[RP livre] — Passos no Escuro

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[RP livre] — Passos no Escuro
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Luna

Kojin Mizukage

[RP livre] — Passos no Escuro 3026d08ad16326db2dc9f1fc16d558d6

Sex 12 Ago 2022 - 17:53

O Informante
Conseguia sentir o cobre no ar. Sangue fresco e olhares sobre si. Na Travessa sempre parecia ter alguém olhando para você mesmo em uma sala fechada e vazia. Caminhando pela calçada pelo menos uma dezena de pares de olhos a seguiam acompanhando cada um de seus movimentos, ainda que ela tivesse tomado o cuidado – embora, começasse a achar, talvez em vão – de mascarar sua identidade e não chamar atenção com um manto e capuz desgastado.

Toda cidade tem seu submundo. Assim como o frio e o calor se opõem a disparidade existe em toda e qualquer sociedade, Kumogakure não sendo a exceção. Se o pico das montanhas era a região nobre, lar de mansões senhoriais e feiras comerciais, os pequenos prados nas encostas inferiores abrigavam a pobreza do vilarejo. De todas as favelas, a Travessa era, por maioria de votos, a mais degradante e esquecida pelo Estado. Oficialmente o bairro era famoso por suas lojas suspeitas e produtos que não se deveria perguntar a procedência – tudo, é claro, dentro da lei, ainda que por vezes um dedinho fora da linha. O ambiente perfeito para se realizar negócios que não precisam chegar aos ouvidos do Raikage, razão pela qual grupos criminosos costumavam se reunir ali.

À sua esquerda se agigantava uma construção de madeira carcomida, o letreiro com os dizeres “Empório do Musgo: apenas uma gota”, o que ela supôs vender venenos e coisas do tipo. À direita, do outro lado da rua, havia uma série de tendas de lona com instrumentos de metal em formatos estranhos expostos para o público. Ela sabia que tudo não passava de fachada: comerciantes colocavam à mostra algo que parecesse suspeito, o que atrairia a atenção de algum guarda; ao ser questionado, mostraria os documentos e o guarda iria embora se dando por satisfeito. Uma simples tática de chamariz para despistar jogando com a opinião popular acerca do lugar, já que a verdadeira mercadoria ficava longe da vista.

O local do encontro marcado era em uma estalagem de pedra cinzenta escavada na encosta da montanha chamada apenas de Toca. Sua tez se franziu em descontentamento ao adentrar pela porta e se deparar com o salão lotado. Alguns rostos se voltaram para averiguar quem havia entrado, mas a maioria apenas continuou absorta nos próprios assuntos. Tentava se manter tranquila. Mesmo que estivesse sendo observada eram remotas as chances de saberem quem era a pessoa por baixo do capuz; mesmo um usuário de habilidades sensoriais estaria cego, com a mulher mantendo seu fluxo de chakra suprimido ao nível de um cidadão comum, quase inoperante, através de seu Chakura no Giso.

No balcão comprou uma caneca de algo cuja textura lembrava remotamente cerveja escura e foi se sentar em uma mesa vazia próxima a parede. Sorveu um gole da bebida, se arrependeu. Deixou a caneca repousar sobre a superfície de madeira, não dando mais atenção a ela dali em diante. — Estou atrasado? — A cadeira à sua frente foi ocupada por uma figura esguia que demonstrava estar perfeitamente confortável em seus trajes de couro cozido. Cabelos ruivos e encardidos caiam pela lateral de seu rosto em tranças, a barba por fazer a pelo menos algumas semanas. — Não ao ponto dessa cerveja evaporar — disse, não ocultando o tom de impaciência na voz. — Embora o mesmo não se possa dizer sobre minha boa vontade — concluiu. O homem sorriu levando a mão esquerda para a nuca, a expressão culpada. — Acabei me enrolando para atravessar os portões. Trouxe o dinheiro? — Foi direto ao ponto. Ela deslizou uma bolsa de couro por sobre a mesa que ele rapidamente recolheu e conferiu o peso. O meio sorriso em seus lábios mostrava estar satisfeito. — Não vai querer contar? — Ela questionou quase em desafio, mantendo o olhar fixo nele. — E correr o risco de ofender a Yōkai? Há formas melhores de morrer, fiquei sabendo — ela estreitou os olhos à menção de seu título, o que o fez abaixar mais a voz. — Está tudo bem, o bom de se estar em um lugar lotado é que há menos chance de alguém estar ouvindo. Sabe, com todo mundo discutindo as próprias vidas e tal — ele começou a se justificar mas ela dispensou a explicação com um gesto de mão. Não queria se demorar ali mais do que o suficiente. — E então, onde ela está? — Foi sua vez de ser direta. O ruivo tomou um gole de sua própria bebida antes de responder: — Bom, eu não sei — disse, mas ao receber o olhar impaciente da mulher logo se corrigiu — Digo, eu não sei onde ela está agora. Mas ela esteve no País do Fogo duas semanas atrás. Uma estalajadeira diz ter visto uma mulher que bate com a descrição indo para o Leste, mas não parecia querer chegar em Konoha, na minha opinião, ou teria ido mais para o Sul — voltou a beber mais alguns goles enquanto Ogosho permanecia em silêncio, refletindo. Duas semanas era muito tempo, tempo o bastante para cruzar toda a nação do Fogo e já estar em qualquer outro lugar. “Onde está indo, Naomi?”, ela se perguntou, balançando a cabeça.

— E quanto aquele outro assunto? — Ela o lembrou. Ele foi pego no meio de um gole e se engasgou, tossindo algumas vezes enquanto batia com o punho fechado contra o peito antes de enfim responder: — Esse aí é quase tão escorregadio quanto a donzela. Ninguém sabe seu nome real, ao que parece. Nas ruas eles o chamam apenas de O Açucarado. Ah, eu sei, eu sei, isso soa bobo — disse em resposta ao olhar dela — Mas juro que é verdade, até onde eu sei. — Ela apenas assentiu. Mafiosos às vezes tinham apelidos bobos. — Mais alguma coisa? — Quis saber. — Haverá um carregamento nessa data — passou um pedaço de papel para ela. — Normalmente ele usa portos como entrada, mas é difícil construir um porto nas nuvens. Os guardas também são trocados toda noite e só o pessoal de dentro conhece o esquema, então não dá pra saber como vai entrar em Kumogakure — concluiu. Ela suspirou, um tanto desapontada com a escassez de informações. — Posso saber qual a relação entre um traficante de drogas e sua irmãzinha desaparecida? — O álcool o estava deixando atrevido e com a língua muito solta para seu próprio bem. Ela se colocou em pé arrastando a cadeira para trás, dedicando ao homem apenas um olhar que beirava o desprezo. — É melhor terminar sua bebida e sair antes que os Caçadores AnBu sintam seu cheiro do Quartel General — ela falou antes de sair. Ele a brindou com um sorriso e um aceno com a caneca já quase vazia, ficando em silêncio enquanto ela deixava o local.

Informações:

Estilo de Luta:

Manipulação:

Jutsus:

Equipamentos:

Cabaça de Areia
Espécie: Comum
Rank: C
Descrição: Uma cabaça simples, de tamanho médio, que normalmente fica amarrada na lateral do corpo do portador. Possui gravado o kanji para "Escuridão" (冥) e "Nuvem" e (雲) um de cada lado. Consegue comportar até 3000Un de areia.
Armazenamento: 3000/3000

Bolsa de Armas 1:

Bolsa de Armas 02:

Arma Lendária:

Cálculos :

Observações:

Legenda: -Falas- :: "Pensamentos" :: -Fala de Shukaku-

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Sangue em Einchenwald

Proteja Einchenwald do insano Kenpachi

Herói da Vila

Proteja sua vila de um ataque e/ou conclua três mini-tramas arquitetadas por seu Kage.

Ficha de Personagem :

https://www.narutorpgakatsuki.net/t77699-fp-mei-ogosho#613975

Gestão de Fichas :

Luna

Kojin Mizukage

Seg 15 Ago 2022 - 20:23

A Sombra sob a Sombra
O homem que Mei iria matar estava parado à janela. Recostado no parapeito observando o movimento nas ruas, alheio a presença de sua algoz. O nome do sujeito era Hidetaka Myazoshi, tinha vinte e um anos, bastante novo de aparência. Muito novo para morrer. Muito novo para ser um espião.

Não estava sozinho, porém. Enquanto esperava ela o observou falando com três outros homens, tão parecidos que certamente seriam seus irmãos, e uma garota que pela aparência não podia ser mais velha que Nezuko. Menos ainda, talvez oito ou nove anos. Uma irmã, quem sabe? Desafortunadamente não tinha informações sobre os familiares do sujeito. Se moveu pelas sombras, oculta dentro da escuridão. Com a Hiding in Shadow Technique ativada sua presença se fazia indetectável, salvo por meios sensoriais. Se alguém do grupo fosse um ninja Sensor talvez tivessem conseguido dar o alerta, ainda que em vão. Não foi o caso, porém.

A luz do astro celeste desenhava marcas angulares através das janelas e projetava as sombras pelas quais ela ocultava. Um a um os presentes começaram a enfim caminhar em direção a porta, todos passando rentes a onde ela estava. Precisava apenas aguardar. Quinze metros, dez metros. Em menos de um segundo Hidetaka passaria por ela para receber o golpe. Os nós de seus dedos seguravam firmemente Nuibari, pronta para agir, a qualquer momento... — Papai, vai dormir em casa hoje? — A garotinha parou entre ela e ele, olhando para sua presa enquanto falava. O punho da espada tremeu, mas apenas por um segundo. Não era uma irmã, afinal. — Talvez, Nao-chan. Papai precisa trabalhar primeiro — ele a respondeu em tom doce, passando a mão no topo de sua cabeça. A decepção era visível em seus olhos mas mesmo assim assentiu, sorrindo, e continuou a andar. Sua mão tremeu de novo, por um instante. "...o lobo não sente pena do cordeiro..." a voz da besta soou em sua mente, a lembrando de quem era. Ela se impulsionou para fora da sombra, lâmina em posição. "A tormenta não pede desculpas ao afogado", concluiu o mantra enquanto a ponta da agulha penetrava pelo coração de Hidetaka. Por um momento seus olhos se encontraram no ato e ela pôde ver uma mescla de surpresa, dor e, acima de tudo, medo. Mas assim que os olhos do homem trocarem de foco ela soube que não sentia medo por si. Na garganta que se afogava em sangue a suplica muda.

Foi o grito da criança quem alertou os homens que iam à frente. Rapidamente voltaram, mas a esse ponto ela já saltava pela janela para a imensidão da rua. Pousou com suavidade felina sobre a calçada, desaparecendo dali tão rápido que poderia se achar que usou seu Jikūkan Ninjutsu. O silêncio etre eles imperou até estarem do outro lado da aldeia, e só então o tanuki disse o estivera guardando "...podia ter matado a garota tão rápido que ela nem sentiria..." ele andou mais cem metros antes de enfim parar. "Ela não era meu alvo", respondeu em evasiva. "...ela viu seu rosto, agora eles sabem que foi você..." ela fechou os punhos, aplicando tanta força no ato que as unhas romperam a pele da mão. Um filete de sangue escorreu por seus dedos mas ela nem sentiu a dor. "Então talvez isso agilize as coisas", disse por fim, voltando a andar.

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Descrição: Uma cabaça simples, de tamanho médio, que normalmente fica amarrada na lateral do corpo do portador. Possui gravado o kanji para "Escuridão" (冥) e "Nuvem" e (雲) um de cada lado. Consegue comportar até 3000Un de areia.
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Kojin Mizukage

Qui 18 Ago 2022 - 17:48

A Yōkai

O encontro fora marcado em uma ponto cego, um prado oculto entre duas montanhas não muito longe do centro do vilarejo. A figura mascarada do Sem Rosto a estava esperando novamente, e não tardou a desatar a falar à sua chegada. Enumerou as tentativas falhas dos agentes até então, destacando que a mulher sequer havia se apresentado para a última tarefa. — Fracasso não será tolerado. Insubordinação não será tolerada — era notável por sua voz a irritação do homem sob a máscara. — Se falhar conosco outra vez, a próxima lâmina que iremos enviar talvez seja direcionada aos pescoços de Hyuuga Nezuko e Hattori Yuta. A morte deles talvez te... t-te lem... — aos poucos sua voz foi se perdendo. O queixo tremeu e a boca foi preenchida pelo gosto de ferro quando mordeu a língua. Os pássaros que faziam seus ninhos nas árvores próximas voaram em revoada, dentro das casas em um raio quase cem metros os bebês começaram a chorar enquanto as crianças e adultos ficavam paralisados em um frenesi de desespero inesperado. O próprio parecia ter se condensado ao redor de Ogosho enquanto a jinchuuriki liberava sua aura assassina, um sakki tão intenso que naquele momento era quase impossível até mesmo olhar para a mulher. — Eu vou matar você... — sua fúria indômita fazia cada palavra tremer, enquanto a voz da mulher e da Besta em seu interior pareciam se misturar nas notas — aqui... agora — o Sem Rosto deu um passo para trás, ainda que, a seu mérito, tenha conseguido não desviar o olhar e encontrar as palavras. — Espere...! Você é uma agente da Hydra, não pode levantar a mão contra... — antes que terminasse a frase a jounin bateu com a palma da mão no peito do mascarado — Kuchiyose no Jutsu — disse, e um bando de corvos foi convocado diretamente do Monte dos Mortos, lar lendário das aves invocadas. — Sirvam-se — ordenou, e os corvos fizeram aquilo que corvos fazem de melhor. Ferozes e implacáveis. Poucos gritos tiveram a chance de sair. Estavam em tamanha quantidade, que em ínfimos segundos não havia mais nada além de alguns ossos e trapos rasgados. "...esperava que fosse tirar mais proveito da organização..." a voz de Shukaku soou em sua mente enquanto ela se afastava, já tendo enviado as aves de volta para casa. "E eu que soubessem escolher as pessoas que ameaçavam", disse a ele em resposta. Ainda que tivesse agido em um momento de fúria, sobretudo pela ameaça contra seus alunos, a bem da verdade era que Ogosho já planejava deixar a Hydra. Para o bem ou para o mal, agora estava feito e não havia mais volta. "...e agora?..." a questionou. Ela removeu uma folha de pergaminho do bolso, fitando as palavras contidas ali. Lembrava-se também das últimas notícias e do grupo que estava se opondo a Hydra desde o inicio. "Hyuuga Angell... talvez tenhamos mais sorte com a Kyuuseishu, uh?"

[...]

Já tendo se passado algum tempo, foi parada por um mensageiro enquanto caminhava em direção pela rua principal do centro de Kumogakure. Eram instruções diretos do Raikage, solicitando que fosse até o hospital para se encontrar com... "Mas isso é interessante...", ela pensou, a sombra de um sorriso brincando no canto de seus lábios. Mudou de direção, agora indo até o local designado.

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