Já fazia um tempo desde que vi Natsumi. E na última vez que nos vimos, ela só me revelou o nome da criança que havia saído da casa a qual ficamos outrora, ainda sim, a criança aparentava ser muito interessante; eu queria investigá-la, mas até então, não tinha tempo para isso; fui contratado por uma senhora para investigar pequenos furtos que estavam ocorrendo em Yukigakure, um local um tanto distante da minha localidade atual; suspirei, mas mantive-me adiante, enfrentando aquele inferno glacial que não findava de jeito algum. Era chato, mas era uma missão, e eu era recompensado por isso.

Segui, segui e segui adiante, enfrentando toda a neve pelo caminho. Desbravando-a com um pedaço de pau; era chato, mas necessário. Incontáveis horas haviam se passado desde que eu saí do país da neve, e ainda sim parecia que eu não iria encontrar essa tal Yukigakure. Parei um pouco para descansar, logo mais retornando a busca pelo tal vilarejo. Quando tudo parecia perdido, me deparei com pegadas nas neves, e a partir deste ponto fiz o que eu sabia fazer de melhor: rastrear. Então o fiz, segui as pegadas que encontrei na neve e algumas horas depois me deparei com o vilarejo em questão, depois de enfrentar toda aquela neve e frio, finalmente fui recompensado: rumei para uma estalagem próxima para passar a noite e tomar um banho, para de manhã iniciar a busca.

...

Quando o sol raiou eu já estava de pé fazendo perguntas para os moradores daquela vila. Alguns diziam que o tal ladrão só agia de noite, roubando os comerciantes locais. Fiz mais algumas perguntas por horas a fio e então caiu a noite, e com ela veio o silêncio, também o criminoso; era hora de pegá-lo, só não sabia como e aonde ele iria atacar, mas é claro, usando minhas habilidades de rastreador isso seria fácil. E então começou a caça: eu estava agachado num dos telhados próximos da área do comércio, e notei um ser perpassando as vielas utilizando dum manto negro para tapar seu rosto. Fugaz e silencioso o segui por cima dos telhados, mantendo uma distância de vinte metros enquanto o caçava; estava oculto, ou pelo menos fazendo do máximo para estar.

O homem iniciou seu furto, a princípio, com uma lojinha que vendia itens básicos de culinária, indo em seguida para um restaurante. Quando este saiu do restaurante, porém, fui ao encontro do homem, confrontando-o. —— Devolva o que você roubou, ou terá de lidar com as consequências. —— o avisei. O homem, porém, sacou uma espécie de lâmina, mais para um canivete e partiu para cima. Apesar das minhas limitações naquele momento, consegui lidar com o homem até que facilmente - ele era um civil comum, e eu, um shinobi da força especial Kinkaku. Hábil, desarmei o homem e levei-o ao chão, bradando por alguma autoridade naquele vilarejo por fim. Quando um dos homens chegaram com uma roupa diferenciada alegando ser um policial do vilarejo, entreguei o ladrão a ele. —— Vocês deviam patrulhar mais a área. —— comentei. O homem assentiu com a cabeça e agradeceu-me, enquanto a senhora de outrora me pagou logo depois, além do convite para ficar no vilarejo em questão.

Aceitei, e paguei uma pequena moradia para passar a noite.

2065, 2010
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Considerações:

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