[Saída] Da Escuridão... Surgem Nuvens Vermelhas!

Ao entardecer daquela tarde primaveril, em Kumogakure no Sato, poucos sabiam que o Raikage saía de seu gabinete durante tal período, somente para descansar de seus afazeres e contemplar a paisagem que tanto lhe fascinava. Nem mesmo o próprio líder sabia dizer o porquê dessa admiração, entretanto, sempre teorizou que poderia ser influência de seu nome. Akira Haru, o Brilho da Primavera. Seus intervalos perduravam desde o entardecer até o final desse, sempre para aproveitar ao máximo daquele esplendor de cores que tomavam os céus do vilarejo acima das nuvens.

Contudo, naquela tarde específica, um fenômeno muito diferente do esperado acontecia, alarmando todos os sentidos do jovem Raikage. "O que está acontecendo?" Encarava distante os céus em completo breu, numa escuridão mais intensa do que de costume, e o surgimento da lua carmesim que projetava seus raios avermelhados pela paisagem, antes bela e agora aterrorizante. "Um eclipse lunar? Não... qual o nome daquele outro evento... Lua Sangrenta? Nunca pensei que veria uma devido a sua raridade, mas, todos não deveriam ter sido notificados de antemão?" Dúvidas começavam a surgir em sua mente, e sem perder tempo, restava a Akira sair de onde estava e buscar pelas respostas.

[...]

Passavam-se horas, estranhamente, tudo que Akira conseguia encontrar era frustação diante ao completo nada. Ninguém tinha conhecimento desse fenômeno, tampouco haviam deduções ou hipóteses que pudessem explicar tudo de maneira convincente e coesa, a maioria dos habitantes da Vila Oculta isolavam-se em suas casas pelo medo constante. "Eclipses não duram mais que poucos minutos, por que raios tudo permanece tão escuro?!" Mesmo que estivessem próximos do amanhecer seguinte, o vislumbre da lua de sangue permanecia inalterado pelo tempo.

[...]

Exatamente às 12h00, um grito ecoou fortemente pelo vilarejo. Angustiado com tudo que estava acontecendo, demorou cerca de segundos até a Liderança de Kumo chegar ao infeliz evento: uma cena de suicídio. Akira ficou paralisado ao testemunhar aquilo, sem poder evitar a tempo, e seus olhos arregalaram ao perceber o símbolo de Uzushiogakure desenhado com o sangue que jorrava da garganta do falecido. "Isso é muita coincidência..." - Quero toda força militar presente nas ruas imediatamente! Desde o mais novo Genin até o mais velho Jõnin! Garantam a segurança da população ao máximo, não permitam que mais uma cena dessas porventura venham acontecer! - Exclamou para os shinobis que estavam próximos de si, que logo partiam ao aviso dos outros e começo de suas funções, Kumogakure estaria completamente ativa dali em diante.

Retornando para seu gabinete, Akira encontrou-se com seu assistente já o aguardando na entrada. - O que está acontecendo? - - Eu também gostaria de saber. - Estava sendo direto naquela situação, novamente, encontrava-se sobre pressão de ter que lidar com outra possível ameaça totalmente desconhecida. - Será que é a tal Lilith quem está fazendo isso? - - Eu não faço ideia, porém, desde que tomei a responsabilidade por essa investigação, finalmente eu tenho um norte para onde seguir. - Ajeitava suas vestimentas, colocando seu chapéu e manto de Raikage, desenhados com relâmpagos dourados e com o Kanji Décimo Segundo nas costas; equipava-se também com suas ferramentas ninjas, colocando suas bolsas e pochete nas laterais e frente da cintura.

- Para onde vai com tanta pressa? - Finalmente, indagou. - Estou saindo rumo a Vila Oculta do Redemoinho, preciso ter uma conversa com o Mizukage urgentemente. - Respondeu, estando prestes a sair do gabinete outra vez. - Prometo que tentarei ser o mais breve possível, irei encontrar a solução para isso tudo, enquanto isso preciso que Hayato-kun permaneça zelando o vilarejo em minha ausência. - O Hatake iria protestar contra essa decisão e comportamento de Akira, todavia, ao encontrar a determinação nos olhos do pequeno líder, limitou-se a acenar em positivo e desejar uma "Boa sorte" para Akira. - Estaremos todos juntos de novo... em breve. - Despediu-se, atravessando o vilarejo como um verdadeiro relâmpago, saindo pelos portões rumo ao mundo exterior.