caminhei até a torre, procurando por uma entrada ou por alguém que eu pudesse falar sobre sermos novos seguranças do local.

HP: 1275/1275 | CH: 1975/1975 | ST: 00/06

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Bloodlad

Ter 1 Mar - 19:54

Narrador: STAZ BLOOD

REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA

@zekken & @AKCL

ㅤㅤA percepção dos guardas a vocês não foi das melhores, em especial quando viram seus trajes e bandana de Kirigakure exposta sob suas vestes. A principio não implicaram e os dois adentraram na cidade e tiveram tempo para conversarem e a observarem de perto.

ㅤㅤPassado este momento, vocês dois seriam abordados.

ㅤㅤ— Boa noite senhores. Vou pedir para que vocês nos acompanhem. — Esse que falava era alto, com a cabeça inteiramente raspada e uma tatuagem de chama no lado direito do rosto. Às suas costas quatro vigilantes cobriam sua retaguarda. — A cidade está sob nova direção, e isso implica em algumas regras e abordagens diferentes. Me acompanhem. — Virou-se e prosseguiu, rumando para a parte central do lugar.

ㅤㅤVocês não eram obrigados a segui-lo, principalmente porque ele parecia bastante sério enquanto falava. Mas se o fizessem iriam ser levados até a torre principal de Nikko. Quanto mais se aproximavam mais guardas eram vistos. Pelo menos uma centena deles, com os mais diversos tipos de arsenal, tanto bélico quanto de inteligência e logística.

ㅤㅤ— Avise que estou com eles. — O careca diria no comunicador para alguém do outro lado da linha caso os dois escolhessem acompanha-lo pacificamente.
ㅤㅤ— Suba com eles. — O outro lhe devolveria.

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Zekken

Qui 3 Mar - 13:03

—— Já fui o mais forte, hoje em dia eu sou… só sou. —— respondi a fala de Lee após um longo intervalo de silêncio. É, eu só existia, não era forte, fraco, ou qualquer coisa do tipo, apenas existia e possuía uma imortalidade um tanto quanto complicada: precisava matar para sobreviver, do contrário, morreria como um ser humano qualquer. A dualidade de minha habilidade era tenebrosa, mas era algo bom: eu punia quem deveria ser punido, então não havia muito para reclamar. —— Espero que ele não tenha morrido ao buscar os segredos dos olhos escarlates, senão vou ter de ir ao inferno e trazê-lo de volta para nós. —— finalizei, sorrindo para Lee. —— E respondendo sua pergunta, não o vi, e você? Só sei que ele está um passo na nossa frente, se graduou como Tokubetsu. Deve estar ainda mais forte! Espero que possamos ter um outro treino amigável logo. Aliás, você não precisa usar todo seu poder: recentemente eu descobri o poder da imortalidade, então, vou servir de escudo humano enquanto você bate neles, e se algo acontecer comigo, não se preocupe, só me levar para um hospital e pedir para me emendarem que vai ficar tudo bem. —— concluí, rindo de minha própria explicação. Havia lembrado das perguntas de outrora que não respondi, e apesar de estarmos numa enrascada, tirei o tempo para o fazer. —— Eu ando bem, e você? Nossa vila não se importa com outras além de si própria, talvez tenha sido por isso que Keisuke foi embora. Aliás, além da imortalidade recém descoberta, aprendi uma técnica de assimilação: posso devorar você e ganhar seus poderes, por exemplo! Legal, não é? —— ironizei, sabia que não era, afinal, era meio asqueroso até para mim.

De súbito, fomos abordados por alguns homens que nos pediram para os acompanhar. Arquei a sobrancelha, e olhei para Lee, e movimentei a cabeça em sinal de reprovação, como se falasse para ele não fazer nada. —— Fomos convocados para integrar a equipe de segurança, vocês fazem parte dela? —— disse, observando os arredores enquanto o seguia. O mesmo dissera para alguém que estava conosco, mas pude notar que a caminhada se dirigia até a torre central, aquela de outrora, e que esta estava cerca de dezenas, centenas de inimigos, com todo tipo de arma. Continuei a segui-lo, e esperava que Lee fizesse o mesmo. —— Desculpe mas, pode nos dizer para onde está nos levando? —— Indaguei, por fim, há exatos sete metros do careca, e três ao lado de Izuku.

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AKCL

Tokubetsu Jonin

Qui 3 Mar - 13:27

Finalmente a conversa com Yuji parecia engrenar, trocávamos risos e piadas sobre nossas habilidades de forma descontraída, por mais estranha que fosse a falta do terceiro membro da equipe. A noticia de que Eru havia se graduado me fez arregalar os olhos, mas não de surpresa e sim de admiração. Eru era o único que conhecia capaz de suportar até mesmo o ultimo nível dos Oito Portões de Chakra, o mais forte no Taijutsu que já havia enfrentado, muito mais forte até mesmo que o ciborgue assassino do Clã Lee. As novas habilidade de Yuji eram intrigantes, para não dizer bizarras ou nojentas. A imortalidade era de fato interessante, mas a capacidade de devorar e assimilar novos poderes me trazia calafrios. — Errr... se um dia isso acontecer, espero pelo menos ter um gosto bom. Eu estou bem, não aprendi muuitas coisas novas, estou aos poucos chegando lá. Mas se você for devorar alguém, me avisa pra não olhar, ta bom? — Senti o frio subir pela espinha e me contorci rapidamente só de imaginar a cena assustadora de ser devorado ou assistir algo parecido, mas continuei seguindo ao lado do rosado. Não demorou para que nossa presença fosse notada pelos locais, ou melhor, pela segurança local. O calvo gigante e tatuado era quem se pronunciava, acompanhado de outros homens calados logo atrás.

— Tatuagem no rosto? Tem cara de bandidinho... — Pensei, apenas concordando com um gesto positivo de cabeça. A nova direção do vilarejo poderia significar muitas coisas, mas a presença de tantos guardas era um sinal de preocupação da diretoria local. Se não estivesse devendo algo, para que tantos? Meu alvo anterior, a torre central, foi mesmo o local para onde rumamos, acompanhados pelo careca e sua trupe. Por todo momento mantive minha mente limpa e calma, deixando ambas minhas mãos visíveis aos guardas, vez o outro colocando-as atrás da nuca para andar de forma mais despojada. A cada passo, novos guardas surgiam. Cada um portava uma arma diferente, tinha uma aparência diferente, era como se tivessem reunido todos os arruaceiros do País em um único ponto. Se não fosse tão calmo, com toda certeza estaria fervendo para socar alguns. Yuji indagou, e voltei a observar o careca e como reagiria a curiosidade de meu amigo. — Também estou curioso, espero que tenha comida. A viagem foi um pouco longa, he. — Sorri, e de forma lenta para que todos pudessem observar minhas mãos, repousei a destra em minha barriga, acariciando o local. Independente da resposta, eu iria seguir o careca esperando que Yuji também o fizesse. Se fossemos subir, eu faria isso.

HP: 1275/1275 | CH: 1975/1975 | ST: 00/06

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Bloodlad

Sex 4 Mar - 1:24

Narrador: STAZ BLOOD

REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA

@zekken & @AKCL

ㅤㅤA tatuagem em seu rosto ficou visível quando se virou para responder Yuji.

ㅤㅤ— A equipe de segurança? Não exatamente. — Continuaram até a torre.

ㅤㅤO entorno do lugar era ainda mais bem resguardado e defendido do que o resto da cidade. Os dois entenderiam que aquele era de fato o prédio do prefeito da cidade. Subiram pelas escadas, com as paredes ornamentadas com quadros e objetos artísticos de valor. Cada andar mais seguranças eram vistos, mas eles não usavam as mesmas roupas como era de se esperar do serviço oficial de Nikko. No decimo andar, após percorrerem duzentos degraus chegaram enfim ao gabinete do prefeito.

ㅤㅤO careca tocou o sino, e um outro abriu a porta para eles.

[GRADUAÇÃO] REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA 141afdfc25fcbdb357a832cf5d8f3a63--meeting-rooms-scenery

ㅤㅤO primeiro vislumbre do interior revelou uma mesa cercada de poltronas feitas de couro escuro. Do lado direito uma janela dava vista para toda a cidade, do esquerdo outra janela também dando vista panorâmica de Nikko. Assentados estavam o prefeito de Nikko, Satoshi Saraushi, seu assessor Vincent Chitoiche, o chefe das finanças da cidade, Maraugi Chagaishi e na cadeira central, lá estava, a missão dos dois jovens; Reboro Utaka, despretensiosamente sentado ouvindo Satoshi apresentar os termos de rendição da cidade a ele. Tinha tomado-a, com alguns homens, que logo se tornaram muitos pois o nome de Reboro já era respeitado e temido nas regiões do crime.

ㅤㅤ— Amanhã o senhor irá renunciar na frente de toda cidade. Preciso que meu domínio seja minimamente legitimo. — Dizia alisando o cabo da Silenciosa, sua lâmina lendária. Notou o careca e os que vinham com ele. — Ah são eles. — Já havia chegado até ele que os dois kiri-nins estavam pela cidade. — Conheço você, não? O baixinho de cabelo feio. Seu rosto não me é estranho. — Era a Yuji que se referia. As figuras de poder que ali estavam olhavam ansiosas para os dois ninjas.

[GRADUAÇÃO] REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA 22_1

ㅤㅤ — O que querem aqui? Não me digam que enviaram vocês dois para me capturarem. Desistam, vão pra casa, estou muito ocupado não veem? Tenho uma cidade para assumir, negócios para cuidar e dinheiro para fazer. — Pôs a mão na Silenciosa caso algum dos dois à sua frente se mostrassem insanos o suficiente para avançarem contra ele.

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Zekken

Sex 4 Mar - 1:58

—— Isso definitivamente não vai ocorrer, Izuku-san. Você é um grande amigo para ser devorado. E te garanto, não é tão nojento quanto eu fiz parecer. —— disse, sorridente. Era óbvio que Lee não era um alvo de minha habilidade, ou Eru, ou quaisquer um de meus companheiros, os demais, porém, não faziam diferença, a não ser, é claro, que suas habilidades chamassem minha atenção; por exemplo, Keisuke possuía uma habilidade peculiar da qual eu teria gosto em tomar para mim, mas não dele, é claro, e sim de algum outro Uchiha com um Sharingan, mas até achá-lo… Bom, se existia um Uchiha na névoa, talvez existisse outro; mas “devorar” um ninja companheiro poderia trazer certo incômodo ao Líder da névoa. Droga… bom, se eu for devorar e ir encontrar Keisuke, acho que não há problemas. pensei, observando Lee e o careca ainda caminhando em direção a grande torre.

O comentário do homem me fez arquear a sobrancelha, porém, não podia tomar quaisquer atitudes ali uma vez que ainda estava cercado por dezenas de antagonistas que desconhecia. Talvez os poderes deles fossem maior que o meu e de Lee, ou talvez não, mas suas armas com certeza deixariam-nos em uma péssima situação; suspirei, mas o tilintar do sino me chamou atenção, junto do ranger das portas abrindo. Para a minha surpresa, o homem de cabelos negros estava lá, sentado, sem quaisquer problemas. Reboro… Murmurei.

A raiva, porém, tomou conta de mim no instante seguinte; ele podia falar mal de mim, de meu companheiro, droga, até mesmo de minha família, mas nunca, em hipótese alguma, poderia falar mal do meu cabelo. —— Vim levar sua cabeça de volta para o vilarejo, desgraçado. Seu cabelo é pior que o meu, e você é ainda mais feio. —— respondi, birrento, como uma criança de cinco anos de idade. Claro, não podia tomar uma atitude ali, não agora, não nesse instante; eu era imortal, sim, mas não meu parceiro. Suspirei, observando ao redor. Uma cidade para tomar, eh? Todas as ofensivas possíveis para investir contra Reboro passaram em minha mente num instante, mas, infelizmente, todas findaram no fracasso; não podia atacá-lo sem pôr em risco meu companheiro, então permaneci ali, inerte, apenas observando o desenrolar da conversa, levando a destra devagar ao bolso para pegar um chiclete e saciar meu vício.

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AKCL

Tokubetsu Jonin

Sex 4 Mar - 3:48

As cenas de Yuji devorando outras pessoas com os próprios dentes não sumia tão fácil da minha cabeça enquanto caminhávamos escoltados pelo careca e sua gangue feiosa. Até mesmo cenas que representavam sua imortalidade pairavam meus pensamentos, como ver sua cabeça rolando e ainda conversando comigo, ou apenas os braços se movendo com vida. Era bizarro e podiam ver na minha cara que algo estava me incomodando o tempo todo. — Grrrr eca. — Sussurrei sozinho, fechando os olhos e balançando a cabeça. — Ainda bem que Keisuke não ouviu essa, ele ia zoar até morrer. — Por fim, a historia virou motivo de riso. O careca e sua gangue nao faziam parte da equipe de segurança, o que me fez ficar ainda mais curioso para onde estava sendo levado. Obviamente, tal curiosidade não vinha com questionamentos altos, preferindo mantê-los presos em meus pensamentos.

A quantidade de homens e armamentos a vista me preocupava, por mais que conhecesse minha própria força. Um alto numero de inimigos poderia prejudicar a resolução da missão. Após a escadaria que fez minhas pernas se aquecerem minimamente, suspirei, colocando as mãos na cintura. — Uff, não pensaram em colocar um elevadorzinho não? Deve ser baratinho né? — Olhei para o careca tatuado, enquanto ele tocava aquele sino chique. A porta se abriu e a sala de reuniões veio até nós. O alvo de nossa busca e outros membros que eu sequer sabia quem eram estavam reunidos e discutiam alguma coisa importante, que procurei ignorar e dar atenção a Reboro. Seus comentários contra Yuji me fizeram arquear a sobrancelha, mas não de incomodo, mas de curiosidade como o rosado iria reagir a seu ''rival''.

Tomei a liberdade de me mover pela sala, não muito longe do careca, sempre deixando minhas mãos expostas para evitar algum tipo de desconfiança. E forma lenta, puxei a primeira cadeira vazia próxima de mim e me sentei nela, alongando um pouco as costas e suspirando. — Lugarzinho longe em, tem um cafézinho ai, Careca? Uf deu até um ''suadô'' — Descontraído, mas sem tirar os olhos de Reboro, fui lento ao abrir minha jaqueta, para que todos pudessem ver onde minha mão estava indo. Ali, expunha todo o meu físico levemente suado, dando um destaque maior aos músculos bem marcados pela luz do local. — Reboco né? Prazer, Izuku. — Com as mãos por cima da mesa, estava atento aos movimentos que o homem fazia em sua lamina. Por mais irritado que Yuji parecesse, me mantive calmo. Queria conhecer mais daquele homem que havia conseguido escapar do rosado. — Não quero parecer intrometido, foi mal, mas por que essa cidade? — Indaguei, dando um singela observada nos outros sentados na mesa.

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Bloodlad

Sáb 5 Mar - 19:56

Narrador: STAZ BLOOD

REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA

@zekken & @AKCL

ㅤㅤA atitude esdrúxula de Izuku não asssustou Reboro nem um pouco, já que ninguém conseguia ser mais excêntrico do que ele. Decidiu então por atender o pedido do menino, sinalizando com os olhos para que o careca tatuado fosse buscar. O homem foi na hora.

ㅤㅤ— Traga para mim também, e para os meus acompanhantes. Todos eles. — Falava agora não só de Yuji e de Izuku mas também do prefeito e dos outros. Não tirou a mão de sua Silenciosa, mas seguiu com o tom ameno. — Por que essa cidade? Bom... digamos que ela estava no lugar certo e na hora certa. Eu conheço muita gente, como você pode ver. — E ele havia visto, muitos homens sob seu mando escoltava e vigiava a cidade. — E, olha que curioso, o prefeito dessa cidade é o melhor. — O careca voltou com o café, servindo ele mesmo cada xícara e entregando-as. Reboro deu um gole no dele — Está muito bom Copunara, você se superou nesse. — Elogiou o homem. — Onde estava mesmo? Ah, o prefeito. O prefeito Satoshi é um homem visionário, muito afrente de seu tempo. Ouviu minha proposta e a aceitou na hora. Não é verdade, prefeito? Vou trazer paz e prosperidade para Nikko.
ㅤㅤ— É-é. O plano de governo de Reboro é muito promissor. — Vocês veriam que ele estava claramente coagido, mas pelo menos ileso. Não havia quaisquer sinais de machucados físicos no idoso.
ㅤㅤ— O senhor não vai se arrepender, pode confiar. Vou liberar uma coisinha ou outra, mas fora isso as pessoas vão ficar mais ricas, você verá.— À sua frente na mesa, um contrato quase assinado da rendição de Nikko. Voltou os olhos a Izuku.

[GRADUAÇÃO] REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA 25

ㅤㅤ— E você e seu amigo? O que vieram fazer na nossa cidade? Saibam que são muito bem vindos. Todos são a partir de agora. — E eram literalmente todos de fato, criminosos, foragidos, mafiosos, traficantes, nukenins, mercenários, ladrões, salteadores, furtadores, assassinos e toda a vertente fora da lei que se pudesse imaginar. Deu mais um gole em seu café. Parecia estar delicioso.

ㅤㅤIzuku e Reboro estão a dois metros e meio de distância, mas a mesa está entre vocês. Dependendo do lugar em que Yuji escolher se sentar (ou não) ele estará a quatro metros de distância de Reboro. O lado esquerdo do Utaka está ocupado pelo prefeito, o assessor e o chefe de finanças da cidade. Copunara está a dois metros de Yuji e a quatro de Izuku. Há uma janela de dois metros de comprimento e um e meio de altura do lado esquerdo da sala dando vista para toda a cidade.

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Zekken

Dom 6 Mar - 1:25

Izuku era… abusado. Estávamos em outra cidade, cercado por diversos inimigos, inclusive pelo homem que tínhamos de capturar, mas o garoto, ainda sim, tirava sarro da situação, se sentava e pedia uma xícara de café. Levei a destra ao rosto, tapando-o tamanha vergonha que Izuku fazia, mas por algum motivo, eu também sorri: tirar sarro de Reboro era sempre bem-vindo, ainda que o mesmo não demonstrasse quaisquer reações adversas aquilo, pelo contrário, ordenou o careca pra pegar café para todos nós. Que homens. pensei, fitando-os em silêncio enquanto meu rival explicava à Izuku seus motivos. Em seguida, o careca voltou com o café; Peguei-o da bandeija que o homem trouxera e provei de seu conteúdo quase ao mesmo tempo que Reboro, que, após um longo gole, parabenizou seu homem pelo bom café.

—— Dessa vez tenho de concordar com ele, está ótimo. —— complementei a fala de Reboro antes deste retomar sua oratória. Mais uma vez, permaneci em silêncio, apenas escutando o que este tinha a falar, incluindo o líder do vilarejo que, claramente coagido, concordou com seu captor. Mas, era nítido que o homem não portava qualquer machucado, não um físico pelo menos. Reboro continuou, até que indagou à Izuku o que estávamos fazendo ali; tomei a dianteira, permanecendo em pé próximo de Copunara.

—— Viemos atrás de sua cabeça, mas conforme vínhamos para cá nos deparamos com locais largados às traças por Kirigakure. Não gostei daquilo, sinceramente, me causou certo desconforto. Você está nos dizendo que todos são bem-vindos aqui, e isso inclui criminosos tais quais você, a questão é, quem irá garantir a segurança dos civis daqui? E das vilas menores próximas daqui? Se não houver ordem, não fará sentido você administrar tal vilarejo. Se me garantir a ordem, bom, quem sabe nós possamos nos ajudar. —— Fiz uma pausa para limpar a garganta, retomando a fala em seguida. —— Veja bem, Reboro, tivemos nossas desavenças no passado, porém, não estou gostando da administração de Kirigakure, e um amigo meu sumiu há algum tempo, creio que virou um Nukenin e partiu para o mundo para desvendar os segredos de seus olhos carmesim. Estou tentado a ir atrás dele, se por um acaso eu não o matasse aqui hoje, você me auxiliaria em meus planos para fugir de Kirigakure? A direção não deixaria, Jyu é um homem bem volátil, pelo que eu ouvi dizer. —— finalizei, ainda de pé, fitando os homens.

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AKCL

Tokubetsu Jonin

Dom 6 Mar - 16:03

Na frente de seu chefe, o careca era absolutamente calmo e atendia as ordens sem nem ao menos pensar sobre. Minha ousadia felizmente não me rendia nenhum tipo de ofensiva, apenas um olhar atento de Reboro com sua amada lamina. Sorri quando o capanga voltou com as xicaras de café, com calma pegando a que me servia. — Obrigado. — Agradeci assentindo com a cabeça para ele. Ergui levemente a xicara para todos os presentes, ''brindando'' ao momento de nossa reunião. Beberiquei o liquido quente e amargo, sentindo todas as notas da torra dos grãos, como aquele gosto preenchia meu paladar e meu olfato coma uma tsunami de sabor, de calor, aromas que se misturavam o tempo todo mesmo após ter engolido o primeiro gole. — Uau, careca... isso aqui ta muito bom irmão. — Olhei para o autor daquela maravilha e estendi com calma meu punho, oferecendo um ''fist pump''. Beberiquei mais uma vez e repousei a xicara quente sobre a mesa, suspirando deixando o calor sair de meus lábios. Reboro e Yuji compartilhavam da mesma opinião, e o que se iniciou como uma missão de captura estava tomando um rumo estranho. Não tinha vontade alguma de capturar aquele homem, mesmo sabendo de sua fama e seus feitos pelo mundo.

Nosso caminho até Nikko expressou a falha de Kirigakure com seus arredores, com um povo que pertencia ao País da Agua, abandonados pela Sombra que liderava a aldeia maior. Aquilo estava longe de ser a paz, aonde houvesse pobreza, fome, doença, tristeza, a paz não estava lá. Os meios obviamente seriam diferentes, mas o que me garantia que Reboro não traria a paz a Nikko? Com sua influencia, seu exercito de seguranças, seu poder, Nikko poderia se tornar um refugio de ladroes, de desertores, mas se se tornasse pacifica e prospera, por que capturar este homem? Yuji começou a falar, e mesmo sem olhar em seu rosto, consegui imagina-lo.

Terminei o café junto com seu discurso e suspirei. — Ele não pode estar mais certo... — Sussurrei para mim mesmo, mas era possível ouvir. — Eu tenho que concordar com meu amigo de cabelos rosas. Viemos aqui para te levar, Reboro. Mas tudo o que vi pelo caminho foi um abandono total. Eu sou um guerreiro, acredito que você também seja um antes de ser um líder, guerreiros lutam por algo... e eu luto pela paz. O que eu vi naqueles vilarejos não tinha um pingo de paz. — O, até então, líder de Nikko, possuía um olhar preocupado em seu rosto, era obvio que Reboro o estava forçando a ceder sua cidade. — Somos diferentes no que fazemos, mas eu concordo com a proposta de Yuji. Se me garantir que trará paz para Nikko e para todos os vilarejos ao redor, por que não trabalharmos juntos? — Meu olhar amigável havia se transformado em um semblante sério, fechado, com os músculos do corpo tensionados. — Nosso amigo deve estar vagando por esse mundo tomado por guerras, eu preciso ir atrás dele... se algo acontecer a ele... eu não sei como vou me perdoar. O que acha que nos aliarmos? Fazemos Kirigakure abaixar a guarda quanto a seus trabalhos, enquanto você nos auxilia com uma possível fuga, com refugio em Nikko. Claro... você teria que ficar nas sombras por um tempo. — Puxei a xicara e vi lembrei que estava vazia, mas ignorei, apenas deixando-a na mesa novamente enquanto aguardava a conclusão do Nukenin.

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Bloodlad

Dom 6 Mar - 19:48

Narrador: STAZ BLOOD

REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA

@zekken & @AKCL

ㅤㅤOs olhos de Reboro acompanharam àquelas duas figuras saciarem-se de seu delicioso café, entregue pelas mãos de seu mais fiel lacaio. Copunara era um homem grosso e ríspido mas muito astuto. Yuji após dar sua golada no café iniciou sua fala, a qual Reboro só conseguia pensar "Claro que vou defende-los, se eles pagarem por isso..."

ㅤㅤA fala de Izuku era uma reafirmação do que havia sido dito pelo amigo. Reboro aguardava calmamente até que percebesse.

ㅤㅤ— Sim. Eu já trouxe paz a essa cidade, não viram? Olhem quantos guardas ela possuí agora. — Notou o menino de cabelos rosas titubear, Izuku o acompanhou logo em seguida. Os efeitos do chá do nirvana eram os mais diversos possíveis, mas entre sua principal característica a letargia era a mais fatal de todas. A fala de Izuku foi a primeira a sentir, ficando mais lenta e embaralhada. Não conseguiu nem mesmo terminar a última frase.

ㅤㅤReboro olhou-o de relance, ainda sem nada dizer. Esquadrinhou a sala inteira numa fração de segundos e encontrou a janela à sua direita. A mão que antes alisava sua espada foi até seu bolso, propositalmente arremessando uma pequena esfera no chão e a fazendo explodir. Uma massa roxa e gasosa tomou o recinto em segundos, as figuras de poder se jogaram ao chão sem entender nada do que havia acontecido assim que a viram.

ㅤㅤDetrás de Yuji, Copunara o agarrou num mata-leão na intenção de faze-lo desmaiar. Ainda zonzo o menino conseguiria ouvir os passos de outras pessoas indo até a sala. Eram mais três seguranças de Reboro. A sala ainda estava completamente púrpura, e houve gritos por parte do prefeito e seus acompanhantes e um estrondo de vidro estilhaçado logo em seguida.

ㅤㅤJá em Izuku, o próprio Reboro avançou contra ele e violentamente o arremessou para fora da janela, arrebentando a vidraça completamente. Sob o efeito do chá do Nirvana e a nuvem roxa que tomou o salão o garoto não pôde prever aquele ataque, mas assim que foi para fora do prédio conseguiu enxergar o nukenin saltando em seu encalço.

[GRADUAÇÃO] REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA 6

ㅤㅤCom a silenciosa em mãos fez surgir dela uma rajada de vento cortante para pressionar Izuku ainda mais ao chão somando-se a força da gravidade. Se nada fosse feito a morte do menino era certa assim que colidisse com o chão. Vale lembra que era uma queda de dez andares em alta velocidade. Caso de alguma maneira houvesse reação por parte do Lee, Reboro teria sua espada posicionada para defletir ou defender qualquer que fosse o golpe.

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Zekken

Seg 7 Mar - 14:48

Era notável a sincronia que eu e Lee possuíamos, assim como a mesma idéia era partilhada. O jovem de cabelos azuis não só me apoiou com a ideia que tive, como também acrescentou a mesma, fazendo Reboro confirmar que a paz já havia sido alcançada – pelo menos em Nikko. Mas, apesar de não demonstrarmos hostilidade para com Reboro, este mais uma vez se provou ardiloso e sagaz; a bebida que nos ofereceu estava envenenada, e por conta disso, senti meu corpo fraco por um instante, e quando observei Izuku, vi o mesmo sofrendo de forma mais intensa que eu. Merda… Reboro seu desgraçado. pensei, com os olhos raivosos em direção ao rapaz, que, no instante seguinte, desapareceu após arremessar o fumo arroxeado. Copunara, o homem que estava há alguns metros atrás de mim se aproximou, me pegando num mata leão, me sufocando. Merda. pensei, apesar de estar com o raciocínio dificultado.

Ainda com dificuldade, busquei a lâmina na cintura com a destra, e num movimento deselegante, desesperado, visei fincá-la no pé do inimigo, ou em qualquer parte de seu corpo que o fizesse urrar de dor e me soltar para retomar o ar. Não obstante, se, de fato, conseguisse perfurar o homem, me afastaria cerca de dez metros, ainda oculto pelo fumo, e cortaria minha mão para deixar o sangue escorrer no solo e assim fazer o símbolo para iniciar o ritual.

—— Sofra diante de Deus, criatura inferior. Você provocou minha ira, e agora sofrerá por isso. —— disse, expandindo minha intenção assassina na sala, juntamente de uma técnica básica de paralisia para completar o ritual e matar o homem sem quaisquer problemas.

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AKCL

Tokubetsu Jonin

Ter 8 Mar - 13:14

O peso em minhas palavras era tão claro quanto o amanhecer. A dificuldade em formular uma frase veio após os primeiros goles no café, que apesar de delicioso, estava embebedado em algum tipo de substancia nociva para minhas funções físicas e mentais. Sobre efeito lisérgico, mal pude acompanhar o que acontecia naquela sala. A bomba de fumaça lançada por Reboro fez meu corpo apenas entrar em um alerta repentino, mas nada pude fazer quanto ao impacto que meu corpo sofria. A não ser reagir por puro reflexo e instinto de batalha. Com o impacto nas parede e janelas da torre, a queda livre iminente deixou meu corpo se abrir, com pouco tempo para pensar, precisava de alguma forma compensar a lentidão causada pela substancia que percorria meu corpo e ao mesmo tempo os pesos em minhas pernas. Ainda em ar, em questão de instantes após o primeiro impacto, minhas tenketsus receberam a abundante energia dos portões, liberando a energia por cada musculo de meu corpo, aumentando meus reflexos enfraquecidos, minha força e minha vontade. A aura esverdeada que cobria meu corpo constatavam com o forte azulado de meus cabelos, criando uma nova cor para a aura dos Oito Portões. Em pleno ar, Reboro saltava para completar sua investida, mas graças aos reflexos aguçados pude agir por instinto, girando o corpo e as pernas, com os pesos atrelados na canela para corroborar com a esquiva no ar. O dos meus movimentos visou o lado direito, desejando evitar a rajada de ar que certamente encerraria minha vida.

Jogando novamente o peso do corpo, dessa vez para frente, pude acertar minha postura para enfim tocar o chão, como um felino que sempre caia em pé. Era obvio que as habilidades do Hachimon estavam afetadas pelo ''drink'' do careca. — Onde está o Yuji? Merda... — Pensei, dando uma rápida olhada nos arredores. Minha jaqueta estava completamente rasgada, me fazendo erguer a postura e puxa-la de uma só vez, deixando o peito nu e exposto, saltado com os músculos inundados pela força do Quinto Portão. Estavam contraidos, e meus olhos expressavam furia, olhando Reboro de cima para baixo.

[GRADUAÇÃO] REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA Fe2izZ1

— Quer mesmo terminar assim? Verme maldito... por um segundo achei que poderíamos chegar em um acordo. Seu golpe... não chegou nem perto do que um amigo meu consegue fazer. — Ao mencionar o Kaguya em minha fala, meu corpo se inundou com uma vontade maior ainda de lutar, lembrar de sua força me deixava animado, iria supera-lo, e não lhe daria o gostinho de saber que fui derrotado por um mero vilãozinho. Apesar dos efeitos em meu corpo, minha mente estava calma, e meu corpo pronto. Estava com os olhos abertos para os movimentos que Reboro faria com sua lamina, atento para recuar minha investida se fosse necessário. Enquanto minha destra se armou com uma das luvas douradas, a canhota se armou com a soqueira laminada. Avancei contra o inimigo em minha máxima velocidade, observando seus braços e pernas, com o polegar direito segurei o dedo médio e no limite da distancia de dez metros, o liberei duas vezes, em disparos para chamar sua atenção, enquanto meus movimentos se desviavam para direita. Saltaria levemente, girando o corpo com a perna erguida e um sorriso jovial em meu rosto.

[GRADUAÇÃO] REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA RZwhji0

— GUILLOTINE!! — Meu pé visava o topo da cabeça inimiga, utilizando do estilo de luta complexo do Rumbling para tornar meus movimentos ainda mais difíceis de serem acompanhados pelo oponente. A intenção do golpe era incapacitar todos os movimentos de Reboro, lançar seu corpo ao solo junto do impacto no centro de seu crânio. Compreendia que aquilo poderia ser insuficiente e perigoso, por isso mantive minha mente calma para observa-lo, atento a abrir qualquer portão superior para me esquivar se fosse necessário. Com a falha do ataque ou sucesso do mesmo, saltaria para trás trinta metros, suspirando.

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Qua 9 Mar - 19:05

Narrador: STAZ BLOOD

REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA

@zekken & @AKCL

ㅤㅤCopunara recebeu a primeira estocada da kunai furioso. Não soltou o menino de primeira contudo, e em vez disso apertou ainda mais a jugular de Yuji, que quando se soltasse não teria tanta celeridade em contra atacar, tossindo bastante depois que se soltasse da imobilização do careca. Os dez metros colocariam o chunin grudado na parede do salão, e encurralado de certa forma. A fumaça arroxeada escaparia pela janela lentamente e a visão mais limpa revelaria outros três seguranças de Reboro. Tinham armas de fogo e espadas, o que parecia ser uma preferência entre seus capangas. Um capanga mais atento do que os outros deixou a mira exata na direção da janela, vendo que aquela era a única saída da sala, e se afasta a um metro para trás em relação aos outros. Copunara, sangrando, deu a ordem para que avançassem contra Yuji, que veria os três políticos escondidos debaixo da mesa, assustados mas seguros.

ㅤㅤA conversa religiosa do rosado só enraiveceu mais o careca e seus comparsas, que aproveitaram para cercar o menino, um na direita, outro na esquerda e Copunara na frente, com suas vestimentas sujas de sangue. A ideia deles era que Yuji atacasse primeiro, para que focando um deles os outros pudessem se aproveitar para lhe machucarem. A katana de Copunara foi sacada e apontada para o chunin. Aquele era um combate difícil, já que uma sala pequena limitava a movimentação mais livre por parte de todos.

ㅤㅤJá do lado de fora do edifício, a queda cinematográfica de Izuku e Reboro obrigou o Lee a utilizar seus portões de chakra. O nukenin observou a energia esverdeada exalando do corpo do menino e seu desvio súbito de sua Shinkūken o colocou em êxtase. Reboro adorava enfrentar grandes oponentes. A queda de Izuku não aconteceu para Reboro, que usou sua Silenciosa para se prender ao concreto do prédio, após usou os pés banhados em chakra para se equilibrar e desafiar a gravidade. Eram vinte metros que separavam os dois.

ㅤㅤ— Aquela esquiva no ar... foi bonita de ver. — Elogiou o musculoso. — Achou mesmo que eu fosse cair no papinho de vocês? — Deu um sorriso zombeteiro. Ao ouvir sobre o tal amigo de Izuku, não conteve seu escárnio. — Se estiver se referindo ao idiotinha de cabelos rosa lá em cima... — Já havia derrotado Itadori Yuji em outra oportunidade. — Se não for, me diga quem é, e eu mesmo vou lá conferir se ele é tudo isso mesmo. — Reboro tinha uma facilidade em ser irritante, e ele a usava muito bem.

ㅤㅤViu a figura esverdeada cortar em sua direção violentamente, sua Silenciosa chegaria a tempo mas não era um ataque físico comum. "Deslocou o ar pra me pegar, filho da mãe" Sentiu a dor, mesmo com a espada a frente do seu corpo, e usou de sua velocidade para desviar do golpe, mesmo sofrendo seu dano, fortuitamente desviando também do chute de Izuku que encontraria sua nuca logo em seguida. Aterrissou ao chão com o semblante raivoso e intrigado. Eram vinte metros que os separavam agora.

ㅤㅤVisando ter mais tempo para pensar, Reboro deixa cair de sua bolsa uma outra bomba, fazendo surgir uma cortina de fumaça de oito metros de raio. Izuku não poderia enxerga nada dentro da nuvem roxa. Usando de sua inteligência, o nukenin procurava uma forma de atacar, calculando meio e maneiras de surpreender o chunin.

ㅤㅤQuando a fumaça dissipou-se o homem já não estava mais lá, e apenas Silenciosa havia sido deixada, encravada no concreto.

ㅤㅤIzuku sente os efeitos do Chá do Nirvana se aprofundarem, notando que sua velocidade estava menos eficiente do que o normal.

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Zekken

Qui 10 Mar - 11:01

A estocada com o objeto laminado não saiu como esperado. Copunara apertou com mais força ainda minha jugular, o que resultou na falha após eu me libertar dos grandes e largos braços do antagonista uma vez que a tosse me prejudicou mais do que qualquer outra coisa.Merda. o pensamento foi instintivo, mas o efeito da droga tratou de me afetar novamente com uma certa confusão mental. Mas o que… os pensamentos embaralham-se e eu estava a mercê do grandalhão que não tomou a iniciativa dessa vez. O fumo arroxeado gradativamente se dissipou, e após o feito, pude notar outros três homens armados além de Copunara dentro do salão, preparados para engajar num embate a qualquer momento. A destra, ágil, foi até o bolso direito, trazendo o chiclete para minha boca para ver se me acalmava – em vão, uma vez que, segundos após meu movimento os antagonistas avançaram, com exceção do grandalhão.

Cercado, me vi prestes a cometer uma atrocidade sem tamanho; os políticos debaixo da mesa seriam vítimas de um ataque mal planejado, isto é, se de fato fosse eficaz. Os selos foram tecidos com velocidade e precisão, e meu chakra fora amassado dentro do corpo; inspirei profundamente, e então cuspi uma água gelatinosa no ambiente, visando prender tudo e todos em suas devidas posições; não obstante, um singular selo também fora feito por mim, visando paralisar todos os presentes na sala – sendo a exceção os políticos. Acometi, então, com velocidade acrescida pela técnica básica da academia; a pequena Tõken de outrora ainda estava comigo, e dessa vez, a usei para atacar o inimigo à minha direita, e depois o da esquerda; e por último, o grandalhão à minha frente. O movimento relacionado a Copunara foi algo bem mais superficial do que este poderia imaginar; meu foco era seu sangue uma vez que apenas ingeri-lo era mais do que o suficiente para causar sua morte.

Tendo êxito ou não, visaria correr para as costas do grandalhão, cerca de quinze metros, me afastando se possível e parando para um breve descanso uma vez que estava próximo de meu limite.

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Tokubetsu Jonin

Qui 10 Mar - 13:24

Agora entendia os motivos que levaram Yuji a sua falha contra Reboro pela primeira vez. O homem era rápido o suficiente para se esquivar de um potente ataque utilizando o Quinto Portão de Chakra, por mais que minhas capacidades físicas estivessem afetadas pela droga ingerida e os pesos em minhas pernas. No auge de minha força real, Reboro talvez estivesse em pedaços naquele momento. — Merda. — Reclamei quando meu ataque atingiu os ventos. Senti em meu corpo um arrepio intenso, como se todo o esforço realizado apenas fizesse os efeitos lisérgicos transitarem com mais facilidade por cada parte de meus membros, afetando não só minha velocidade, mas também minha saúde. Suspirei, sentindo o suor gelado escorrer pela têmpora. Outra bomba formou uma cortina de fumaça, me fazendo afastar mais dez metros do local, observando bem enquanto a mesma se dissipava. — O que? — Serrei os punhos enquanto olhava a nevoa ser desfeita, restando apenas a lamina fincada no solo. — O que pensa que está tramando? — Sorri levemente com a ousadia do homem em deixar sua lamina. Seria burrice me aproximar para toma-la, mas talvez pudesse traze-la até mim. O Quinto Portão se desfez e pude relaxar meu corpo brevemente, ainda mantendo minha guarda alta e a atenção redobrada para os arredores, pronto para voltar a utiliza-lo se fosse necessário.

[GRADUAÇÃO] REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA COo0SWx

Dessa forma, o tempo que Reboro havia me dado para ''descansar'' seria aproveitando, enquanto claramente ele preparava algum tipo de surpresa para mim, ou para Yuji. De fato, saber que Yuji havia se tornado imortal era reconfortante, não precisaria me preocupar tão fortemente com sua vida. — Aquele seus olhos seriam de grande ajuda agora, Keisuke. Ou aquele homem que o Yuji chamou.... — Pensei enquanto respirava profundamente. A droga que percorria meu corpo era difícil de suportar, exigia muito fisicamente e mentalmente, mas enxergava aquilo como um esforço e uma resistência, como em um treinamento. Com passos calmos, me aproximei até os quinze metros da Silenciosa, sacando da minha bolsa de armas uma kunai, atrelada aos fios que carregava comigo. Com um movimento simples, visaria lançar o armamento básico no cabo da lamina, puxando-a para enrolar os fios e por fim desvincular a espada do concreto. Não a puxaria para a minha mão, mas sim para perto, cerca de cinco metros, jogada no chão. — Olha, achei um presentinho... e nem é meu aniversario hoje. Ela pode até servir de enfeite no meu banheiro. — Provoquei, olhando atentamente para os lados, para o chão e para os céus. Queria chama-lo para o combate mais uma vez, ou tomaria sua preciosa espada.

HP: 1025/1275| CH: 1975/1975| ST: 00/06

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Bloodlad

Sáb 12 Mar - 4:42

Narrador: STAZ BLOOD

REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA

@zekken & @AKCL

ㅤㅤEm muitos momentos das ações de Yuji ele notara que seu corpo assim como suas percepções estavam mais lentas. Os efeitos do Chá do Nivana eram devastadores no menino. Saciou seu vício em chiclete e confrontou os capangas de Reboro quando estes o cercaram. Os selos de mãos foram rapidamente executados e logo a sala estava repleta por um líquido viscoso de aderente que foi o suficiente para prender os pés dos três homens imobilizando-os. O com a arma de fogo descarregou o pente interior na direção de Yuji. As balas tinham velocidade de 20m/s, e como a sala só possuía doze metros chegariam ao alvo em segundos. Vários disparos acertaram o abdômen do imortal, mas ele era imparável. Uma das balas acertou o cotovelo de Yuji, fragmentando uma parte do capitello e impossibilitando que sua esquerda se movimentasse do antebraço para baixo a partir de então. Alguns projéteis também acertaram um dos capangas no joelho. Uma loucura total, sendo pausada apenas quando o Kanashibari no jutsu de Yuji foi ativado. A token do menino deslizou por entre os vigilantes do Utaka ceifando-os todos de uma vez.

ㅤㅤO prefeito e os outros ainda estavam assustados debaixo da mesa, tendo seus movimentos presos pelo líquido expelido por Yuji, com sangue dos homens escorrendo através dele.

ㅤㅤNo térreo do prédio Reboro havia desaparecido, com sua Silenciosa sendo a única coisa que havia deixado para trás, fincada no concreto como uma faca num bolo. Izuku foi inteligente em não se aproximar da lâmina, usando de um fio de arame e uma kunai para trazer a katana de Reboro até ele. Foi neste meio tempo, entre apanhar seus itens, amarrar a kunai e puxar a espada que o nukenin surpreendeu o kiri-nin. Vindo por debaixo, do solo, Reboro Utaka pôs as mãos nas duas panturrilhas do Lee, acoplando a elas dois papéis explosivos. O tempo de reação do garoto estava decrescido devido ao Chá do Nirvana, e sua atenção voltada para Silenciosa, de forma que o golpe surpresa do Utaka veio completamente despercebido.

ㅤㅤNum salto do chão ativou os dois explosivos, de forma a ser pego apenas pelo impacto da explosão. Aproveitou-se da proximidade que tinha de Silenciosa - que havia sido puxada pelo próprio Izuku para perto - para apanha-la no meio do salto e arremessar na direção da explosão - e também de Izuku - outra rajada de vento, numa acrobacia de causar inveja. Eram apenas dez metros que separavam os dois agora, isso se Izuku não fosse arremessado pela ventania, neste caso exigindo do garoto força 5 para se manter no lugar.

[GRADUAÇÃO] REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA OZvRTmX

ㅤㅤ— Volta para Kiri, moleque. É melhor sair daqui vivo do que morto. — Por precaução deixou seu Kanashibari engatilhado, para caso o Lee ainda tentasse algo contra ele. Numa possível paralisação arremessaria Silenciosa para perfurar o menino imediatamente.

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Zekken

Sáb 12 Mar - 5:05

A acometida feita por mim findou na vitória contra os inimigos, todavia, meu cansaço era visível, além da confusão mental que me assolava mais e mais após ingerir do veneno que Reboro me deu, junto da dor lancinante que havia em meu corpo inteiro, principalmente em meu cotovelo esquerdo; havia tomado um tiro, literalmente. Tudo bem que eu não podia movimentar o braço por enquanto, e claro, tive que retirar a bala do mesmo com os dedos nús, o que deixou a ferida ainda mais dolorida. Felizmente, minha regeneração anormal diminuía a dor gradativamente. De qualquer forma, não era de pensar em mim pois eu não sabia como Lee estava, e sinceramente, torcia para que meu companheiro estivesse bem. Utaka era realmente um ninja ardiloso e sagaz, ao ponto de eu mesmo não conseguir lidar com ele sozinho, e isso significava que talvez nem Izuku conseguiria, ainda que este possuísse uma velocidade assustadora. Suspirei, encostado na parede enquanto observava minha água viscosa prender além dos corpos, os políticos debaixo da mesa. Foi mal aí. pensei comigo mesmo, fitando-os de longe enquanto deixava meu corpo recuperar as energias gastas. Após um longo minuto assim, levantei e fui até a pequena janela, observando a cena lá embaixo que se mostrou não ser das melhores.

Cara… ele tá numa furada. murmurei, observando o embate.

Permaneci ainda encostado na janela, observando o desenrolar da situação enquanto deixava o corpo descansar. Quanto aos políticos, soltei-os ao desfazer da técnica utilizada, não era necessário deixá-los presos ali por mais tempo.

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AKCL

Tokubetsu Jonin

Sáb 12 Mar - 5:56

Eu nunca fui um prodígio, muito longe disso. As limitações na arte ninja era o grande fardo que carregava em meu espirito durante todo o percurso, mas a motivação em crescer superava quaisquer barreiras. Eu nasci para isso, para mostrar o que é determinação de verdade. Meu maior vicio era a superação, e iria sacia-lo com a maior força que um ninja pode demonstrar. Contra os inimigos, meu pai entregou sua vida para me proteger através dos Oito Portões de Chakra, e eu faria o mesmo para proteger Yuji, Keisuke e Eru, meus irmãos, minha família neste mundo. Pela primeira vez consegui entender a decisão de meu pai, eu a honraria da mesma forma. Minha juventude ira prevalecer não importa a força do inimigo, mesmo que custe a ultima gota de vitalidade do meu peito. Reboro era astuto, ardiloso, escorregadio, uma serpente que se espalhava pela rocha e aproveitava da mínima distração de meus olhos para surgir por baixo da terra, com suas mãos ágeis tocando minha panturrilha. O breve movimento do solo se rompendo fez meus olhos acompanharem sua investida por puro reflexo, não tendo dificuldades em notar suas intenções sujas em me armar com selos explosivos. De súbito, agarrei minha veste inferior pelas laterais e puxei com toda minha força, sentindo cada musculo do braço trabalhar naquele movimento, dilatados, no pump, com as veias mapeando cada extensão dos meus membros. Por mais indecente que fosse parecer, arremessaria a calça contaminada com o selo explosivo para os lados no mesmo momento em que o tecido se rompeu, visando evitar ser pego nas explosões, mas consequentemente acabando por ficar completamente nu em combate, pela ausência de roupas intimas. Não teria problema, era para isso que malhava... para ficar bonito pelado! — É rapido. — Elogiei em meus pensamentos.

— Mas nem tanto. — Sorri, observando o movimento semelhante com a lamina. Aguardei o instante preciso, talvez até ousado demais, e apenas serrei meus punhos, fechando os olhos, deixando a respiração leve. Meu interior fervia, como um vulcão prestes a entrar em erupção. Não pude evitar que as chamas que ardiam em meu estomago logo se expandissem, e de forma agressiva, aquela força contida explodia pelos arredores, explodia contra os ventos lançados por Reboro. A chama esverdeada que cobria meu corpo quase se tornava azul com a cor de meus cabelos. — Venha, Reboro, deixe eu te mostrar o que é determinação de verdade. — Sorri, concluindo a abertura expressiva do Sexto Portão. A pequena demonstração de poder servia unicamente de maneira defensiva naquele momento, reservando o ápice da performance teatral para o momento de investir contra o vilão.

[GRADUAÇÃO] REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA GLNX8fA

— Eru, me desculpe por usar isso contra outro adversário... eu estava reservando esse poder para te derrotar. — De um intenso silencio, meu corpo foi atingindo por uma força imensa dos Oitos Portões, acessando o penúltimo antes da morte. — AAAAAAAAAAAAAAAH! — Não tive o privilegio de criar brechas de tempo entre a ativação e minha movimentação. A curta distancia fez meu primeiro passo, gozando das novas capacidades do meu corpo, ir de encontro ao chão com toda minha força, carregando o ar ao redor com o peso da minha presença. A técnica lançada em campo visaria a paralisia instantânea do alvo, como se a gravidade tivesse sido alterada em tão pouco tempo. Em meio ao próximo passo, com a falha do uso de seu Kanashibari devido ao tempo e reações, a monstruosidade em forma de dragão me consumia, e meu corpo mal poderia ser visto em meio a tanto poder. Caso a técnica engatilhada por Reboru tivesse tempo de ser lançada, meu corpo sentiria a pequena trava, mas a força descomunal que o inundava era muito além do necessário para romper as travas de seu jutsu, permitindo que eu continuasse.

[GRADUAÇÃO] REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA Jw9SE7u

— YAAGAI!! — Esbravejar os nomes das técnicas tornava o ato ainda mais heroico. A forma dracônica que me contornava consumia parte dos arredores com a força dos meus passos e minha velocidade, erguendo no ultimo instante a perna direita para desferir um chute que visava o estomago do oponente. Com a conclusão do ataque, ou seja, a falha ou o sucesso, eu me afastaria vinte metros de seu corpo.

HP: 1175/1525| CH: 2045/2275| ST: 01/07

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Bloodlad

Sáb 12 Mar - 19:04

Narrador: STAZ BLOOD

REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA

@zekken & @AKCL

ㅤㅤYuji observava do topo do edifício a emanação de poder vinda de Izuku. Já havia visto o amigo usar aquilo em outras oportunidades mas daquela vez parecia mais intenso e poderoso.

ㅤㅤReboro viu sua investida com os papeis bombas ser anulada por um ato sem pudor mas muito inteligente do inimigo. Mostrar-se nu numa batalha poderia causar um perda de atenção em qualquer oponente, mas não em Reboro Utaka, ele era ardiloso também e usava de quaisquer meios que fosse preciso em combate.

ㅤㅤNovamente o nukenin viu o kiri-nin explodir com energia, dessa vez bem mais intensa do que da última vez. "Que porra de poder é esse?" Foi o que conseguiu pensar antes de por a Silenciosa em posição defensiva, banhada em chakra futon. Foi o que conseguiu naquela fração de tempo, antes do dragão vermelho voar em sua direção.

ㅤㅤO chute na direção do estômago acertou em cheio sua espada, que infelizmente partiu, sendo suficiente apenas para amortecer o primeiro contato dos pés do Lee com ele. Sua barriga sentiu uma pressão esmagadora sobre ela, além do corpo ser arremessado a dezenas de metros para trás. Tudo numa área cento e cinquenta metros quadrados sentiu o impacto do golpe, sendo o maior deles a direção em que o corpo do nukenin foi arremessado pelo chute. Uma nuvem gigantesca de destroços foi lançada para todos os lados, cobrindo aquele quarteirão inteiro em poeira. O estrondo da destruição foi tão violento, que mesmo Yuji no decimo andar do edifício pôde ouvir com clareza o som.

ㅤㅤEnquanto observava o cenário apocalíptico acontecendo, o jovem garoto talvez não percebesse, chegando por detrás dele uma mão e o lançando para fora da janela andar a baixo. Se caísse jamais saberia dizer quem foi que o empurrou, se resistisse veria a face do sujeito. Lembrando que a queda eram de dez andares, sendo suficiente para matar alguém facilmente.

ㅤㅤO térreo do prédio, assim como tudo à sua volta num raio de 150 metros era tomado por um denso nevoeiro marrom, que demoraria cinco minutos para ser dissipado. Dentro dele, o corpo de Reboro Utaka estava imóvel, soterrado por alguns pedaços de pedra, sangrando. O homem mal conseguia falar, os ossos de sua costela haviam sido quebrados, e um deles havia perfurado seu pulmão. Sua lendária Silenciosa também havia sido despedaçada. A alguns metros dele, um outro corpo estava igualmente debilitado, caído entre os pedregulhos soltos das áreas afetadas, completamente nu, mas encoberto pela fumaça. Tinha consciência, mas não podia se mover...

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Zekken

Dom 13 Mar - 2:44

Eu estava me recuperando do cansaço extremo assim como do braço estilhaçado enquanto podia observar Reboro e Lee no embate lá embaixo. Era claro que ambos estavam a sério, mas Lee, aquele garoto de feição gentil e tranquila não aparentava ser o mesmo; a quantidade absurda de energia que emanava era o suficiente para me espantar, afinal, estávamos há dez andares de distância um do outro, e ainda sim, era possível senti-lo dessa distância. Cara… pensei, ainda fitando os acontecimentos lá embaixo. A poeira subiu, o prédio balançou, além do som que pudera ser ouvido de tão longe, mas em meio a tudo isto, senti uma mão alvejar meu ombro e me empurrar janela abaixo, porém, graças a minha agilidade aguçada fui capaz de fixar a lâmina de Lee juntamente de uma kunai para não cair de cara no chão e me estatelar inteiro.

Lá de cima, ainda preso ao prédio, notei a fumaça se dissipar gradativamente, deixando claro que a batalha havia acabado. Era claro que não dava para ver os corpos de ambos Izuku e Reboro em meio aquela fumaça, então, aguardou até a mesma se dissipar para descer com os pés colados no edifício. Quando cheguei ao solo, reparei a destruição causada. Preso ao topo do prédio não tive a perspectiva do poder do que quer que fosse aquilo, só sabia que quem foi pego provavelmente estava morto, fosse este Reboro ou Izuku. Eu estava perplexo com a cena, e por causa disso, demorei algum tempo para me recompor, porém, quando o fiz, tratei de ir procurar por Lee, mas isso demorou mais alguns minutos para se concretizar uma vez que eu não fazia ideia de onde este estava.

[...]

—— Como vocês dois chegaram nesta situação? —— Indaguei, fitando o fugitivo. Felizmente os gemidos de dor de Reboro trouxeram-me até ele, e com ele, não muito distante, pude ver o corpo nú de meu companheiro, e a cena foi meio constrangedora apesar dos pesares. —— O que houve com você? Cara… cê tá um caco. —— falei, indo até o mesmo e o agarrando pelo braço, puxando-o, nú, para fora dos escombros. Quanto ao nukenin, fiz o mesmo, tirando-o das pedras tentando não machucá-lo mais do que já estava. —— Se você tivesse aceitado nossa oferta isso não teria acabado assim. Sinto muito. —— disse, indiferente, enquanto prestava certos serviços médicos na tentativa de não deixá-lo morrer; tendo êxito ou não, carregaria Lee e arrastaria Reboro com uma corda improvisada feita com suas vestes rasgadas para fora dali.

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AKCL

Tokubetsu Jonin

Dom 13 Mar - 5:21

O ápice daquele poderosa dança finalmente chegava em seu ato final. Todo meu treinamento, toda minha determinação e todas as dores que superei ao longo da jornada, tudo se encaixava para o meu sucesso naquele momento. A dor que corroía meu corpo era incomparável, mas o impacto de ter atingido o inimigo era o remédio perfeito para mascarar a sensação ruim. A forma draconica se estendeu com um rugido intenso e colossal, arrasando a área próxima, estremecendo o solo e arremessando poeira e pedra por todo canto. Tudo se tornou escuro, as luzes se apagavam, a aura verde azulada se desvinculava do meu corpo e o calor esfriava para um intenso gelado pela minha espinha. — Izuku... o que você está fazendo aqui? — Aquela voz autoritária e de presença inabalável me fez arregalar os olhos. Um enorme salão dourado iluminou minha vista. Meu corpo estava sadio, forte, como se nunca houvesse sido ferido uma vez sequer. — Do outro lado, filho... — A voz me chamou. Meus olhos se encheram da mais pura lagrima humana, carregando toneladas de sentimentos em uma única gota salgada de emoção. — P-pai?! — Corri, gaguejando entre os soluços. Envolvi meus braços em seu corpo e pude sentir seu calor, seu cheiro familiar, pude sentir seus batimentos cardíacos contra meu peito. — Olha só como você cresceu, garoto. Hahaha, você se tornou muito forte Izuku! — Toshinori era o nome de meu pai, um grande homem de cabelos loiros e sobrancelhas estranhamente grossas demais.

Por mais emocionante que fosse parecer, aquele momento era um sinal. — Meu filho... eu só estou aqui para te fazer acordar, não temos tempo, seu amigo te espera. — O toque dele em meu ombro fez um choque correr por todo meu corpo, uma dor intensa e toda a luz dourada do salão se apagou. A dor subia por todo o braço e se ramificava pelo restante do corpo, com um choque tão forte que arrancou um grito profundo de meu peito. — Aaaaaah! Pai! — Não consegui fazer nada para conter a dor, até realmente abrir meus olhos e ver Yuji tentando me ajudar. — P-para! V-vai me matar! — Demorei para perceber meu estado real. Eu não podia me mover e tudo o que me tocava causava uma dor intensa e insuportável. Quando fui retirado dos destroços, restou respirar e tentar observar o que acontecia. — Eu.. eu venci? — Perguntei com dificuldade. — Heh... foi... moleza. — Eu estava realmente um caco. Tudo o que estava comigo havia se espalhado pelo campo e seria um trabalho procurar, mas as Vita ainda estavam em meus pulsos. Uma escolha difícil, mas seriam para Reboro. — Yuji... use isso aqui do meu pulso para... para não deixar que ele morra. Use... a dourada, uma leve aplicação e ele pelo menos não vai morrer... não se preocupe, isso não vai servir em mim. E também... preciso que procure minhas coisas por ai... heh desculpe te dar trabalho amigo. — Suspirei, apenas tentando manter minha respiração firme.

HP: 255/1275| CH: 1975/1975| ST: 00/06

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Bloodlad

Dom 13 Mar - 7:15

Narrador: STAZ BLOOD

REBORO UTAKA, A NÉVOA NEGRA

@zekken & @AKCL

ㅤㅤApós todo o caos a cidade se mobilizou para entender o que havia acontecido ali. A defesa civil de Nikkō interditou o local e iniciou a limpeza da região. Com Reboro derrotado, boa parte de seus capangas desertaram e fugiram, deixando a cidade em direção aos vilarejos menores e regiões adjacentes. As pessoas curiosas se aglomeravam do lado de fora das faixas de segurança e das barricadas de contenção, brigando para conseguir ver mais os dois corpos no interior dos destroços.

ㅤㅤReboro Utaka era um corpo moribundo que respirava com dificuldade. Izuku Lee, não muito diferente, era um corpo machucado e completamente debilitado. E Yuji, por mais que estivesse de pé, também havia sido atingido por balas, e seu braço esquerdo não respondia a seus movimentos. Após os primeiro procedimentos, o chefe da defesa de Nikkō, Seohai NImoshi, ordenou que os primeiros socorros fossem realizados nos três feridos no combate.

ㅤㅤOs desdobramentos da ação dos dois jovens repercutiria toda aquela semana. O prefeito Satoshi Sarauchi, foi recolocado em seu cargo, ordenando imediatamente a prisão de Reboro Utaka, que seria encarcerado assim que estivesse em condições de responder em julgamento. Os dois jovens não conseguiram deixar a cidade durante toda aquela semana, permanecendo internados no hospital central de Nikkō.

ㅤㅤIzuku ficou internado em estado grave, e seu laudo médico sairia apenas no outro dia, ou seja seis dias depois do ocorrido. Yuji por sua vez não tinha danos tão graves ao corpo, mas mesmo assim permaneceu em observação até que o prefeito decidisse o que seria feito. O chá do Nirvana foi totalmente extraído da corrente sanguínea dos dois e levado para laboratório para ser estudado pelos médicos de Nikkō.

ㅤㅤUm representante de Kirigakure foi enviado até a cidade para cuidar da parte burocrática, além da indenização financeira astronômica que os danos que Izuku fez tinham causado a cidade. Para se ter uma ideia, um quarteirão inteiro foi destruído, com cinquenta alojamentos empresarias sendo afetados. Por sorte não estavam em horário comercial então não houve nenhum ferido grave. O prejuízo passava dos 20 Milhões de ryous facilmente, e para isso o contador da Névoa foi ter com os economistas da cidade.

ㅤㅤMuita coisa haveria de ser conversada ali...

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