O Som da Natureza

Konoha | Gaoh Yamashida

Gaoh decidiu que seu dia de folga seria dedicado ao controle emocional. Optou por não vestir seus trajes de ninja, escolhendo, em vez disso, usar apenas uma calça de treino confortável e uma camiseta simples. Em sua pequena bolsa de braço, carregava apenas o essencial: uma garrafa d'água para se manter hidratado, sua carteira e um pote de carne seca para beliscar durante o dia.

Ao sair de casa, Gaoh respirou profundamente o ar fresco da manhã. O sol estava alto no céu, banhando a paisagem em tons dourados. Ele começou a caminhar em direção ao campo aberto que havia escolhido para sua sessão de meditação, permitindo que seus passos o levassem adiante.

Enquanto caminhava, Gaoh tentava manter sua mente focada no presente, deixando de lado preocupações e pensamentos intrusivos. Ele se esforçava para encontrar um estado de calma interior, preparando-se para enfrentar os desafios que estavam por vir, pois ia absorver um volume de chakra natural de uma vez só, muito além do que estava habituado.

O campo aberto se estendia diante dele, uma vasta extensão de terra verdejante salpicada de árvores e arbustos. Gaoh encontrou um local isolado, afastado de qualquer distração, e se sentou em posição de lótus, tirou sua camiseta, preparando-se para começar sua meditação.

Com um suspiro profundo, Gaoh fechou os olhos e começou a respirar lenta e profundamente. Ele permitiu que a tranquilidade do ambiente o envolvesse, deixando para trás as preocupações do mundo exterior. No entanto, à medida que absorvia mais e mais energia, sua mente começou a se agitar.

Ele lutou para manter o controle, respirando fundo e tentando se concentrar em sua respiração. Mas a avalanche de chakra natural era avassaladora, e Gaoh sentiu-se cada vez mais sobrecarregado. Seus dentes rangiam Sua mente, antes calma, agora estava em turbulência, ele ansiava por descontar sua agressividade em alguém e, ao mesmo tempo, lutava para conter essas emoções que ameaçavam consumi-lo.

Determinado a não se deixar dominar pela raiva, Gaoh continuou sua prática de meditação, concentrando-se dessa vez não em atrair a energia natural, mas a não sucumbir a ela e em acalmar sua mente agitada.Determinado a não se deixar dominar pela raiva, Gaoh continuou sua prática de meditação, concentrando-se em acalmar sua mente agitada.Determinado a não se deixar dominar pela raiva, Gaoh continuou sua prática de meditação, concentrando-se em acalmar sua mente agitada.

O Som da Natureza

Konoha | Gaoh Yamashida

Gaoh continuava sua busca pela estabilidade mental, mas a tensão persistia, e seu corpo começava a reagir ao estresse, o suor escorria pela sua testa enquanto ele tentava acalmar sua mente agitada. Ele tentava ouvir os sons da natureza que emanavam de todos os lugares a sua volta e se basear neles e em seus ritmos para acalmar seu próprio coração.

Inadvertidamente uma melodia começou a ecoar ao seu redor e sobrepujando os sons ambientes, certamente a sua origem estava próxima. Por causa disso ele deixou de ouvir os sons dos pássaros, e do riacho, causando que a melodia parecesse intrusiva, perturbando sua concentração e aumentando sua frustração. Cada nota parecia martelar em sua mente já agitada, deixando-o ainda mais estressado do que antes. Se outrora algumas gotas de suor lhe desciam a face, agora ele estava de fato pingando.

No entanto, à medida que Gaoh mais tentava retomar a concentração no ambiente, na verdade ele se concentrava mais na música, e com isso ele foi percebendo que ela não estava em conflito com os sons da natureza, mas sim em perfeita harmonia. A melodia se misturava aos ruídos das folhas nas árvores, ao canto dos pássaros e ao murmúrio do vento, criando uma sinfonia tranquila e reconfortante. Lentamente, ele sentia seu coração desacelerar e sua respiração se tornar mais calma.

Enquanto se entregava à melodia, Gaoh deixava para trás as preocupações e tensões do momento e se permitia ser transportado para um estado de serenidade e paz. Cada nota parecia banhar sua mente e corpo em uma aura reconfortante, dissipando os pensamentos tumultuados e acalmando sua alma inquieta.

Quando deu por si ele, toda a pressão que ele sentia dentro de sua mente havia desaparecido, como se tivesse acabado de acordar. Deu um longo suspiro de tranquilidade ele contemplou a si mesmo, olhou para suas mãos e percebeu que o Chakra Natural continuava ali o poder não havia se dissipado apenas seu estresse.

Buscou sua garrafa na bolsa e deu duas goladas pesadas, antes de jogar um pouco sobre a cabeça para esfriá-la e limpar o suor enquanto a melodia continuava tocando.

Curioso sobre a origem dessa melodia, Gaoh guardou sua garrafa e se levantou tomando consigo sua bolsa, para começar a seguir o som, deixando para trás o local onde estava meditando. Ele caminhava, deixando-se guiar pela música que parecia emanar de algum lugar próximo e de fato ele nem precisou sair do mesmo campo aberto em que estava para avistar a fonte, uma menina de cabelos pretos, com uma flauta em mãos.
O jovem decidiu se aproximar. A cada passo, sentia-se mais relaxado e centrado, como se estivesse se aproximando de uma fonte de energia positiva e quando chegou perto se limitou a ficar sem dizer uma única palavra, apenas se ficou próxima da flautista, fechando os olhos e deixando-se envolver pela música calmante.

Quando a música cessasse, Gaoh não faria nenhuma grande expressão facial, mas com sinceridade e sem dizer nada, daria um leve aplauso para a moça, para só depois se pronunciar.

“Você toca muito bem, acho que nunca ouvi nada tão bonito.” — Disse ao vasculhar sua bolsa atrás de sua carteira, e ao encontrá-la sacou uma nota de dinheiro que manteve segura no dedo indicador e médio

Depois ele estava visualmente confuso, inspecionando o a redor da moça

“Err… Onde está o seu pote? Não o encontro.” — Em sua enorme falta de traquejo social, Gaoh estava de fato tentando dar-lhe uma esmola. Infelizmente os únicos músicos que já havia visto na vida eram justamente pedintes na favela onde cresceu.

E justamente por dessa vez ele se julgar o único cliente em potencial da moça, ele achou que não podia fazer desfeita.