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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Primavera
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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levitico10
Tokubetsu Jonin
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A Brand New Name
T I M E S K I P

Acordando naquela manhã, seu primeiro dia de paz em muito tempo foi marcado por uma angústia que não sabia a origem.  Agora que isso havia acabado ele precisava seguir com sua vida, e isso significava estar sempre melhorando. Seu primeiro foco era o Sharingan. O doujutsu que marcava a força dos Uchiha, e que havia despertado em meio aos horrores da guerra, tendo pouco tempo para entender seu funcionamento.

Havia conversado com seu irmão depois de tudo acabar e ainda não estava pronto pra que os pais soubessem que ele não só sabia de seu sangue Uchiha como havia despertado os olhos característicos do clã, então tinha que ser discreto. Não tinha uma base sequer de como desenvolver aquela habilidade. Tobirama era o unico outro Uchiha que conhecia e sabia seu segredo, mas não podia exatamente ir até o kazekage pedir que segurasse sua mão e o ensinasse o básico. Não, tinha que resolver isso sozinho.

Por semanas ele treinou em segredo, em intervalos na sua rotina, focando nos fundamentos. Se era uma habilidade de percepção então forçar sua percepção aos limites deveria faze-la melhorar, certo? O resultado disso tudo foi tempo desperdiçado. Quanto mais tempo passava mais a frustração por não conseguir progredir se acumulava.

Uma tarde, após o fim de uma sessão de treinamento com seu pai, uma sensação de deja vu se abateu sobre ele. Numa tarde muito como aquela havia perguntado ao pai se tinha orgulho dele. A resposta o colocou no caminho que o levou a saber sobre sua verdadeira origem. Também foi um momento de desgaste, um que normalmente não ousaria trazer a tona mais uma vez. Ainda assim, sob o peso acumulado da frustração ele acabou por repetir aquelas palavras.

- Pai, o senhor... o senhor tem orgulho de mim?

Dessa vez a resposta que obteve foi diferente.

- Meu filho aos 10 anos foi parte de uma missão de alto nível, que deu fim a uma guerra. Ele agora é reconhecido por todo o mundo. Sim, eu tenho muito orgulho do filho que tenho.

Naquele momento Ran entendeu que a resposta nunca seria a esperada. Seu pai simplesmente não o enxergava, via apenas uma extensão de sua reputação. “Seu filho” era um conceito, não uma pessoa. Irritado, desconsolado e talvez finalmente aceitando a realidade ele encarou seu pai mais uma vez.

- Ainda consegue dizer isso? Tem orgulho de quem seu filho se tornou?

Seu pai agora o observava com um olhar duro, mas Ran não hesitava dessa vez, encarando-o igualmente. Seus olhos agora vermelhos colocavam todas as cartas na mesa e sua determinação em confrontar sua origem e seu pai havia elevado o poder daqueles olhos ao patamar seguinte.

- Se você sabe sobre isso, então tenha a decência de ter o devido nojo desse assunto e esconda isso! - O patriarca decidiu que não toleraria aquele assunto e se retirou. Enquanto saia pôde ouvir:

- Seu filho que o mundo reconhece é um Uchiha, e eu cansei de guardar esse segredo por você!






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Tokubetsu Jonin
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I'm with a mission
T I M E S K I P

Depois do período de descanso ele se dedicou ao que era esperado de um chunin já que a maior parte do que havia vivido era o estado de exceção que se dava durante uma guerra.  Uma de suas primeiras missões de volta à ativa foi a defesa de uma pequena vila contra um grupo de renegados. Deveria encontrar os outros com os quais iria para a missão no portão da vila. Para sua surpresa seu irmão estava entre eles.

- Ryushi? O que você tá fazendo aqui? – Perguntou depois de cumprimentar os presentes, dois outros chunins e o irmão.

- Você deixou de ser um genin, pivete, o que quer dizer que agora a gente vai ter missões juntos de vez em quando. – Explicou o rapaz com um sorriso.  Agora que não havia uma diferença tão grande de graduação eles de fato iriam trabalhar juntos algumas vezes. – Quer dizer, pelo menos até eu me tornar um jonin. Tenta não ficar muito pra trás. – Adicionou, num tom de brincadeira com uma pitada de rivalidade.

Depois de feitas as apresentações, seguiram para a vila que havia pedido ajuda. Aparentemente o líder daquele grupo se infiltrava disfarçado na vila alvo antes do ataque, para coletar informações. O jeito menos violento de encerrar aquele problema era identifica-lo enquanto fazia isso.

O time precisava monitorar a pequena vila sem levantar suspeitas, para não afugentar o grupo de renegados, e tantas pessoas novas ao mesmo tempo nunca seriam discretas. Decidiram que apenas uma pessoa monitoraria tudo de dentro, os demais se esconderiam nos arredores e esperariam um sinal para agirem como reforço. Enquanto discutiam quem iria ficar na vila, Ran se voluntariou. Os demais não estavam exatamente prontos pra aceitarem que o novato ficasse responsável por aquilo, nem queriam arriscar que um dos garotos propaganda da vila fosse morto em uma missão simples porque não estavam lá pra ajudar, mas quando Ryushi deu seu apoio eles foram lentamente convencidos.

O garoto então adentrou a vila, disfarçando-se e se misturando às crianças locais. Nas suas primeiras horas ele foi lentamente descobrindo quem era novo na vila pra ser investigado. No fim ninguém além dele havia chegado recentemente. Passou então os próximos dias observando qualquer pessoa nova que chegasse, até que um novo visitante chamou sua atenção.

Ran seguiu-o pelo vilarejo, mantendo-o sob vigilância. Seus instintos lhe diziam que aquele era seu alvo.  Horas depois, seu disfarce de criança inofensiva se pagou, quando o estranho homem, terminada sua inspeção do local, utilizou um jutsu para enviar uma mensagem aos seus comparsas quando achava que ninguém estava prestando atenção nele.

Agora que havia confirmado seu alvo, foi apenas uma questão de esperar que o homem saísse para então embosca-lo junto com o time. Como líder daquele grupo ele de fato tinha alguma aptidão para o combate, mas não era nem de longe capaz de lidar sozinho com todo o grupo presente. A missão foi encerrada no dia seguinte ao usar as informações providas pelo líder derrotado para encontrar e derrotar seus aliados.







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Over the Hill
T I M E S K I P

Alguns dias depois de retornar fora convocado para outra missão. Seria parte de um esforço para localizar e apreender um recente desertor. Como sua deserção havia acontecido a poucas horas e o tempo era primordial, Ran não foi colocado junto de um time, apenas vários shinobis foram chamados para saírem sozinhos para procurar em uma determinada área, e enviar um sinal caso encontrassem algo.

Não tinha tempo sequer pra se preparar, dada a urgência do chamado, então partiu como estava, pegando apenas a bolsa de armas no caminho pra fora de casa. Em seguida, disparou em direção à parte da floresta, logo depois de uma colina, que lhe havia sido incumbida.

A verdade é que o garoto não tinha a menor experiência com rastreamento, mas isso pouco importava naquele momento. Dada a situação, tudo era um jogo de números, apenas cada integrante do grupo tinha que ter certeza de vasculhar cada canto da sua área. Se todos fizessem seu trabalho adequadamente o desertor seria encontrado. Já que estava sozinho e tinha toda uma zona da floresta fechada para inspecionar, julgou seguro empregar o sharingan. Por cerca de duas horas ele vasculhou o local, até encontrar um fluxo de chakra suspeito. Descobriu ao se aproximar que se tratava de um homem, escondendo-se cerca de meio metro abaixo do solo.

Utilizando o Domu como defesa prévia, Ran correu até o alvo, muito provavelmente sendo percebido logo em seguida. Havia desativado o Sharingan depois de descobrir a localização do alvo para não arriscar ter seu segredo exposto a mais gente, confiando prioritariamente em sua velocidade para não ser atingido por um possível contra-ataque, embora achasse mais provável que o inimigo assumisse que havia passado despercebido e, portanto, não o atacasse para não chamar atenção.

Moveu-se até a copa das árvores acima de onde o alvo se escondia, caindo em seguida. No ar criou um rasengan na mão direita e o utilizou para atacar. Usando a força da queda, do Domu e do rasengan ele penetrou o solo, chegando até onde o desertor havia se escondido, mas ele não estava mais lá. Havia percebido o ataque agora tentava fugir, criando um túnel de onde estava até um ponto mais a frente antes de emergir e correr pela floresta. Ran o seguiu de imediato.

O que se seguiu foi uma curta, porém intensa, luta em movimento. O desertor inicialmente tentou controlar a situação, fazendo seu máximo para impedir que o confronto fizesse barulho suficiente para atrair reforços, mas, ao ver que não conseguiria derrotar seu perseguidor enquanto fazia isso, decidiu abandonar a cautela e atacar indiscriminadamente, planejando derrota-lo e fugir.

Embora seu alvo estivesse além de suas habilidades para parar sozinho, Ran ainda conseguia resistir a ele. Concentrou-se em sobreviver e não permitir que ele escapasse, enquanto aguardava reforços, permanecendo quase sempre na defensiva.

Quando por fim os outros shinobis próximos chegaram até onde o conflito ocorria, entre eles muitos de graduação e experiência superior à de Ran, o desertor não teve opção exceto se entregar, para evitar uma luta que não poderia vencer.







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Luma
Genin
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Situação: Aprovado
Considerações: Três plot's simples, porém suficientemente bem trabalhados. Apenas o trecho "Por cerca de duas horas ele vasculhou o local, até encontrar um fluxo de chakra suspeito. Descobriu ao se aproximar que se tratava de um homem, escondendo-se cerca de meio metro abaixo do solo." me causou um pouco de estranhamento, pois não me recordo do Sharingan ser capaz de enxergar por trás de objetos sólidos, como o chão (sendo essa uma habilidade do Byakugan). Porém, nada que justifique uma reprovação, data a ótima qualidade da escrita e narração. Ademais, meus parabéns ^.^
Recompensas: Sharingan v2, 2x Missões Rank B
Luma
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Into the Wild
T I M E S K I P

Algum tempo depois, Ran foi convocado pra auxiliar um professor da academia numa viagem de campo com seus alunos. No dia marcado ele se encontrou com o professor e a turma no portão da vila. Quando chegou descobriu um fato inusitado: a turma era a que se formaria esse ano. Não só ele conhecia muitos dos alunos ainda dos tempos de academia como também parecia um deles.“E pensar que agora eu tenho é que escoltar a galera. Mundo bizarro...”

A experiência foi no mínimo inusitada. Alguns dos alunos confundiam-no com um aluno de outra classe, perguntavam seu nome e eram até um pouco amistosos. Outros o reconheciam da academia, apenas assumiam que ele tinha sido reprovado no teste pra genin e por isso estava lá com eles. Ran não confirmou nenhuma dessas hipóteses, mas não se sentia confortável o suficiente pra explicar a verdade, então normalmente desconversava.

Foi só quando o professor chegou e perguntou por sua escolta que Ran se identificou. Ele pareceu aceitar rapidamente esse fato, como se estivesse esperando que o chunin convocado fosse ele. Já os alunos, não acreditavam nisso e passaram a maior parte do tempo achando que aquilo era algum tipo de piada.

Seguiram pensando que era uma brincadeira por todo o trajeto floresta adentro, alguns até perguntando a Ran diretamente o motivo daquela mentira. Cansado da incredulidade alheia, ele sugeriu ao professor da classe que realizasse uma demonstração para os alunos, uma ideia que este concordou. Ao chegarem a uma cachoeira ele se dirigiu aos alunos.

- Talvez uma pequena demonstração ajude vocês a compreenderem algumas coisas.

Disse, tomando um tom de didática embora no fundo fosse mais para provar que estavam enganados. Em seguida, criou um clone que atravessou o rio abaixo da cachoeira em poucos instantes. Ran ouviu alguns comentários surpresos pela velocidade.

- Agora que estamos posicionados, a demonstração pode começar. – Disse, deixando implícito que a velocidade nem era parte da demonstração. Os dois então realizaram os selos e disseram em voz alta:

- Katon: Gouka Messhitsu!

Cuspindo fogo logo em seguida. As labaredas se encontraram no ar sobre o rio, colidindo e colorindo o cenário em tons de vermelho e laranja. Uma onda de calor atingiu os presentes. Não fosse suficiente, a superfície do rio começou a borbulhar e logo uma coluna de vapor passou a subir dele. Os alunos apenas assistiam boquiabertos ao poder destrutivo da técnica, que era assustadora mesmo sem se dirigir a eles.

“Acho que agora eles acreditam em mim.”

Depois dessa demonstração, eles retornaram para a vila. No caminho de volta mais algumas surpresas os aguardavam. Alguns animais selvagens atacaram o grupo. O professor então se manteve encarregado de manter o grupo unido e em segurança enquanto Ran cuidava dos atacantes. Embora estivesse tentado a dar uma demonstração prática da técnica que havia mostrado, o risco de incêndio era alto demais e foi forçado a lidar com os animais com técnicas bem menos chamativas. Ainda assim, quando retornaram à aldeia já não havia mais entre os alunos quem duvidasse da diferença entre um aprendiz e um ninja de verdade.

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Hiding my face among the weak
T I M E S K I P

Durante o inverno, poucos dias depois de seu aniversário de onze anos, Ran foi convocado para participar da proteção na festa de posse do senhor feudal. Ele viajou com um grupo de ninjas de Konoha até o local da festa, onde cada um ficou encarregado de proteger uma área e sinalizar caso houvesse algo fora do comum.

A festa acontecia em um palácio, com ninjas sendo colocados em posição tanto dentro do mesmo quanto nas áreas ao redor. Ran foi ordenado a ficar vigiando uma área residencial próxima, que dava acesso a uma das entradas menores para o palácio. Apoiando-se no que aprendera na missão dos renegados, ele decidiu esconder o equipamento shinobi, a bolsa de armas e a bandana, e misturar-se a população local. Assim, ele pôde se manter pelas redondezas da entrada, sempre de olho no movimento, sem se expor como um dos guardas. A função de guarda oficial, vestido a caráter e parado em seu posto, ficou para dois guerreiros particulares do senhor feudal, que se dedicaram a controlar entrada e saída.

Já o garoto se dedicou inteiramente a manter os olhos nos arredores, tentando obter informação a todo momento enquanto se amparava no fato de parecer apenas mais uma criança inofensiva. Sua atuação se pagou quando ouviu de um comerciante passando na rua que este havia fechado a loja mais cedo a mando de um grupo que se reunia na rua dele.

Não hesitando em investigar, o chunin seguiu até a rua indicada, onde encontrou uma reunião nada inconspícua. Cerca de duas dúzias de homens armados com armas improvisadas e armaduras rústicas se reuniam na rua sem se esconderem. O garoto os seguiu para ter certeza de que eles estavam realmente envolvidos nisso, até que chegaram à rua principal, gritando palavras de ordem e iniciando uma investida contra o portão que dava acesso ao palácio.

Havia sido orientado a soar o alarme numa situação dessas, mas o grupo parecia tão obviamente incapaz de tomar todo um castelo que só poderiam ser uma distração. Ao invés disso Ran criou um clone que correu para alertar discretamente seu supervisor antes de partir em direção ao grupo. Com alguns golpes simples ele planejava testar a aptidão dos terroristas para o combate, mas eles sucumbiram aos ataques mais simplórios, mal sendo necessário o uso de ninjutsu.

Instantes depois de terminado o combate, seu clone se desfez e recebeu a informação de que os demais haviam sido alertados, com dois outros chunin sendo deslocados para realizar o reforço. Quando chegaram puderam apenas ajudar a prender e carregar os envolvidos. Até o fim da festa nenhum outro terrorista apareceu. Aparentemente, o grupo era um pequeno grupo de arruaceiros que mais sabiam fazer barulho que qualquer outra coisa, e o que parecia uma distração era na verdade todo o grupo deles. Ran passou toda a volta pra casa se perguntando se o serviço de inteligência de Konoha tinha sido enganado quanto a importância daquele grupo ou se apenas era um caso de cautela excessiva, já que se tratava do senhor feudal.

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Come here with me
T I M E S K I P

Meses depois, Ran foi convocado para uma missão que duraria cerca de três meses. Sua função era a de auxiliar na segurança de uma série de carregamentos de dinheiro pelo território do país do fogo. Mais uma vez havia sido colocado junto de um grupo, e mais uma vez seu irmão era parte dele.

Viajaram por diversas localidades por todo o país, desde pequenos vilarejos escondidos do mundo até cidades prósperas. Em nenhum desses lugares os funcionários do senhor do fogo responsáveis pelos carregamentos de dinheiro eram exatamente bem recebidos. Alguns sofriam um pouco de hostilidade aberta, mas já pareciam acostumados com isso, até porque a hostilidade nas cidades cessava com um olhar ameaçador de qualquer um dos shinobi fortemente armados que os acompanhavam.

Se nas cidades havia hostilidade controlada, nas estradas a situação era bem diferente. Ataques eram frequentes, nas mais diversas situações. Alguns casos pareciam ser apenas moradores locais, desesperados por algum dinheiro ou imaginando que a caravana seria um alvo fácil e altamente lucrativo. Esses grupos, embora mais frequentes, eram facilmente desencorajados a continuar. Alguns dos membros mais sádicos entre os protetores da caravana usavam oportunidades como essa pra extravasar, agredindo os que apareciam sem qualquer moderação. Percebendo esse padrão, Ryushi começou a tomar a iniciativa para lidar com grupos assim, antes que qualquer outro se voluntariasse, e normalmente carregava Ran consigo.

Juntos, eles interceptavam os potenciais agressores, quase sempre facilmente identificáveis em suas emboscadas mal engendradas. Ryushi conseguia conversar e convencer a maioria de que seus ataques não dariam certo. Alguns só eram dissuadidos depois de uma pequena demonstração de força, dando ouvidos à razão apenas depois de perderem qualquer esperança de vencer um confronto, no entanto, esses eram uma minoria. Na maior parte dos casos, ele tinha apenas que ouvir aquelas pessoas, desesperadas por não terem uma voz. Sempre que podia ele ajudava de alguma forma, geralmente propondo soluções para problemas locais ao servir de mensageiro entre diferentes localidades ao longo da rota da caravana.

Ran inicialmente apenas ouvia e aprendia, até que seu irmão o forçou a tomar a frente em algumas daquelas situações. As primeiras tentativas foram frustrantes e difíceis, mostrando ao garoto o quão mais fácil era recorrer a violência e varrer aquele obstáculo do caminho a força, mas, sob a orientação do irmão, ele aprendeu a ter paciência pra compreender as pessoas, pra atravessar toda aquela raiva e chegar até um ponto em comum com aqueles que nem sequer conhecia a pouco tempo atrás. No fim da viagem Ran já era tão adepto quanto seu irmão em resolver aqueles pequenos conflitos sem descer ao nível de ameaçar alguém.

Claro, alguns conflitos eram diferentes. Grupos de nukenins bem treinados e que constituíam uma ameaça real também se fizeram presentes durante a viagem, mas eram a imensa minoria. As poucas batalhas desse tipo que encontraram na rota foram duras, mas comparadas ao caos e desespero de uma guerra elas pareciam ao pequeno Uchiha algo completamente regrado. Por fim, cansados e com saudades de casa, eles retornaram, o laço entre os irmãos se fazendo agora mais forte do que nunca.


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Considerações: Primeira missão bem básica, suave, só foi engraçado a descrição detalhada de como tu tacou katon no nada, aí chegaram uns animais "Nah. Esses aí eu só matei." kkkkkkk.
Segunda missão foi bem tranquila, sem muito a acrescentar.
Terceira missão: Você é Uchiha... Você tem um irmão... Oh shit. Here we go again! Também foi engraçado a parte de "Aprendi a resolver conflitos sem ameaçar, mas...". Bem bacana, gostei.
Recompensas: 3 missões Rank B e suas totais recompensas solo (Databook, Status, RY e Fama)
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levitico10
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A burning riot
T I M E S K I P

Alguns anos se passaram numa rotina confortável. Ran ainda vivia com os pais, mesmo agora que sabiam sobre o sharingan, aproveitando uma paz muito bem-vinda por não tocarem mais no assunto. As coisas se encaixaram num ritmo confortável e mesmo seu pai parecia um pouco menos rígido. Ele certamente sabia do contato do garoto com o irmão mais velho, mas não fez nada pra impedir isso, nem sequer mencionava.

Esse ritmo se quebrou aos 15 anos. Havia recebido um comunicado de que tinha uma nova missão, nada fora da rotina, mas durante o café junto com os pais e da irmã que fazia uma visita surpresa ele ouviu um comentário surpreendente dela:

- Eu ouvi dizer que essa missão é especial, tampinha. – Amaya claramente sabia mais do que deixava transparecer, e obviamente se divertia com isso.

- O... o que? – Ran entrou em estado de alerta imediatamente. Se ela se deu ao trabalho de dizer algo, certamente não era brincadeira, por mais que ela estivesse extraindo diversão do olhar de pânico na cara dele.

- Um passarinho me contou que... – Continuou a irmã, antes de ser interrompida pelo pai dos dois.

- Isso não é relevante. Vá e faça um trabalho exemplar, como é esperado. Não há motivo para ser diferente hoje.

“A interferência dele é ainda mais suspeita, alguma coisa não está certa.”

Sem poder ficar pra discutir o assunto, agora que o pai o havia encerrado forçadamente, não teve outra alternativa exceto seguir com seu dia, saindo de casa para receber sua missão. O processo como um todo foi completamente normal, e não teria suspeitado de nada não fosse o estranho aviso de sua irmã. Em retrospecto, a visita pro café da manhã provavelmente foi justamente pra ter o prazer de falar aquilo e lhe deixar nervoso.

Sua missão era aparentemente simples. Um dignitário havia sido sequestrado por um grupo de bandidos enquanto viajava pelo país do fogo. Eles aparentemente ainda não sabem da importância de seus reféns. Sua missão era extraí-lo de lá antes que eles percebessem a figura importante que têm em mãos e a situação saísse de controle. Aparentemente, ele havia sido chamado porquê esses bandidos têm um histórico de contato com populações da região, e uma grande movimentação de shinobi poderia ser percebida e denunciada, agravando a situação.

Ran partiu assim que terminou suas preparações. A região em que seu alvo tinha sido abduzido era fácil de se encontrar, e a partir de lá tentaria encontrar o esconderijo.  O lugar não lhe era estranho, lembrava-se de ter passado por lá repetidas vezes anos atrás, na caravana com o irmão. Naquela região diferentes estradas se conectavam e pôde estabelecer alguns contatos com moradores locais. Tinha pouca confiança de que sua antiga estratégia de se misturar às crianças locais fosse funcionar agora. Além disso, normalmente esse processo era um pouco demorado, e não tinha tempo a perder.

Pelo que sabia, esses bandidos atuavam na região a algum tempo, e isso era o tipo de situação inviável a não ser que tivessem contatos entre os locais. Isso significava que Ran tinha que ser rápido antes que sua presença na região fosse notada e informada. A necessidade de velocidade por sua vez significava que ele não podia apenas procurar às cegas. Investigação não era o seu forte, precisava de um plano.

Pra sua sorte quanto mais se aproximava da região mais lembrava de suas passagens por lá. Havia conhecido alguns moradores, muitos dos quais seu irmão havia ajudado. Os dois até chegaram a ajudar a terminar uma pequena represa num rio próximo. “Me pergunto se ainda está de pé. Se eu tivesse tempo iria por lá dar uma olhada.” Ainda que alguns anos tivessem se passado desde então, ainda tinha alguns conhecidos aos quais poderia recorrer num momento de necessidade como esse.

Tendo chegado a primeira vila ele tentou se mover discretamente, mas rapidez ainda era sua prioridade. Conversas curtas com alguns moradores específicos em quem mais confiava dominaram a próxima meia hora. Seguia apressando a conversa, cortando cumprimentos e cortesias de pessoas que não se viam a anos para ir direto ao assunto, se desculpando pela pressa, mas insistindo na necessidade de conversarem rapidamente. Mais de uma vez obteve respostas depois de uma promessa de retornar quando tivesse mais tempo. Outros pareciam ressentir a natureza utilitarista daquele retorno, e não podia culpa-los. Ao fim do processo sentiu que havia danificado suas relações com alguns dos moradores, se não todos, mas havia também sido direcionado, através de sussurros e insinuações, para uma montanha próxima à estrada em que a caravana havia sido atacada.

Encontrar o esconderijo depois daquela dica não foi nada complicado. Os sequestradores pareciam ter estabelecido a sua base em algum lugar dentro da montanha. No entanto, nem tudo seria tão simples. Com o auxílio do sharingan ele pôde encontrar as armadilhas e evita-las. Já entrar, não seria tão fácil. Embora tivesse encontrado o esconderijo e pudesse sentir o fluxo de chakra de várias pessoas dentro dele, o dito esconderijo era dentro de uma montanha. Havia circulado o lugar várias vezes e simplesmente não havia nenhuma caverna por lá que desse acesso ao lugar. Não podia exatamente cavar pra chegar onde queria, não sem alertar a todos no local.

Sem ter certeza de como se infiltrar Ran apenas observou o lugar por várias horas, tentando entender como entravam, até que uma figura se aproximou da montanha. Estava se escondendo, mas seu foco era certificar-se de que não estava sendo seguido, não que alguém à sua frente no caminho pudesse lhe estar observando. Mais uma vez com o sharingan ativo o rapaz passou a observar o que a nova figura fazia. Este, por sua vez, dirigiu-se até a encosta da montanha, realizando uma série de selos. A técnica parecia ser uma espécie de chave para a entrada. Em instantes, a terra a sua frente tomou a forma de uma lenta cachoeira de lama, que se dividiu dando passagem por um túnel montanha adentro. Logo depois que o homem havia passado a lama pareceu correr na direção oposta, reassentar-se em seu lugar e tomar o aspecto que tinha antes.

Agora sim sua entrada estava garantida. Havia tomado cuidado para memorizar os selos e o fluxo de chakra necessários para ativar a técnica. Por sua vez, a abertura se fazia de forma silenciosa, provavelmente para não alertar um inimigo caso este estivesse procurando o esconderijo, o que também lhe servia. Agora que sabia como entrar, era tudo uma questão de planejar com cuidado sua infiltração, possivelmente solicitando reforços antes de entrar e resgatar os reféns. Esse era o plano... até o grito.

Um grito de dor que foi capaz de atravessar pedras chegou aos seus ouvidos. Claramente, alguém no esconderijo na montanha estava sofrendo. Não tinha a menor ideia se era o alvo prioritário ou não, então não podia só esperar “Não é como se infiltrações desesperadas em covis cheios de inimigos não fossem o meu forte.” Pensou amargamente, lembrando-se do fim da guerra. No entanto, agora não tinha os kages ou a sannin ao seu lado. Ainda assim, não tinha escolha.

Repetindo os movimentos e o fluxo que havia memorizado ele reabriu o túnel, entrando por ele enquanto a cachoeira ainda estava se separando. O lugar era escuro e frio, mas a escuridão não era um problema pra que se guiasse. Prosseguiu pela curta passagem até chegar a uma área mais aberta. A sua frente havia uma pequena rampa de madeira e logo abaixo os restos do que parecia ser uma antiga mina. Sua entrada original ficava à esquerda, soterrada por um deslizamento de terra. Agora, selada pela montanha, constituía o esconderijo daquele grupo. O espaço era aberto, utilitário. Uma mina não era feita para privacidade e, portanto, não havia salas nem mesmo paredes divisórias, apenas um grande espaço inóspito. Abaixando-se numa tentativa de não ser detectado Ran dedicou um instante a entender o layout. Uma mulher, uma das reféns, estava amarrada numa cadeira cercada pelos sequestradores. Ela apresentava sinais de tortura. Por sua vez, os demais reféns, incluindo seu alvo principal, estavam presos em gaiolas improvisadas no outro extremo do esconderijo. Seus sequestradores estavam ao seu redor. Seis figuras, cinco homens e uma mulher, todos vestindo mantos pretos rasgados em diversos pontos. Entre os rasgos era possível ver que eles ocultavam armas por baixo dos mantos, guardadas em bolsas de armas como as de ninjas tradicionais, o que sugeria que eles poderiam ter recebido treinamento formal antes de se dedicarem a uma vida criminosa.

*O homem que havia chegado logo antes da entrada de Ran parecia enfurecido, e ele atacava a mulher enquanto esbravejava.

- QUEM?! – gritou a pergunta enquanto golpeava-a – QUEM ESTÁ VINDO? QUAL DOS SEUS PARENTES IMUNDOS ABRIU O BICO? QUEM SABE SOBRE O ESCONDERIJO

Num instante as peças se encaixaram. Aquela mulher era alguém do vilarejo. Ela estava sendo interrogada por seu captor porque ele sabia, não fazia ideia de como, que alguém de lá havia falado. Esse interrogatório era pra encontrar Ran, e cada segundo de sofrimento dela era em seu benefício e por sua culpa. “Não é possível que ele tenha capturado ela no tempo que eu demorei pra chegar aqui, então ela já estava presa antes...” Percebeu então que havia mais pessoas nas gaiolas do que tinha sido informado que havia na caravana. Aparentemente, eles também sequestraram moradores locais para garantir uma parcela de controle sobre a população.

Não podia deixa-la ali, mas ela também não era sua missão. Dado o espaço aberto, assim que fizesse um movimento em direção a ela ou aos demais reféns o grupo perceberia e reagiria. “Eu não tenho a menor escolha aqui. Se eu quiser tirar todos desse lugar não vai ser discretamente.”

Sua missão era extrair apenas um deles, um jovem rapaz preso em uma das gaiolas cuja identidade e importância nem mesmo a ele tinham sido reveladas. Tudo que seu pai tentara colocar na sua cabeça por anos e anos o dizia pra completar sua missão e esquecer os demais. Se muito, poderia atacar a mulher a distância pra lhe conceder uma morte rápida ao invés de sofrer nas mãos daquelas pessoas.

No entanto, não havia mais nele apenas a sombra do pai. Ryushi havia se rebelado contra Edun, forjado seu próprio caminho e lhe mostrado que ser como o velho Senju não era sua única escolha. Havia visto seu irmão ser paciente, compreensivo, manso e prudente, tendo misericórdia de todos que encontrava e se compadecendo de seu sofrimento. Naquele instante, na encruzilhada em que se encontrava, Ran fez a mais segura decisão sobre que tipo de homem queria ser. Entendia agora pela primeira vez que sua natureza não era algo que precisava descobrir, se era um reflexo de sua criação ou de seu sangue. Sua natureza era a soma de suas escolhas, e em nenhum momento elas se mostraram tão claras quanto agora.

Quando decidiu quem seria, qual caminho seguiria, quando decidiu abandonar a sombra do pai e parar de tentar desesperadamente agrada-lo, Ran se livrou da barreira que a tempos impedia-o de seguir em frente. Em resposta, seus olhos mais uma vez alcançaram um novo patamar. Agora a clareza com a qual podia ver os movimentos dos outros havia aumentado. Não estava nem um pouco mais rápido, mas sua capacidade de reagir aos ataques dos inimigos estava em um novo nível.

Encorajado pelo avanço que havia tido dada sua nova determinação, sua decisão quanto ao que fazer foi reforçada. Talvez fosse um plano suicida, talvez colocasse tudo a perder, mas a pessoa que queria ser era alguém que não deixaria de tentar.

Do ponto de vantagem que estava sacou uma bomba de luz. Cerrou os olhos e a disparou na direção dos sequestradores. Ela explodiu em luz, cegando quase todos os presentes. Com um selo ele criou um clone, sua técnica de suporte favorita. O clone utilizou o Tajuu Doryuuheki para separar aquela mina em duas partes, separando o Ran original, a mulher e os sequestradores do restante dos reféns. Já o original se dirigiu até onde a mulher estava amarrada, ouvindo as paredes de pedra se erguerem atrás de si mesmo. De modo similar, ele realizou os mesmos selos, erguendo uma série de paredes entre aquela refém indefesa e o resto do mundo. O teto era baixo suficiente para que os muros erguidos conectassem o lugar de cima a baixo, sendo intransponíveis a não ser que fossem destruídas.

Ran adoraria que a luz tivesse distraído seus inimigos por mais tempo, mas não tivera tanta sorte. Mal pôde ativar o Domu antes que voltassem a reagir. Agora que eles não mais podiam atacar nenhum dos reféns, uma isolada pela barreira e os demais sendo evacuados do local por seu clone, já havia se livrado de uma desvantagem. Restava agora o fato de que estavam em maior número. Que seu nível de habilidade lhe era desconhecido. E que se quebrassem alguma das paredes tudo sairia de controle muito rápido. Além disso, o espaço já era limitado ali e Ran havia diminuído ele pela metade, então teria que lidar com todos os inimigos com muito pouco espaço pra manobrar. “Numa hora dessas eu queria ter dedicado mais tempo ao taijutsu...”

Seus cabelos cresceram um pouco, subindo contra a gravidade e ondulando mesmo na ausência de vento antes de disparar fios como se fossem agulhas azuladas na direção dos inimigos. Usou o ataque mais rápido que possuía naquela situação para espalha-los enquanto pensava no que fazer. “Seis agressores, a garota tem uma espada, o mais velho parece ser o líder.”  Mais importante, todos eles pareciam ter uma estranha marca em seus corpos. Embora todas seguissem um padrão elas eram diferentes em seu formato. Notou que um deles, o mais novo do grupo tinha reagido mais devagar e havia sido atingido pelo ataque quase completamente. “Só um deles pareceu se preocupar com ele estar em perigo. O líder parece mais irritado que preocupado.” Pela postura, aquele que se preocupou com o ferido era o segundo em comando do grupo. Sua preocupação parecia instintiva e genuína. Isso, combinado com a semelhança entre eles, parecia sugerir laços de sangue.

^Aproveitando-se dessa oportunidade e da abertura Ran sacou uma kunai com a mão esquerda e com a direita criou um Rasengan, disparando em direção ao rapaz ferido. “Previsível.” Enquanto os demais tentavam se recompor para tomar a iniciativa naquela luta e suprimir seu atacante surpresa com a força dos números, o ataque focado de Ran forçou um deles a ignorar isso e correr na direção de seu familiar para protege-lo. O chunin contava com aquele instinto para tira-lo de posição. Desfazendo o Rasengan imediatamente, ele ao invés disso direcionou o Kanashibari contra aquele que tentava interromper seu ataque. Ele estava em movimento, havia se afastado dos aliados e não teve tempo de reagir antes que Ran usasse da paralisia para cortar sua garganta com a kunai que havia sacado. A cada movimento da batalha sua percepção melhorada o permitia analisar a reação dos inimigos. “Agora estão mais preocupados. O caçula parece completamente irado, isso deve gerar uma abertura. Já o líder está mais focado do que nunca, ele é um problema.”

Enquanto pensava em como aproveitar essa abertura para fazer o próximo movimento algo estranho aconteceu. A estranha tatuagem do mais novo se espalhou por seu corpo e no processo agitou seu chakra de uma forma que o garoto nunca tinha visto. Seu inimigo parecia preparar um jutsu de fogo para disparar contra ele. Suspeitando da aparição das estranhas marcas e do efeito que elas tiveram no fluxo de chakra do inimigo, Ran escolheu chutar o corpo do último ainda caindo ao chão na direção dele, tentando interromper os selos. A ideia funcionou e o sequestrador pegou o que parecia ser seu irmão morto em seus braços ao invés de terminar a técnica. No entanto, a garota com a espada havia aproveitado o tempo para diminuir a distância que os separava e desferiu um corte contra ele. A pele de pedra o protegeu e danificou a lâmina, sua surpresa quanto a isso sendo abertura suficiente para que Ran tentasse mais uma vez feri-la com o Kebari Senbon. Ela recuou para desviar das agulhas enquanto seu líder e os outros dois integrantes avançaram para ataca-lo, o líder saltando por cima enquanto tentava acertar um chute e os outros dois pelos lados tentando fechar suas rotas de fuga. “Merda, gente demais.” Ran não conseguia controlar uma luta com tanta gente atacando ao mesmo tempo. Se continuasse um passo atrás eventualmente seria pego por algo mais ameaçador que uma espada sem chakra imbuído. Para tentar reiniciar o ritmo do combate ele usou o Haijingakure no jutsu, cuspindo pó e cinzas por todo o local até uma altura de 3 metros. Correu para frente e para a direita, saindo de onde estava sem entrar na trajetória dos ataques que já vinham em sua direção. Em seguida, pulou até o teto, fixando-se nele e usando o Goka Messhitsu para atacar todos ao nível do chão, tomando apenas cuidado para direcionar o fluxo das chamas para longe das paredes de fogo que havia erguido, já que sabia que elas provavelmente não resistiriam ao ataque. “Pelo visto eu sou mais rápido que eles individualmente, mas eles trabalham bem o suficiente juntos pra me encurralarem nesse espaço minúsculo se eu vacilar em algum momento.”

Quando a poeira e o fogo baixaram dois de seus atacantes estavam mortos, carbonizados pelas chamas. O líder do grupo havia protegido o mais novo e a si mesmo numa cúpula de pedra, enquanto a garota com a katana havia se jogado na direção da parede que protegia a refém, assumindo corretamente que Ran não ousaria atacar naquela direção. Não só isso, os três agora tinham padrões diferentes das mesmas estranhas marcas pelo corpo, seu fluxo de chakra muito mais intenso do que antes. Os três partiram para o ataque assim que as chamas acabaram.

“A velocidade deles aumentou, a intensidade das suas técnicas também.” O garoto analisava o fenômeno enquanto permanecia na defensiva, esquivando-se pelo espaço restrito. Agora que a força dos três havia aumentado eles eram suficientemente fortes para não deixar muitas aberturas a Ran. Não só isso, seus ataques agora pareciam ser capazes de perfurar suas defesas, ainda que superficialmente. “Se eu me concentrar na defesa eu consigo passar algum tempo sem ser acertado, mas eles não dão brecha. Eu não posso apostar apenas que eles vão cometer algum erro, e se eu esperar todo mundo se cansar podem chegar reforços pra eles e colocar tudo a perder.”

Com o cérebro a mil ele refletia sobre como partir para a ofensiva enquanto era atacado por três inimigos quando percebeu que a coisa que mais dificultava sua defesa poderia servir como arma. O espaço era pequeno e confinado. Entre o deslizamento de terra que fechou a entrada principal e as paredes que havia erguido, era muito provável que aquele lugar todo estivesse agora hermeticamente selado. Formulando um plano, ele passou a usar todo seu arsenal de jutsus katon para manter os inimigos a distância. Havia desenvolvido uma boa resistência corporal, mas nem mesmo ele teria energia para manter aquele fluxo de técnicas por muito mais tempo e, embora tivesse colocado eles na defensiva, forçando-os a desviar e se afastar, não estavam se machucando.

Para a surpresa deles, pareciam estar se cansando, mesmo tendo passado apenas alguns segundos de luta desde que o garoto os tinha colocado na defensiva. Ran respirou profundamente antes de lançar a técnica que planejava que fosse sua última nesse combate. Ele utilizou o Onidoro para criar fantasmas incandescentes. Elas atacaram de forma rápida e obvia, forçando-os a se movimentarem o mais rápido possível para desviar, mas a obviedade do ataque tornava improvável que eles fossem acertados. No entanto, mal eles terminaram de desviar do ataque e já sentiram a visão falhar. Com um som agonizante eles perceberam que embora estivessem respirando, ainda assim pareciam sufocar.

Aquele espaço limitado tinha um suprimento igualmente limitado de oxigênio. O fogo que o garoto Uchiha fez tão displicentemente o consumia num ritmo alarmante, enquanto ele mesmo controlava a respiração para diminuir o cansaço e tomou um último fôlego antes de extinguir o ar que restava. Agora, precisava apenas esperar enquanto asfixiavam.

Os inimigos logo foram ao chão. No entanto, por sua própria segurança, Ran só ousou se aproximar deles depois de se certificar que seus corações já não mais batiam. Passando por cima deles com seu fôlego já chegando ao fim ele criou uma versão maior do Rasengan e o utilizou contra a parede que dividia a antiga mina em duas partes. Um grande pedaço da parede quebrou e ele recebeu com um alívio o ar puro que fluía da outra parte até onde estava. Pôde ver que os outros reféns haviam sido resgatados por seu clone e já estavam fora dali. Recuperou o fôlego e então quebrou de forma semelhante a parede que selava a última refém. Seu estado era ligeiramente preocupante devido aos ferimentos, mas deveria sobreviver. Além disso, por ter sido fechada entre paredes seu próprio suprimento de ar não havia sido consumido pelo fogo.

Ainda ligeiramente ofegante ele a colocou nos braços e se dirigiu até a saída. Mal se movera, no entanto, quando um enorme estrondo o levou a um estado de alerta. Olhando para trás pode ver a enorme quantidade de terra do deslizamento se mover para dar passagem a um homem. Ele caminhava displicentemente, observando os corpos no chão. Ele vestia o mesmo manto preto que o resto do grupo, porém o seu se mantinha imaculado, sem nenhum sinal de desgaste pela vida dura como as dos demais. Tinha cabelos loiros num corte curto e desordenado e em seu rosto havia uma máscara vermelha cobrindo os olhos. No centro da máscara um terceiro olho falso entre seus dois olhos reais. Era menor e situado um pouco acima da linha dos olhos.

Ele viu aqueles que Ran supunha que fossem seus companheiros mortos pelo chão e nada passou por sua feição exceto desprezo e um leve divertimento. Já ao ver Ran ele pareceu demonstrar curiosidade, abrindo um sorriso que deu calafrios ao garoto. Não tinha mais nem de longe tanta força pra lutar e aquele parecia ser bem mais perigoso que os outros. Ainda assim não havia muito que pudesse fazer, então delicadamente pôs a mulher no chão para que tivesse as mãos livres.

- Eles eram incompetentes, mas não inúteis, sabia? – Perguntou o estranho como se aquilo fosse uma conversa casual. Ran não respondeu, mas isso não pareceu desencoraja-lo.

- Eu tinha planos pra eles, ainda tinham funções a cumprir antes de acabarem assim. – Continuou enquanto se aproximava vagarosamente. Havia em seu olhar uma segurança de quem tinha absoluto controle da situação, como quem não se prevenia de nada que o chunin de Konoha a sua frente pudesse fazer porque qualquer coisa que fizesse seria em vão.

- Mas você... bravo! Não só você se livrou dos meus brinquedinhos, como fez isso enquanto tirava todo mundo daqui em segurança. Parabéns, aposto que a maioria morreu sem nem saber o que os atingiu. – O sadismo em seus elogios parecia pingar de seus lábios como veneno. Cada passo, cada palavra, fazia com que Ran temesse ainda mais pela segurança de todos.

- Normalmente eu não toleraria esse tipo de interrupção, mesmo num plano tão inconsequente, mas eu diria que você mereceu. Ao invés dos resultados dessa pequena jogada eu ganhei um brinquedo novo. Espero que não me decepcione, ou vai acabar um brinquedo quebrado assim como esses.

Quando terminou de dizer isso, pela primeira vez fixou o olhar em Ran. Até o olho que parecia falso agora o estava encarando. A apreensão que sentia evoluiu instantaneamente para pânico debaixo daquele olhar, paralisando-o. A cabeça do recém chegado pareceu se deformar lentamente, até que o garoto notou que não era a cabeça que se deformava, e sim seu pescoço que estava se esticando. O aumento do pescoço passou de ligeiro a vertiginosamente rápido, se esticando por toda a distância que o separava de Ran.

A cabeça que avançava em sua direção parecia querer morde-lo. Paralisado ali ele estava incapaz de se defender. Todo seu esforço para sair daquela situação o permitiu apenas erguer o braço no último segundo. A mordida que parecia destinada a algum lugar no seu corpo foi parada pelo braço, os dentes afiados de seu agressor sendo cravados no seu pulso direito.

Tão logo a mordida acabou, o pescoço diminuiu rapidamente, com a cabeça voltando ao lugar. Já no pulso do jovem Uchiha havia agora uma marca similar às presentes no corpo dos sequestradores.

- Pode ficar com os reféns, pense nisso como um bônus por assinar o contrato. – Disse, numa explicação que pouco fez sentido enquanto se virava para se retirar por onde tinha entrado. – Eu espero que se divirta com meu outro presentinho. Se souber controla-lo ele pode ser bem útil. Eu entrarei em contato quando for hora do próximo passo. - Com essas palavras enigmáticas ele começou a se retirar. No entanto, antes de atravessar novamente a passagem que havia criado para entrar ele parou por um instante, parecendo se lembrar de algo. Virou-se novamente na direção de sua nova cobaia e disse – Você pode querer guardar segredo sobre essa marca aí. Eu duvido que você seja capaz de lidar com a reação da sua vila se ela for descoberta. Pelo menos não sem a minha ajuda.

Uma dor lancinante emanava daquele ferimento em seu pulso. Não bastasse o cansaço e a pressão psicológica daquela aparição, agora ainda havia o impacto debilitante daquela marca que tornava cada um de seus passos um sofrimento. Com a dor do ataque contra o corpo original, o clone se desfez. Com ele veio a informação de que os reféns já haviam sido retirados do local. Estava já a meio caminho do vilarejo mais próximo quando o clone desapareceu.

Reunindo o restante de suas forças ele mais uma vez colocou a refém ferida em seus braços e saiu pela passagem, ainda com medo de pegar o caminho da entrada principal e mais uma vez dar de cara com aquele estranho assustador. O caminho foi árduo, requerendo toda sua determinação para dar os últimos passos antes de colapsar já no vilarejo.

Ele acordou horas depois, com a marca em seu corpo já não mais lhe torturando. Estava em uma cama, na casa de um dos moradores do local. Levou algum tempo antes de se localizar, só então inquirindo sobre o paradeiro dos reféns. Para seu alívio todos estavam bem, inclusive a mulher que trouxera, embora sua recuperação total ainda fosse demorar.

Enviou uma mensagem para a vila, requisitando transporte para os membros da caravana e aguardou fazendo a proteção desses até que seu transporte chegasse. Só então se despediu de todos e seguiu de volta para a vila, agora portando uma faixa no pulso, que quando perguntado diria ser apenas para tratar de um ferimento. Não sabia exatamente o que era aquilo ou como isso se ligaria ao misterioso homem que a colocou ali, mas preferia não revelar isso em publico enquanto não a entendesse melhor.

Quando retornou à vila foi surpreendido com o resultado da missão, embora em retrospecto sua irmã tenha tentado avisar que algo grande estava em curso. Fora informado que havia, até então sem saber, realizado o resgate de um dos filhos do senhor feudal. Não só isso, a missão era um teste de sua aptidão e seu sucesso significava que havia sido promovido ao rank de Tokubetsu Jonin.



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Considerações: Como ao invés de postar 3 missões > 3 missões > Graduação, você poderia só ter feito 6 missões + Graduação em OnePost durante esse TS, você não foi reprovado por negligenciar a GF. Além disso Juinjutsu do Céu deveria estar nas considerações.
Você não foi reprovado porque tinha staff online na hora que eu terminei de avaliar .

Mais uma coisa. Para mim seria muito mais prático sinalizar com "---" ou "[...]" entre objetivos e dizer "Grad [...] Sharingan [...] Juin [...] Grad" nas considerações, do que códigos em ^ e * com legendas de 5 linhas. Na verdade isso até atrapalhou em certo ponto.
Recompensas: Tokubetsu Jounnin, Juinjutsu do Céu e Sharingan 3 tomoe.
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This is who I really am inside
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Por meses Ran manteve aquela marca em segredo. Não fazia a menor ideia de como ativa-la de propósito, como os sequestradores tinham feito. Ela apenas parecia se manifestar espontaneamente em momentos de risco, servindo como um auxílio, mas a um alto preço já que além de ter que evitar que ela se manifestasse quando mais alguém pudesse ver ela ainda o deixava exausto quando retornava ao normal. Precisava manter aquele estranho poder sob controle, antes que o colocasse em risco. Não só isso, era sua melhor pista para entender quem era a estranha figura que o havia conferido essa marca.

Tinha duas informações sobre como ativar aquele estranho selo: O que lembrava do fluxo de chakra dos inimigos que a ativaram antes e o que sabia sobre o próprio quando ela ativava sem seu controle. Conseguia imitar o fluxo sem erros, no entanto, isso não parecia ser suficiente. Todas as situações em que havia visto aquele estranho poder eram situações reais, de estresse, com a vida do usuário em risco, logo, o mais provável era que seu estado emocional fizesse parte do processo de controle daquilo.

“O primeiro a ativar aquilo viu o irmão morrer. Todos estavam igualmente ameaçados, mas ele teve luto e fúria, então algum desses deve ser a chave.” Decidiu então combinar o fluxo de chakra que havia aprendido a imitar com a raiva. Havia aprendido que se seria uma pessoa boa ou ruim isso era uma escolha, não uma determinação de sua natureza, dito isto, não podia negar que a raiva lhe vinha facilmente. Era só pensar por pouco tempo no próprio pai e no que este pesava dele para ser tomado por ela. Com o tempo, aprendeu a se deixar levar pela raiva em instantes, se tornando capaz de ativar aquele selo e fazer espalhar as marcas por boa parte de seu corpo sempre que quisesse.

Desativa-lo era outra história. Por muito tempo, assumia que a serenidade era o estado oposto a raiva e, portanto, a chave, mas não só serenidade não lhe vinha tão facilmente, como não sabia se havia um fluxo de chakra correspondente a desativação, já que nunca tinha visto alguém desativar aquilo de propósito.

Como resultado, sua capacidade de ativar a marca veio fácil, mas desativar era um desafio. Sem poder controlar quando aquilo acabava, seu uso ficava limitado já que tinha que não podia arriscar que alguém a visse antes de entende-la melhor.

Como de costume, foi seu irmão que lhe colocou no caminho pra solução. Uma conversa casual numa tarde qualquer o lembrou do básico sobre si mesmo: sua resposta para a raiva não era serenidade, era o controle. Depois disso, não mais tentou alcançar um estado de calma para desativar aquilo, e sim força-lo a se submeter por pura força de vontade. Não era mais uma questão de serenidade, e sim de decisão, de autonomia. A nova abordagem lhe permitiu controlar perfeitamente aquele estranho poder, apoiando-se na sua decisão de não deixar que fatores externos controlassem quem era.


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Let it fall, let it crash, burn slow
T I M E S K I P

Tão logo ele fez 18 anos, Ran decidiu se mudar. Sabia que o pai resistiria se o fizesse antes, embora tivesse condições pra isso, então resolveu apenas esperar agora que a poeira havia baixado. É bem verdade que a relação dos dois não era harmoniosa, mas havia escolhido não ampliar o conflito. Ele passou a viver sozinho num apartamento, no mesmo bairro de seu irmão. A decisão lhe conferiu liberdade que nunca tinha tido antes. Sempre fora preso a um cronograma, a expectativas, à desaprovação alheia, mas agora estava finalmente livre.

Poderia usar essa liberdade para relaxar um pouco mais, mas sabia que não se perdoaria se o fizesse. Parte de si sempre se perguntaria, especialmente em situações de risco, se não seria um ninja melhor preparado se continuasse seguindo as orientações do pai. Por isso, precisava marcar esse tempo de mudança com um esforço visível para melhorar, preferencialmente alcançando um novo patamar em algo.

Depois de pensar por alguns dias no que iria se dedicar, optou pelo fogo. Não só era algo que o havia auxiliado por toda sua carreira, principalmente o que havia aprendido pouco antes da última missão da guerra, como trazia consigo um significado simbólico. A natureza do fogo era parte de seu sangue Uchiha, aptidão pra isso era algo que vinha de sua origem que seu pai detestava. Ao mesmo tempo, Konoha era uma vila do pais do fogo, o elemento primordial da nação eram as chamas e o próprio hokage era um exímio usuário de katon, então poder usar essas técnicas de forma eficaz seria algo do qual o velho Senju teria orgulho. Melhorar seu desempenho no uso do fogo seria não só uma demonstração a si mesmo de que não dependia da constante pressão esmagadora para melhorar, como também de que era capaz de conciliar todas as faces do seu passado e seguir em frente.

Dito isto, fazer era muito mais difícil do que apenas decidir o que fazer. Toda a glória simbólica e todo o propósito prático dessa decisão seria inútil se ela não desse frutos, se ele não conseguisse de fato progredir. “Hora de botar a mão na massa”

A verdade é que não tinha a menor ideia de pra onde ir ou como melhorar. Passou algum tempo praticando o básico, repassando os jutsus que sabia, tentando aumentar a intensidade, mas nada parecia criar uma diferença significativa. Conhecia outros shinobi que tinham uma conexão mais avançada com os próprios elementos, sabia que isso era possível, só não sabia como chegar lá, ou o que marcava o fim do caminho.

[...]

- Então, esse é o meu dilema. Alguma ideia? – Perguntou ao seu irmão, que vinha sendo seu guia por toda a adolescência, após explicar sua situação. Havia parado pra visita-lo depois de mais uma tarde de treinamentos infrutíferos.

- Olha, eu tenho uma ideia, mas você não vai gostar dela. – Disse, um pouco apreensivo.

- Só fala, qualquer coisa é melhor que ficar empacado nisso. – Respondeu Ran

- Perguntar à Amaya.

- Parabéns, eu estava errado. Você achou algo pior que ficar empacado.

- Eu tô falando sério. Ela pode aproveitar a oportunidade pra encher o teu saco, mas quando o assunto é katon ela é muito melhor que eu ou o velho, ou mesmo a mamãe. Ninguém na nossa família supera ela nesse quesito, por mais irritante que seja.

- É sério que essa é sua única ideia?– Ran parecia aceitar hesitantemente a ideia, mas buscava uma última chance de pular fora antes de realmente ter que fazer aquilo.

- Ela é minha irmã também, e eu convivi mais tempo com ela que você. – Ryushi continuou pressionando. – Eu sei que ela pode torrar a paciência se ela quiser, mas ela realmente se importa. E mais do que isso, ela é boa no que faz.

- Nenhuma outra ideia?

- Cê queria uma ideia, a melhor que eu tenho é essa. – Disse, antes de se levantar e começar a empurrar o jovem porta afora - Agora deixa de evitar a sua própria irmã como se ela fosse uma bijuu e vai falar com ela.

Ran sabia que ele tinha razão, ela era mesmo a pessoa mais indicada pra ajuda-lo, por mais que ele fosse pagar caro por essa ajuda.

Seguiu até onde sua irmã morava. Era provavelmente sua primeira visita em alguns anos.

[...]

- Você deve estar realmente desesperado pra vir a mim por ajuda. – Disse após ouvir aquela história toda.

Ran já estava se arrependendo daquela decisão.

- Bem... é, não foi a minha primeira ideia. – Confessou, tendo omitido a parte de que fora Ryushi que o dissera para pedir ajudar à Amaya.

- Pelo menos você ainda é honesto comigo, ao invés de esperar 2 anos e uma guerra pra dizer a verdade.

“E que os jogos comecem...” Amaya o conhecia bem demais, sabia muito sobre ele e sua vida. E ela usava esse conhecimento pra alfineta-lo nos seus pontos mais fracos pra diversão própria. Ela não era excessivamente maliciosa nisso, mas se divertia muito nesse joguinho já que só fazia isso contra quem não podia contra-atacar. Naquele momento, precisando da ajuda dela, Ran tinha que aturar.

Os dois partiram dali, Amaya dizendo que não confiaria no caçula da família pra brincar com fogo na casa dela. O local que ela escolheu para o treinamento foi uma área rochosa próxima a um córrego. Ela havia usado todo o caminho pra perturbar a paz do irmão, sob o disfarce de conversarem sobre a vida. O trajeto testou sua paciência e ele esperava que isso continuasse por todo o tempo o treinamento. Para sua surpresa, assim que chegaram a expressão de sua irmã mudou, mostrando intensidade e severidade que ele não tinha visto antes. “Então eu vou finalmente conhecer a kunoichi que sempre me disseram pra imitar?”

- Pra começar, me mostre o que você consegue fazer. – Ela disse sem rodeios assim que chegaram. – O que você tiver de mais intenso.

Ran assentiu com cabeça antes de realizar uma série de selos e disparar o Gouka Messhitsu, sua técnica de fogo mais intensa em direção a ela. Por sua vez, com um único selo ela realizou a mesma técnica. Não só isso, seu fogo completamente suprimiu o dele. “Nem com a ajuda daquela marca eu conseguiria igualar a isso!”

Não tendo sido torrado apenas porque ela controlou a técnica e a dissipou antes de atingi-lo, ele pôde entender a diferença entre o nível dos dois.

- Você viu a diferença, não é? – Perguntou, ciente de que seu irmão tinha usado aqueles olhos vermelhos pra observar cada aspecto do que havia feito. – Não está só no chakra, é mais que isso, e você tem que entender sozinho. Vai estar pronto quando puder realizar essa técnica com apenas um selo e puder competir com o meu fogo.

- E como eu faço isso? Como eu chego nesse nível?

- Isso é simples. – Disse, sacando uma vela de um de seus bolsos. – Você só tem que fazer isso.

Em seguida, ela acendeu a vela com um aceno displicente e em seguida a submergiu no pequeno córrego. Para surpresa de seu irmão, a vela continuou queimando, mesmo debaixo d’agua. “Isso é um nível de controle que eu não devo conseguir agora.” Não só isso, ela soltou a vela, que desceu até o fundo do fluxo de água e lá continuou queimando, mesmo longe dela.

- Quando mesmo o fogo mais delicado puder ser mantido vivo debaixo d’agua por você, sem nem precisar focar sua atenção nele, então terá alcançado a maestria. Quando fizer isso, o que eu fiz vai lhe parecer natural.

Ao finalizar, ela entregou-lhe um pacote de velas e se retirou. Ran imediatamente correu até o córrego, sentando-se em sua superfície e começou a praticar, tentando manter a chama viva mesmo debaixo d’agua.

O processo foi frustrante e demorado. Manter a chama acesa não foi um grande problema, resolveu aquilo na mesma tarde, mas solta-la e continuar alimentando-a consumiu muitos dias de treinamento. Mesmo depois de ter sucesso nisso, ainda era necessário que prestasse atenção à vela para que se mantivesse.

A parte mais longa foi aprender a controlar o fogo sem pensar nele. Por semanas ele soltou uma vela no córrego, antes de acima dele tentar se engajar em alguma outra atividade. Leu, treinou, praticou jutsus, tudo acima daquela água, sempre interrompendo e reiniciando quando a chama se apagava, até conseguir.

[...]

- Acha mesmo que conseguiu? – Perguntou antes de começarem. Havia sido chamada por seu irmão pra ver o resultado do treinamento.

- Eu acho, mas só tem um jeito de saber de verdade. – Confirmou, resoluto.

Em seguida, ambos com o selo do tigre invocaram as chamas que tinham usado para competir antes. Para o alívio de Ran as chamas agora estavam em pé de igualdade, consumindo-se mutuamente e dispersando-se no ar. “Consegui!”

- Parabéns, irmãozinho. – Disse. Em seu rosto estava o primeiro sorriso sincero que Ran via nela em muito tempo. Não de ácida diversão ou deboche, mas de estímulo, quase orgulho.


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Tokubetsu Jonin
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Born of the womb of a poisonous man
T I M E S K I P

- E então, pronto pra morrer?

A voz que assombrava seus pesadelos de tempos em tempos agora se fazia presente antes mesmo de ir dormir. Primeiro ouviu aquela voz, depois pôde ver o estranho homem e sua máscara com três olhos na sua janela. “Como assim? No meio da vila? Ele consegue só entrar e sair?”

Não sabia como aquela pessoa havia chegado lá, mas isso era o menos importante. Ele era perigoso e era isso que importava.

- Quanta animosidade. Da última vez eu até te dei um presente, porque anda tão alarmado com a minha presença? – Continuou, entrando pela janela. Ele parecia não ter problemas com o monólogo. – Agora vem a segunda parte do meu experimento. Fez bem em dominar o primeiro nível, mas se eu quiser realmente alcançar a perfeição nisso eu vou ter que dar uma acelerada no processo. Nada contra você, garoto, tem até um talento decente, mas minha paciência tem limite.

Mais uma vez aqueles olhos o mantinham paralisado. Anos se passaram, havia melhorado muito em diversas áreas, mas ainda lhe era impossível resistir de imediato àquele medo. O invasor prosseguiu seus preparativos, sacando um enorme pergaminho que usou para produzir uma caixa metálica de quase dois metros de comprimento.

- Bem menos primitivo que meus antecessores. Acredita que faziam isso em um tambor de madeira? Sem a menor higiene! – Disse, enquanto abria a porta daquela caixa com um floreio. Ela se abria não por cima, mas pela frente. – Vamos, entra aí. Vai ser divertido, se você não morrer por completo.

Compelido pelo poder daqueles olhos Ran entrou na estranha caixa, com a porta sendo fechada logo em seguida.

- Agora, para o meu próximo truque... – Com divertimento na voz ele realizou uma série de selos. Em resposta a eles a caixa emitiu um estranho gás sobre o jovem, que rapidamente perdeu a consciência. -  Eu tive tanto trabalho pra deixar esse processo menos bárbaro. Agora é rápido e prático, da pra fazer em qualquer lugar. Até no meio do território inimigo!

Claramente orgulhoso de seu aparato ele prosseguiu realizando selos, enquanto Ran perdeu a consciência rapidamente sob o efeito do gás. Passou a ter pequenos surtos de consciência onde tudo que sentia era dor antes de apagar mais uma vez. Quando retornou a si ainda estava no seu quarto, a estranha caixa havia sumido e o estranho chakra daquela marca fluía por seu corpo em uma intensidade nunca antes vista.

Por um segundo se permitiu um alivio. Não sabia o que aquele maluco havia feito com ele, mas pelo menos ele não estava mais lá. Havia escapado disso vivo.

- Bravo! Parabéns por ser uma cobaia melhor que a média. Você é o primeiro a sobreviver à minha versão revisada do processo. Espero que goste do resultado.

Podia ouvi-lo, mas não o via em lugar algum, mesmo com o sharingan.

- O que você quer de mim?!

Ouviu risadas pelo ar.

- Me divertir! Não se superestime, você não é tão importante assim.



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Luma
Genin
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Situação: Aprovado
Considerações: Vilão, sim. Sem educação, jamais!
Os três plottings foram muito satisfatórios de se ler. Mesmo tendo que dar aquela rushada no final, não houve perda de qualidade o suficiente para considerar os textos intragáveis. De avisos, fica apenas o que a gente já falou no Discord, sobre não estar constando Perito Elemental na ficha, mas como já foi tudo resolvido, tá safe. Ademais, meus parabéns ^^
Recompensas: Juinjutsu - Tengu (Céu) v1, Juinjutsu - Tengu (Céu) V2, Qualidade: Mestre Elemental - Katon (03) e lembra de adicionar na ficha após a GF qq
Luma
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