[Rank D] O ulular das aves de rapina

A noite estava chegando ao fim para dar início à quietude da madrugada ao redor das montanhas de Kumo, entretando um jovem ninja de cachecol cor azul bebê caminhava, tinha acabado de se reportar ao líder da guerda da cidade, agora começaria sua primeira missão como um Genin, e mesmo sendo tarde da noite, era impossível estar mais acordado. Sua primeira missão era simples, fazer uma patrulha de madrugada, num dos lugares mais seguros, a área externa entre as entradas norte e oeste da vila, que ficavam bem próximas de torres de vigia dos guardas, então o Genin estaria seguro. Bastava apenas patrulhar para ter certeza que ninguém tentaria passar por ali de modo furtivo, algum contrabandista, ou outro caso de pessoas que não estão devidamente outorgadas para entrar no vilarejo oculto nas nuvens. No entanto era um terreno bastante difícil de se movimentar, claro, Kumogakure ficava entre montanhas bem alta, um vacilo para uma pessoa comum significaria uma queda e um ultimato de morte. No entanto para um ninja que cresceu naquele lugar, era tão tranquilo e seguro quanto andar no quintal de casa.

Assim como esperado em sua patrulha não a criança ninja não encontrou nenhum problema além do forte vento uivante. Encarava o abismo entre as montanhas, nuvens e o ulular das aves de rapina pensando na vida, em seu futuro, não sabia se estava atento o suficiente, mas era raro ter o céu limpo daquela forma no inverno. Bom presságio. Pensa o ninja, não teria nenhum problema hoje, intuía o Genin, gostava do céu daquele jeito, límpido.

Passou muito mais rápido que esperava sua ronda e logo veio um guarda rendê-lo, tinha finalizado sua primeira missão num piscar de olhos, e no fundo desejou que sua vida não passasse nessa velocidade, não passasse rápido assim e que ele conseguisse aproveitar os pequenos momentos e os detalhes, principalmente daquele céu que admirava.

Chegando no escritório para finalizar as formalidades da missão teve consciência de que não conseguiria descansar, agora já estava amanhecendo e não possuía um pingo de sono, estava querendo comprar um presente para seus chegados do orfanato e não hesitou em aceitar outra missão, queria continuar sentindo-se útil. Era outra missão simples, e talvez ainda menos perigosa, pois tratava-se simplesmente de fazer faxina na biblioteca. De fato eram muitos pergaminhos e a poeira precisava ser retirada de cada um para que eles não deteriorarem mais ainda com o passar do tempo. Katsushiro estava familiarizado com o caminho para a biblioteca, tinha ido lá estudar tem muito pouco tempo. Chegou lá e ainda era muito cedo, estava ainda fechada, foi tomar café da manhã em algum lugar lá perto, agradeceu e pegou pela comida e quando voltou para biblioteca ela já estava pronta para recebê-lo.

Apresentou-se para a recepcionista que logo o botou para trabalhar, mostrou quais partes da biblioteca estavam críticas no sentido de que mais careciam de limpeza, poderia ir embora quando acabasse tudo. Katsushiro estava acostumado com a limpeza, ajudava bastante no orfanato para um garoto de 12 anos dedicado à tornar-se um bom ninja. Ora, o pequeno amava ajudar os outros, e manteve o sorriso no rosto durante todo o processo de limpeza, o qual a maioria dos ninjas, que anseiam por incríveis batalhas, estariam há muito entendiados. Um mal estar o incomodou brevemente durante sua limpeza, teve a impressão de ver alguém encarando a porta, diga-se de passagem que a passagem por essa porta é proibida expressamente para a maioria das pessoas, o Genin não sabe o que há lá atrás e nunca ousou perguntar, todavia esse mal estar de que tinha alguém ansiando entrar por aquela porta o desconcertou um pouco, claro que ele não parou o serviço para ir verificar o que estava havendo, tinha uma missão a cumprir, e já começava a ficar cansado. Pouco tempo depois acabou seus deveres e logo começou a se sentir melhor, pegou algumas assinaturas com a bibliotecária, despediu-se e se dirigiu ao escritório para pegar suas recompensas.