[Cena] Sessão de Estudos

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[Cena] Sessão de Estudos
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Folklore

Tokubetsu Jonin

9/3/2024, 15:07

Era uma manhã chuvosa em Sunagakure no Sato, uma das poucas que se tem durante todo o ano. A chuva, apesar de ser bem vinda, não era muito favorável aos planos de Estinien, que estava animado para passar o dia todo se exercitando no campo de treinamento. Apesar de frustrado, o garoto estava longe de deixar com que aquele empecilho fosse impedir sua evolução. — Bom, já que não devo render muito ao ar livre com essa chuva toda, é melhor que eu procure alguma atividade indoor, vamos ver… Pouco esforço foi necessário para o local perfeito surgir em sua mente: a biblioteca

Já fazia algum tempo desde que Estinien havia pisado seus pés na biblioteca de Suna. Não porque não gostasse de estudar - pelo contrário, ele adorava, mas porque suas missões ocupando tanto tempo ultimamente que ele simplesmente não conseguia achar espaço para estudos. Não mais, um shinobi de sucesso precisa manter a mente tão afiada quanto o corpo, nada adianta uma máquina de músculos se a mais óbvia das armadilhas passar despercebida pelos seus olhos. A biblioteca de Suna era impressionante, fileiras e fileiras de estantes guardam volumes das mais diversas espessuras de livros e pergaminhos. Alguns eram tão velhos que o conteúdo presente só conseguia ser lido com o auxílio de lupas especiais, o lugar exalava conhecimento.

— Com licença, pode me apontar para a ala de geografia, por favor? Estinien se dirigia a uma senhora de meia idade que portava o crachá de bibliotecária. A senhora apontou para uma fileira próxima a escadas descendentes que levavam ao subsolo. A ala geográfica era grande, mas bem organizada. Os livros estavam separados por placas e em ordem alfabética, o que facilitava a procura pelo volume desejado. — Vejamos, letra G, Geografia Básica do Mundo, é, acho que é este. Estinien tinha vergonha de admitir, mas ele não prestou muita atenção nas aulas sobre os territórios na academia. Entretanto, como já estava tomando missões no País do Vento, ele sentia que era sua obrigação obter ao menos um conhecimento básico sobre a geografia do planeta. Em suas mãos estava um grande pergaminho amarelado, provavelmente envelhecido com a ação do tempo. Ao abri-lo, um título desgastado apresentava o conteúdo embutido. Este pergaminho abriga um mapa que contém informações básicas sobre a geografia mundial como um todo. O grande mapa continha a localização aproximada dos países dos continentes e suas fronteiras, além de marcarem as cinco grandes vilas - apesar de não conter suas localizações. — Bom, agora é tentar memorizar isso aqui.

Considerações:

HP: 250/250 — CH: 500/500 — ST: 00/05

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...And this stain of corruption pleases me not.
…When all has been put to rest, I must needs forge my armor anew.

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Folklore

Tokubetsu Jonin

9/3/2024, 16:29

Algum tempo havia se passado desde que Estinien começou a estudar o mapa múndi. O método de estudo que ele havia escolhido foi o de memorização básica. Pegou um pergaminho em branco, desenhou o mesmo mapa e tentou escrever os nomes dos lugares que havia lido na referência sem pescar. Depois de alguns pergaminhos rasurados e muita paciência, o conteúdo já estava suficientemente assimilado para que ele pudesse se considerar uma bússola ambulante - ao menos naquilo que tange noções básicas de geografia (o que ele deveria ter aprendido na academia). Satisfeito e começando a imaginar o gosto de um bom lámen de galinha caipira, Estinien enrolou o pergaminho e o colocou de volta em seu lugar. Antes que pudesse começar seu caminho de volta para casa, entretanto, um acontecimento seria responsável por atrasar a entrada do delicioso macarrão em sua boca.

BOOM! Uma explosão alta o suficiente para tremer o chão da biblioteca ecoou pelos salões, derrubando dezenas e dezenas de livros das prateleiras. Imediatamente, as saídas da instalação foram seladas e grades de ferro desceram nas portas. Procurando por alguém para tentar entender o que havia acontecido, Estinien notou que as únicas pessoas na biblioteca eram ele, uma mãe com seu filho pequeno e a bibliotecária.

— O que aconteceu? Ele se dirigia à bibliotecária, que respondeu com a voz trêmula. — Foi tudo muito rápido! Um estranho encapuzado se irritou quando eu disse que ele não poderia acessar a seção reservada sem autorização e explodiu uma bomba enorme no chão! Minha perna está queimada e preciso ir ao hospital, mas pior ainda: ele levou a chave da seção reservada! Essa senhora precisa urgentemente rever seus conceitos de prioridade. — Você é um shinobi, certo? Não pediria isso a um garoto tão jovem normalmente, mas até que as autoridades cheguem esse estranho pode levar informações importantíssimas da vila, não podemos deixar isso acontecer! A bibliotecária retirou uma chave grande e enferrujada de seu bolso. — Tome isto, é uma chave reserva para a seção reservada e sim, eu percebo o trocadilho. Sem muitas perguntas, apenas vá e impeça aquele safado! Atordoado com a quantidade de palavras que saiu da boca da mulher em tão pouco tempo, Estinien ergueu sua mão e pegou a chave, correndo em seguida até as escadas descendentes que levavam à seção reservada. Ao girar a chave na fechadura, ele pôde ouvir uma voz alta que gritava da recepção. — E rapaz, tome cuidado com as armadilhas! O truque para escapar delas é ser rápido! Depois de acenar com a cabeça, Estinien abriu a porta e deu início à perseguição.

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Tokubetsu Jonin

9/3/2024, 18:19

III

Assim que pisou na escuridão, Estinien teceu os selos necessários e ativou o Byakugan. O garoto já não era tão fã de escuridão, mas escuridão enquanto perseguia um ninja que atacou a biblioteca em plena luz do dia? Não, obrigado. Infelizmente ele não conseguia enxergar nenhum chakra ali dentro, o que era sinal de que a figura misteriosa não estava tão próxima. Dois passos no escuro foram suficientes para que, encaixada em um suporte na parede, ele avistasse uma tocha de tamanho estranhamente pequeno, com uma chama forte o suficiente para iluminar apenas dois metros a frente. Bom, é o que tenho, agora como prosseguir? O Hyuga lembrou que a bibliotecária lhe alertou sobre armadilhas, mas não fazia ideia do que procurar para passar seguro por elas. Estou perdendo tempo, é melhor eu ir andando antes que tudo dê errado. Com a tocha na mão e seus olhos atentos ao redor, Estinien começou a andar escuridão adentro.

Click. Um estalo agudo ecoou pelas paredes estreitas e parou em um instante. — O que foi isso? Sussurrou Estinien, olhando para os pés na busca de algo que a explicasse a pressão espontânea que ele havia sentido. A resposta? Bom, acredito que ele preferia ficar sem saber. Um zumbido alto e grave começou a chegar nos seus ouvidos, vindo da entrada da seção reservado. Ao virar sua cabeça para ver se conseguia entender o que estava acontecendo, os olhos do Hyuga subiram muito acima do seu campo de visão: uma criatura de três metros de altura em formato de cachorro feita de areia avançava em sua direção, emitindo latidos assustadores. — O quê? O espanto de Estinien surgiu e sumiu quase na mesma velocidade, ele sabia que se ficasse ali viraria comida de cachorro de areia, e essa definitivamente não era a melhor forma de morrer.

O Hyuga, em uma jogada de inteligência, levou a tocha à sua boca e mordeu o objeto, apertando com força suficiente para segurá-lo mas não para quebrar seus dentes. No mesmo instante ele usou de toda sua velocidade para correr o mais rápido que podia, percorrendo o corredor escuro que parecia se estreitar mais e mais a cada passo que ele dava. Estinien não queria olhar para trás para ver se o cachorro assassino estava alcançando ele, mas conseguia ouvir o tilintar da areia no chão se aproximando. De repente, como uma salvação divina, ele avistou uma passagem estreita o suficiente para que ele conseguisse passar. Aposto que aquela coisa não consegue entrar aqui. Em um mergulho preciso, o genin conseguiu se esgueirar pela fissura. Mas espera, o cachorro não é feito de areia?

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HP: 250/250 — CH: 450/500 — ST: 01/05

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Tokubetsu Jonin

9/3/2024, 20:07

No calor do momento, Estinien havia esquecido de que o cão de areia era feito de, bom, areia. A fera se esgueirou pela fissura na parede e entrou no local. Os grãos de areia, dispersos, iam lentamente se juntando e tomando forma novamente. O lugar atrás da fissura era um salão, um grande salão com pilares altos em fileiras e tochas que iluminavam toda a extensão do espaço. No final da fileira central de pilares era possível vislumbrar um grande feixe de luz que iluminava um baú ornamentado em ouro e, caminhando lentamente em direção ao baú, o invasor. A figura, que agora era possível ver ser um homem, estava prestes a colocar suas mãos em sabe-se lá o quê era que estava dentro daquela caixa, mas Estinien não estava muito disposto a descobrir. — Ei, você! O homem, que ainda não tinha notado sua presença, virou-se surpreso. — O que diabos você está fazendo aqui, seu pirralho tolo? O ninja levou suas mãos às costas e empunhou na sua mão direita uma espada, apontando-a na direção do Hyuga. — Meu plano não envolvia dar cabo de ninguém, mas acredito que um pouco de diversão não vai fazer mal, não é mesmo?

O ninja avançou em direção a Estinien, que agora visualizava seu oponente se aproximando em alta velocidade com uma lâmina preparada para tirar sua vida. O garoto conseguia sentir a vontade do homem de tirar sua vida, mas, seguindo forte no propósito de sua missão, recusou-se a deixar o medo levar a melhor de si e se preparou para a defesa. Fazendo um rápido cálculo de trajetória, Estinien levou sua mão direita à bolsa ninja e retirou uma Kemuridama, mantendo-a firme entre seus dedos. Com a esquerda ele sacou uma kunai, escondendo-a nas costas. Espero que dê certo. Pensou, colocando seu plano de última hora em ação.

Menos de cinco metros separavam os dois shinobis quando Estinien arremessou a bomba de fumaça no chão, fazendo uma cortina púrpura subir do solo e preencher a sala com fumaça. — Seu pirralho desgraçado! Aparentemente a primeira parte do seu plano havia dado certo, agora o que restava era finalizar a artimanha. Com o Byakugan a cortina de fumaça não fazia muita diferença para o Genin, que visualizava com clareza o chakra de seu oponente. O homem estava ali, parado em meio a fumaça tentando encontrar o caminho que o faria acabar com a vida de Estinien, mas o Hyuga, mesmo em perigo, acabava de pensar: seria aquela a primeira pessoa morta por suas mãos?

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HP: 250/250 — CH: 450/500 — ST: 02/05

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Tokubetsu Jonin

9/3/2024, 21:44

A tensão estava quase chegando em seu ápice, o bandido cego balançava suas mãos pelo ar com a esperança de conseguir atingir Estinien com sua espada, mas o garoto, longe dali, não estava preocupado em ser atingido, muito pelo contrário, Estinien não conseguia ter sangue frio para matá-lo. Um shinobi não deve ser impiedoso, mas ele jamais poderá falhar em sua missão por compaixão ao seu oponente, pois isso pode lhe custar sua própria vida. O trecho que havia aprendido na academia ecoou em sua mente. Aquela era uma situação de vida ou morte, sucesso ou fracasso. Não só seria morto caso falhasse, mas os segredos e informações importantes de Suna cairiam em mãos inimigas, a falha não seria só consigo mesmo, mas com a vila. Depois de muita relutância o garoto chegou a uma conclusão. Empunhou a kunai com firmeza e, chegando mais perto para certificar-se de que ia acertar, arremessou-a em direção a garganta do bandido. O som que sucedeu o arremesso não foi o esperado.

Um grito terrível ecoou pelo salão enquanto sangue jorrava para todos os lados. O cão de areia havia finalmente sido refeito e seus dentes poderosos alcançaram a jugular do invasor, efetivamente encerrando sua vida. Pronto, estava ali, a morte que ele tanto havia hesitado foi causada, apesar de não ter vindo de suas mãos. Apesar da ameaça ter sido neutralizada, o novo problema era muito maior e estava bem na sua frente. Estinien, porém, estava mais esperto. Sabendo que o cão demorava um tempo para se regenerar, ele aproveitou enquanto a besta terminava o serviço com o bandido e correu de volta para a fissura que deu entrada ao salão, passando por ela da mesma forma em que havia entrado. Depois de correr o caminho de volta pelos corredores estreitos, pôde finalmente ver a literal luz no final do corredor que sinalizava a saída, retirando a chave de seu bolso e a enfiando na fechadura com a maior agilidade possível.

Ofegante é uma palavra simples para descrever o estado de Estinien ao passar pelos limites da sala reservada. Tentando recuperar o fôlego, ele cambaleou até a bibliotecária, que parecia calma diante de todo o caos instaurado em seu local de trabalho. — Eu, cachorro, bandido morto. Suas palavras saíram com um segundo de intervalo entre elas, mas parece que a senhora havia entendido a mensagem. — Muito obrigada, querido! Tinha certeza que você daria conta daquela escória, ah sim, com esses seus olhos tão bonitos… Antes que a conversa ficasse ainda mais estranha, Estinien tomou mais fôlego e se dirigiu até a saída da biblioteca, era hora de descansar.

Considerações:

HP: 250/250 — CH: 450/500 — ST: 03/05 — SAKKI: 0/50

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Angell

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9/3/2024, 22:03

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