Cuidando da Floricultura

Eu estava muito ansiso para realizar a minha primeira missão. Depois de um longo período me preparando na academia, me sentia pronto para começar o meu trabalho profissional. Minha pretensão não era grande, estava apenas começando, não queria chamar a atenção de ninguém, apenas cumprir o meu dever e de fato contribuir com a Aldeia e sobreviver com o meu avô. Não sabia o que esperar, mas de fato fiquei surpreso ao saber que não seria uma tarefa ninja comum. Eu teria que cuidar da floricultura da vila enquanto a garota que a administrava estava fora em uma missão importante como Kunoichi médica.

Mesmo que não fosse uma missão de maior complexidade ninja, eu estava determinado a cumprir minhas obrigações com diligência. Chegando na floricultura, eu percebi que havia um grande número de flores e plantas que precisavam de cuidados regulares. Como de costume, eu já estava com a minha máscara ninja, desde criancinha os meus falecidos pais me faziam usar máscaras para evitar problemas respiratórios por causa das tempestades de areia e grande nível de poeira. A responsável pela loja me explicou tudo o que eu precisava fazer e me mostrou cada parte da loja. Apenas assenti com a cabeça na maior parte das vezes e mantive pouco contato, eu não tinha noção disso mas por causa do leve espectro autista meu interesse em me comunicar com as pessoas era mínimo (e as vezes intenções e sentimentos não eram compreendidos). Assim que tudo estava pronto, ela partiu para a sua tarefa e eu fiquei como responsável da loja.

Meu primeiro desafio foi começar a cuidar ativamente das plantas, regando-as com água e cortando as folhas mortas. Algumas plantas estavam um pouco murchas e sem brilho, indicando que não estavam recebendo os cuidados necessários. Examinei as plantas uma por uma, verificando as folhas, o caule e as raízes. Elas precisavam ser regadas regularmente e podadas para manter seu crescimento saudável. Além disso, verifiquei se as plantas estavam recebendo luz solar suficiente e se estavam protegidas de ventos fortes. Enquanto trabalhava, fui percebendo que eu gostava da tarefa mais do que esperava. Me sentia calmo e relaxado ao cuidar das plantas, e apreciava a beleza natural ao seu redor.

As horas passaram rapidamente, e logo chegou a hora de fechar a floricultura. Chequei cuidadosamente cada planta para garantir que nenhuma estivesse danificada ou precisasse de atenção adicional. Me despedi da floricultura com um sorriso no rosto, sabendo fiz o meu melhor para cumprir a missão com sucesso. Eu queria ser um ninja habilidoso em combate, mas também capaz de assumir tarefas não convencionais com responsabilidade.

Pintando o 7

Como ainda era um shinobi jovem e sem experiência, minha excitação pela próxima missão era evidente. Minha missão era pintar muros e cercas por toda a vila. A maioria dos meus antigos colegas de academia certamente se sentiriam entediados por tal tarefa. Todavia, em minha mente eu não me preocupava com coisas desse tipo, apenas em cumprir o meu dever. Se fosse pintar muros, cumpriria com maestria. Se fosse lutar para defender uma vida, cumpriria com igual maestria. Me despedi do meu avô, organizei minhas vestes, máscara ninja cobrindo a boca e o nariz, bandana e parti para iniciar a minha tarefa.

Eu comecei cedo pela manhã, carregando baldes de tinta e pincéis. Os muros estavam danificados e sujos, com manchas de poeira e fumaça. Mas eu estava determinado a fazer o meu melhor para deixar tudo bonito e novo novamente. O clima da região não ajudava, todos os dias a quantidade de poeira era enorme. Ainda assim, presumi que os materiais utilizados na arquitetura da vila eram adaptados para esse tipo de situação, então apenas me preocupei em fazer o que precisava ser feito.

Comecei pelos muros da minha rua, cuidando para não borrar a tinta nas paredes das casas. Eu escolhi um tom de amarelo claro para dar um ar mais alegre e acolhedor à vila. O sol estava forte, e eu tive que parar várias vezes para me refrescar e beber água. A hidratação era importante para me manter ativo. Apenas uma vez fiz uma breve pausa para comer algo leve mas que me desse uma boa quantidade de energia para continuar a atividade.

Conforme eu avançava, encontrei alguns muros que precisavam de reparos antes de serem pintados. Então, eu usei um pouco de argamassa para cobrir os buracos e rachaduras. Depois de deixar secar por algumas horas, eu pude finalmente começar a pintar. Algumas pessoas passavam ao redor e elogiavam o trabalho, especialmente a iniciativa em fazer uma tarefa que a maioria das pessoas não gostariam de fazer. Sem jeito, apenas agradecia com um movimento de cabeça e um sorriso que não podia ser visto por detrás da máscara, mas talvez meus olhos pudessem entregar minha expressão.

Foi um trabalho cansativo e demorado, mas quando eu vi a diferença que cada nova camada de tinta fazia, fiquei muito satisfeito. Os muros estavam brilhando, com uma aparência nova e renovada. Eu continuei pintando durante todo o dia, até o sol se pôr. No final, eu estava exausto, com tinta nas mãos e roupas. Mas quando eu olhei para trás e vi tudo que tinha conseguido fazer, senti uma sensação de realização e satisfação. Sabia que minha pequena contribuição ajudaria a reconstruir nossa vila e deixá-la ainda mais bonita.

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