Seiji me fez acordar cedo em plena terça feira, dizendo que deveria treinar e aprimorar ainda mais minha habilidade inata em controlar e moldar os ventos. Além disso, me instruiu em subir uma das montanhas próxima dos arredores do vilarejo, parecido com uma duna, mas extremamente alta e íngreme. Nunca havia conseguido subir aquela montanha em específico. Sai correndo do pequeno apartamento, deixa lá a espada que levei comigo quando fugi de meu pai, naquela noite que mais parecia um pesadelo do qual jamais acordei.

Toda a monstruosidade daquela montanha podia ser vista de longe e, assim, vislumbrei, com um sorriso em meu rosto. Precisava pensar em como escalar aquilo que, mesmo com uma técnica da Academia Ninja, seria impossível conseguir. Passei alguns minutos observando o desafio, imaginando como faria para alcançar seu cume. — Talvez utilizar o vento ao meu redor pra pegar impulso? — pensei, analisando a possibilidade. Talvez fosse a melhor chance, mas demandaria bastante esforço e um controle além do que eu possuo sobre o elemento.

Mais alguns minutos e, de fato, essa seria a melhor estratégia a ser seguida. Acumulei uma parte considerável de meu chakra sobre todo o corpo, sentindo a brisa que antes estava suave, aumentar consideravelmente. Alguns segundos após, sequer conseguia manter meu cabelo arrumado e, enquanto meus fios acinzentados dançavam de um lado a outra, meu corpo começava a ser levantado, quase que flutuando, ficando cerca de um metro sobre o solo.

Manter o controle do corpo, como também da manipulação foi um trabalho árduo, mas conforme o tempo passava, ficava cada vez mais perto do cume daquela montanha gigantesca. Eram cerca de trinta metros de distância do solo ao cume, que foram ultrapassados de pouco a pouco. Cheguei, por fim, ao ponto mais alto dela, manipulando com muito cuidado para finalmente pousar no topo. — É isso. — gargalhei, conseguindo ver o vilarejo da Areia de fundo graças ao tamanho daquilo. Não tardou em cair em si e o sorriso dava lugar a seriedade. — E pra descer? — bufei, olhando pro solo, pensando em como seria uma queda até o solo e em como seria mortal. Mas, por que não descer da mesma forma com que subi?

Novamente armazenei uma quantia considerável de chakra, soltando em seguida, fazendo com que se assimilasse ao vento do ambiente. Senti meu corpo mais leve graças ao vento que me cercou, deixando com que o elemento me levasse ao, calmamente, até o solo. Sorri mais uma vez, dando de costas pra montanha, indo de encontro ao vilarejo uma vez mais, mais especificamente minha casa.

Considerações:

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