Objetivo: Concluir a Quest para a aquisição da Hab. Única Mokuton.
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O PODER DAS FLORESTAS - Por Senju Tatsumaru.

"Durante muito tempo me perguntei as razões para aquilo ter acontecido conosco. Ao nosso redor existem outras dezenas d fazendas, plantações e comunidades. Só nós fomos atacados. Por quê? Não houve prejuizo pra nenhuma outra família ou propriedade, nenhum ataque, nenhum saqueamento, nenhum rastro de sangue. Deve haver uma razão. Foi o que sempre pensei. E há!

Onis não eram vistos por estas terras desde muito tempo. Estas criaturas diabólicas e sedentas por morte e destruição, foram banidas para terras distantes desde tempos imemoráveis, mas vieram até aqui. Estes seres que habitam lendas e superstições, invadiram nossas terras, violaram nossa casa e levaram minha irmã com eles. Meu pai tentou nos defender, e o resultado está por todo seu corpo. O velho não anda mais, está paralisado, o que é uma benção de certa forma, pois o fato dele ter sobrevivido já é mesmo um milagre. Sobre Myu eu não tenho como saber se está viva, minha irmã gêmea, mas eu sinto que devo buscar por ela. E vou. Vou até o fim. Encontrando-a ou não, eu vou até a casa deles e trarei comigo o inferno, assim como fizeram ao vir aqui.

Para concluir este meu objetivo, por Myu, preciso ficar mais forte. Mais e mais forte. Pois eu vi de perto aquele poder, vi e me apavorei. Mas o primeiro passo já foi dado. Hoje sou gennin, hoje me tornei um shinobi. Começa agora a minha jornada! e... Myu, se ainda estiver viva, eu prometo, não... eu juro! Que vou encontra-la!." -Diário de Senju Tatsumaru.

A calmaria silenciosa da humilde casinha é abalada por uma voz enfraquecida.

- Tatsumaru. - chamou Hatsumi, pai de Senju Tatsumaru.

Tatsumaru interrompe seus afazeres domésticos e caminha para junto do pai acamado. O garoto acende uma vela ao lado do leito de Hatsumi e se senta em uma cadeira próxima.

- Pai?  Estou aqui. - respondeu o garoto.

- Chegou a hora de você saber a verdade. - a expressão de Hatsumi era séria. E, aquele tom de voz, demonstrava que certamente havia algo importante para se ouvir.

"Vou lhe contar o porquê de tudo ter acontecido. Conosco. Com sua irmã. Vou lhe contar sobre o Poder das Florestas" - Senju Hatsumi.

Após uma longa conversa, Tatsumaru recebe de seu pai uma pasta com diversos manuscritos, mapas e páginas avulsas misteriosas. Uma enxurrada de informações para sua mente já perturbada pelo passado. O genin é advertido por seu pai, mas ambos sabiam muito bem que era um caminho sem volta, pois Tatsumaru nunca iria deixar aquela historia morrer. Tatsumaru não era do tipo que desiste facil de seus objetivos, ainda mais se tratando da possibilidade de resgatar Myu.

"Naquela noite eu pude saber toda a verdadel. Meu pai me contou sobre o passado do clã Senju, sobre seus ninjas poderosos e influentes em toda a historia shinobi. Algo que eu na tinha ouvido por alto, mas nunca com tanta riqueza de detalhes. Foi me confidenciado a pior verdade possível, um fato obscuro no meio de uma historia gloriosa do clã Senju. Um pacto. Segundo o meu pai, no passado um parente distante na nossa árvore genealógica, fez um pacto sombrio para obter poder. Esse homem tinha um irmão gêmeo, e sua esposa também estava gravida de gêmeos. Neste pacto, demonios poderosos foram invocados, e foi pedido por ele um poder acima de todos os outros, algo que pudesse rivalizar até mesmo a liberação da Madeira. Foi acordado então que este homem precisaria oferecer um dos seus filhos gêmeos como pagamento pelo poder demoníaco, e durante gerações toda gestação de gêmeos da nossa linhagem teria um dos filhos levados pelos onis como parte do acordo de séculos atrás.

Meu pai sabia da história,  pois teve um irmão levado desta mesma forma. Um irmão gêmeo. Quando meu pai soube que minha mãe estava grávida de Gêmeos, ele fez uma extensa pesquisa e rodou o mundo atrás de informações que lhe ajudasse a descobrir como anular este pacto ancestral. Durante esta jornada, meu pai passou por diversos desafios, mas não conseguiu chegar a lugar nenhum. O pacto permaneceu, por isso ele abandonou o mundo ninja e se refugiou conosco em Suna, na esperança de que nunca fôssemos encontrados. Infelizmente, fomos encontrados e Myu foi levada pelos demônios. Agora cabe a mim dar um basta nisso, e resgata-la de uma vez por todas."

Sem saber por onde começar, Tatsumaru se vê perdido horas a fio no meio daqueles documentos antigos que lhe foram confiados. As informações eram numerosas, pois datavam de vários séculos para trás,  assim como também haviam documentos recentes levantados por seu pai. Tatsumaru voltou sua atenção à um mapa com uma demarcação em suna, onde supostamente haveria uma espécie de Oasis.

"No início achei estranho, pois conheço a area demarcada no mapa, ja estive la, e não existe nenhum oásis por perto. Senti em meu intimo que eu deveria checar o local  e descobrir o sentido daquele mapa. Seguindo meus instintos, reuní meus equipamentos e parti logo ao amanhecer. A noite anterior fora bastante fria, e por isso aproveitei para sair bem cedo antes que o sol escaldante transformasse a areia do deserto em uma fornalha infernal. A caminhada foi longa, mas mal pude sentir o cansaço em meu corpo. Eu não conseguia sequer parar de pensar em toda aquela situação, por isso não havia espaço em minha mente para cansaço ou hesitação. Apertei o passo e o dia virou noite novamente, e quando a estrela mais luminosa alcançou o seu ponto mais alto, la estava eh de frente para um oásis que não devia estar lá. Era imenso, eu simplesmente não podia acreditar que um local como aquele passasse despercebido. Ali só devia ter areia, mas haviam palmeiras, um lago a se perder de vista e uma densa mata ciliar."

Tatsumaru adentrou naquele santuário natural e foi como se estivesse em um outro país. Nunca vira um oasis como aquele, tao extenso e exuberante. O jovem andou pelas margens do lago e avistou uma cabana com luzes acesas. De longe pôde perceber as chamas de lamparinas dançando reluzentes nas pequenas janelas daquilo que parecia ser um chalé de caça típico de uma floresta tropical. Mas ali era o deserto.

"Impressionado com aquela descoberta, não perdi tempo com maiores suposições. Atravessei as águas com chakra em meus pés,  corri sob a densidade superficial da água o mais rápido que pude. Não havia razão para hesitar, tampouco motivo para certas precauções. Não pensei duas vezes, avancei para a porta de entrada e abri sem bater. E ali eu tive o meu primeiro contato com aquele maldito velho."

"Quando abri aquela porta logo recebi as boas vindas na forma de uma pancada. Mal tive tempo de ver o ataque, um enorme dedo de madeira atingiu a minha testa e voei para fora tão rápido quanto entrei. Permaneci no chão por algum tempo, tonto, incrédulo que fui surpreendido por um ataque tão chulo. Eu é quem deveria ter o elemento surpresa naquela situação."

- Hahahaha acho que exagerei. - a voz repleta de enfado vinha de um senhor de idade avançada, longas barbas brancas e um estranho chapéu de palha.

Um velho repleto de adereços em suas roupas espalhafatosas, meias que se esticavam até os joelhos e uma bengala adornada com pedras e conchas do mar. No centro da casa era possível ver o fogo arder em uma lareira e diversos bonsais espalhados como meio de decoração. Tatsumaru percebeu quando o longo dedo de madeira recuou até o seu estado normal, devolvendo uma aparencia humana à mão do velho. Sem dúvidas, aquele era o elemento madeira.

"Aquele velho filho de uma... bom, aquele velho irritante, como eu o odeio. Aquilo doeu de verdade. Custei para recuperar o meu norte, chacoalhei a cabeça e passei a mão na minha testa, sentindo um galo enorme que acabara de surgir devido ao golpe. É, eu havia perdido aquela batalha antes mesmo dela acontecer, entao nao restava mais nada a se fazer a não ser me apresentar. Bem, talvez eu devesse ter batido na porta e me apresentado desde o início."

- Droga... olá, meu nome é Senju Tatsumaru.- apresentou-se o gennin.

"Aquele velho desgraçado me olhou de cima a baixo, com aquela cara de palhaço, aqueles dentes amarelos à mostra num sorriso tosco. Cara, que raiva. Não pude ignorar a manipulação do elemento madeira, me pareceu tão sublime, de forma tão natural, que não pude evitar pensar que eu estava diante de um sujeito poderoso."

"Batemos um bom papo por horas, comi algumas guloseimas oferecidas por Honda e pude finalmente conhecer a historia verdadeira sobre a maldição da nossa parte do clã. Durante a conversa, muitas vezes eu comecei a gostar do velho, mas suas piadinhas e trollagens de mau gosto logo me faziam despreza-lo novamente. Ta, exagero meu, eu até gosto do sujeito, de fato... mas as vezes tenho vontade de quebra-lo na porrada. Pena que não tenho a menor chance."

"Naquele momento eu entendi. Eram dois poderes distintos. Um formava e germinava a vida, o outro a corrompia e a destruía. No mundo shinobi, infelizmente, o poder da destruição era mais importante. Honda ofereceu dois caminhos ao meu pai. O caminho da vida e o caminho da morte. O poder da corrupção é tentador, é incrivelmente poderoso, e seu caminho é mais curto, seu trabalho mais fácil. Aquele foi o teste de Honda, e meu pai falhou ao escolher as sombras. Honda o expulsou, o julgou indigno, com razão. Ele carrega o fardo de proteger os dois poderes, o legado senju de Hashirama, e o presente demoníaco das terras sombrias. De certa forma, é de sua responsabilidade o equilíbrio no mundo ninja, ja que em sua essência existe o bem e o mal representado de forma tão sinistra."

"E eu escolhi... a vida. A esfera de energia negra se apagou como uma vela na chuva. Ao mesmo tempo em que a esfera verde se nutriu e restabeleceu toda a vida no ambiente. A energia flutuou, se movia como um espírito vivo, de um lado para o outro. Por fim, Honda se moveu rapidamente, agarrando aquela energia em suas maos com a velocidade de um trovão. Com a mesma destreza, o velho me atacou com aquela energia em meu peito. Pude sentir a vida fluindo em mim como se naquele dia eu renascesse. Eu escolhi a vida, eu escolhi... Mokuton. Myu, eu estou indo. Eu prometo."

"E é por isso que... as vezes... quase sempre... eu o odeio."