Outro dia de trabalho normal em Kumo. Recebo a ordem de ir até o bairro mais nobre e falar com Madame Mondewa, uma das maiores investidoras em equipamento ninja do país. Por mais que nunca lembrasse o nome dela, meio que sabia, pois sua assinatura estava em todo tipo de propaganda relacionada a isso.

Cheguei até um grande portão, onde havia dois homens, um loiro a esquerda e um moreno a direita. Ao me aproximar, os dois sacam as espadas ao mesmo tempo, formando um x e bloqueando a minha passagem. Em uma única voz, perguntam quem eu era e o que eu gostaria. Respondo que estava vindo em missão da vila e apresentei o pedido da missão.

Os dois abriram o portão e me acompanharam até a entrada, onde passaram a informação da minha chegada para o mordomo da mansão. Ele era um senhor de cabelos brancos e se desculpou pela grosseria dos gêmeos do portão bem educado, me levou até um escritório, onde havia uma mulher lendo uns papeis e me anunciou dizendo que aquela era a Madame Mondewa. Passo novamente por todas as formalidades, já perdendo a paciência com tanta barreira, guarda ou pessoa para quem repetia a informação.

A Madame começa empurrando os papeis que estavam na mesa dela, e se levantando para me medir com o olhar de cima a baixo. Resolvo olhar diretamente para ela, mostrando postura e não sendo intimidada pela senhora que estava na minha frente. Ela se senta e pede para eu fazer o mesmo.

Pegando uma xicara de café, ela vai explicando sobre o marido dela. Pelo o que eu entendi, o marido dela, desde o início sempre a ajudou a organizar as burocracias de seus investimentos, mas após algum tempo ele vem chegando mais tarde e saindo mais cedo, falhando nas suas obrigações de marido. Pergunto se ela tinha tentado questionar ele sobre esse comportamento e pelo que entendi, a resposta sempre era uma evasiva bem dada.  Me levanto da cadeira e digo que irei investigar assim que ele saísse do expediente do trabalho.

Na hora exata, segui o homem bem arrumado até o bosque central da vila, lá ele foi até uma grande casa entre as arvores. Lá um homem o esperava. Esse homem estava sentado em um tatame que me parecia bem confortável. Cheguei mais perto para olhar sem revelar que estava observando os dois. Os dois ficaram quase 1 hora apenas meditando, isso achei estranho. Continuei seguindo no outro dia e no seguinte e a mesma cena se repetia. Resolvi aparecer e perguntar no quarto dia, qual era o sentido disso.

Na hora ele já entendeu vendo minha bandana e me explicou que o stress do casamento era tão grande que precisava meditar 2 vezes ao dia para a saúde dele. Ele me acompanhou até a mansão e explicou tudo a esposa, falando que escondia dela, pois ela não acreditava em relaxamento e que ela esperava dele um ritmo que ele não poderia dar. Os dois me agradeceram e voltei para seguir meu rumo.