Mais uma vez Akihito se encontrava no campo de treinamento de Otogakure. Aquele local havia se tornado frequente nos dias do jovem genin. Quando não estava em missão ou na biblioteca da vila, muito provavelmente Akihito seria encontrado ali, treinando. E neste dia não fora diferente. Desta vez, no entanto, o garoto carregava alguns artefatos peculiares. Pareciam pergaminhos... E de fato eram. Tudo aquilo tinha um propósito: Akihito estava prestes a aprender uma técnica nova, que iria mudar completamente, pensava o garoto, a forma como enfrentava seus inimigos. Seria uma técnica que, dentre outras coisas, lhe permitiria realizar bons ataques a distância, além de todos os usos utilitários que ela permitia, tais como rastreamento e até mesmo voô. Tratava-se do Ninpō: Chōjū Giga. Esta Arte Ninja consistia em dar vida a desenhos, normalmente feitos em um pergaminho. Daí o pergaminho que Akihito carregava.

Ao chegar se estabelecer no campo de treinamento, Akihito sentou-se debaixo de uma árvore, aproveitando a sombra projetada pela mesma, e sacou de seu bolso um pincel. Em seguida, pegou o pergaminho que trouxera e o sacudiu, revelando que aquele peraminho possuía algo a mais: um compartimento especial para guardar tinta. Após molhar a ponta do pincel com um pouco da tinta preta que havia no compartimento do pergaminho, Akihito começou a fazer alguns desenhos. O próprio garoto ficou surpreso com a sua capacidade de fazer bons desenhos, pois, embora não fosse inábil no assunto, este tipo de arte nunca fora seu foco.

Uma vez feitos os desenhos, era necessário agora dar vida a estes. Akihito então performou um meio selo do tigre com sua mão direita apenas, que também segurava o pincel. Para sua surpresa, ele havia conseguido de primeira: algo realmente saltava de dentro do pergaminho, deixando nele apenas o espaço em branco de antes. O que saiu de ĺá, entretanto, não foi o esperado. Akihito pretendia criar um pequeno pássaro, mas o resultado foi um pássaro completamente deformado, inútil para qualquer fim.

Após algumas várias tentativas falhas, Akihito parecia já ter entendido o princípio da técnica, bem como a maneira e a quantidade de chakra que deveria infundir para cada tipo de desenho. Ele então tentou algo mais ousado desta vez: uma grande e majestosa águia. Com a prática que acabara de obter, Akihito desenhou a águia no pergaminho em questão de segundos e usando apenas a sua mão dominante — a direita —, enquanto a outra segurava o pergaminho e o mantia aberto.

Feito o selo de mão, o jovem pronunciou as palavras: — Ninpō: Chōjū Giga!
De repente, uma mejostosa águia emergiu de dentro daquelas páginas. Ela parecia perfeita, exatamento como Akihito havia desenhado. Ele tocou na águia e sentiu que ela era sólida. Akihito então recolheu seu pergaminho, seu pincel, e montou naquela águia, que devia ser um pouco maior que ele. A águia então alçou voo e começou a circuncidar o campo de treinamento. De lá de cima Akihito conseguia ter uma visão completa do campo, bem como de algumas partes da cidade. Pondo a mão sobre seus olhos, Akihito foi capaz de avistar de longe a sua casa. Ele então apontou em direção a mesma e a águia então seguiu seu rumo em direção a casa do jovem ninja. Mal havia dominado a técnica, e Akihito já desfrutava de suas vantagens...