[SOLO] Sem título

Naruto RPG Akatsuki :: Mundo Ninja :: Outras Regiões :: País do Arroz

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Jäger

HP: ❲ --- • ---❳ CH: ❲ 750 • 750 ❳ ST: ❲ 00 • 05❳

- Oh, Lorde Jashin, eu começarei a sua purificação. Sim... Não tenho sido o melhor dos servos, mas prometo: irei começar. Preciso de visão, meu Senhor. Preciso encontrar seus filhos antes que eles me encontrem, caso contrário não conseguirei fazer muito. Matarei todos eles.

Jäger ergueu-se do chão. Rezava de joelhos, olhos fechados, cabeça erguida para os céus junto com os braços abertos. Ele sentia a fúria de Jashin percorrer suas veias, sussurrando em seus ouvidos. Seu deus não estava satisfeito, pelo menos não com o nukenin. Ele apenas trouxera uma morte ao nome de Jashin, uma. E, com o poder que ele possuía, poderia ter encaminhado vilas inteiras ao deus da destruição.

O ninja queria destruir, queria matar, porém, ainda que sua força e velocidade fossem sobre-humanas, temia que seus inimigos o parassem antes que ele os parasse. Como um nukenin tão poderoso podia temer algo? Se morresse, estaria ao lado de seu senhor Jashin. Isso, afinal, se conseguisse realmente morrer. Era quase vergonhoso o ponto no qual o rapaz tinha chegado, escondido na sarjeta de Otogakure.

Então Jäger começou a procurar, a pesquisar. Foi atrás de um meio para encontrar seus inimigos.

- Matarei todos eles, meu deus. Todos esses filhos da puta. - Prometeu.

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Jäger

Ter 6 Nov - 11:02

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Jäger entrou num bar velho e fedorento, lugar onde aparentemente toda sorte de informações se misturavam; histórias, contos, mentiras. Tudo estava ali.

- Vou te falar uma vez só. - Ele disse para o atendente do bar. - Quero coisas que prestem, nada dessa merda de baboseira que bêbado conta.

- Mas os bêbados contam aquilo que não têm coragem de contar quando estão sóbrios. - Respondeu o atendente.

- Você entendeu o que eu quis dizer, puto. Quero que me conte o que presta.

- Diga o que quer, pivete.

Ele não se amedrontava, o que era bom. Jäger tinha se cansado de covardes.

- Preciso achar pessoas. Não alguém em específico, mas preciso de alguma forma de... Porra, não sei dizer bem. Entende?

O atendente olhou para ele sem saber o que dizer. O nukenin não falava nada com nada. Então, suspirou e tentou novamente.

- Quando eu estou em minhas viagens encontro com filhos da puta por acidente. Não quero que seja mais acidente, quero saber quem está vindo. A porra do mundo ninja é gigante, alguém já deve ter pensado nisso.

O atendente ponderou por um momento, batucando no balcão de mogno envernizado.

- Há algum tempo atrás... Um homem veio até nós e começou a fazer... - Ergueu os braços e fez sinais de aspas com as mãos. - "Mágica". Ele alegava que conseguia adivinhar quando alguém entrava e saía do bar...

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Jäger

Ter 6 Nov - 12:25

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- E ele conseguia? - Indagou Jäger.

- Oras, sim. Ele nunca errava.

- E que mágica era essa? Quem era ele?

- Não existe essa coisa de mágica, isso é ridículo. Ele achava que nós éramos camponeses burros que nunca viram ninjas na vida, mas é claro... Conseguíamos ver ele fazendo aquelas coisas com as mãos... Provavelmente era uma habilidade do shinobi. Bem útil, é verdade.

- Tudo bem, não era magia, mas qual a porra do nome dele?

- Não me lembro bem. Era um nome estranho… Is-alguma coisa. Islaum, Istrau, não sei. Mas ele era um idoso na época… Já deve estar morto. Era um Tokubetsu Jonin de Iwagakure. Veio até aqui em busca de Nukenins e fez a limpa. Foi impressionante. Era tão rápido que não conseguia vê-lo, era tão forte que destruiu metade do vilarejo. Depois voltou pra lá e nunca mais vimos. Mesmo velho… Era um monstro.

Jäger ouviu aquelas palavras com atenção. A descrição era algo que tinha presenciado num passado não tão distante; aquela força e velocidade descomunal, vinda de um velho de Iwa. De fato, alguma coisa ali tinha. Ele não queria acreditar no que estava pensando, ao menos via que era coincidência demais algo do tipo acontecer.

- Ele bebia feito o demônio? - Perguntou o garoto.

- Ah sim, ele bebia muito.

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Jäger

Ter 6 Nov - 13:27

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– Seu nome não era… Sprawn?

Fez-se um silêncio no bar. Algumas pessoas, intrometidos que ouviam, se levantaram e foram embora. Um homem idoso foi até Jäger, tremendo pela fraqueza óssea e muscular. Sua voz era rouca e fraca, suas rugas eram infinitas.

- Sprawn, o Demônio Verde? - Disse ele, rindo. - Esse velho fedorento não faz mais nada. Ele chegou na vila há pouco, capengando, hehehe. Nem o mais forte dos ninjas consegue resistir a uma boa cachaça. Alias, me manda mais uma.

Jäger olhou boquiaberto para o velho. Não demonstrava surpresa havia uma eternidade, mas, naquele momento, era como se sentia. Seria o Demônio Verde e o Velho Bêbado a mesma pessoa? Por que ele estaria em Otogakure, depois de tanto tempo?

- Onde ele está? - Perguntou o nukenin. - ONDE ELE ESTÁ?! - Bateu na mesa, enfurecido.

O velho indicou o endereço que tinha visto Sprawn pela última vez. Jäger saiu correndo.

Trespassava qualquer um que entrasse em sua frente. Olhava, atento, para todas as direções. E então, sem mais delongas, estava diante de seu mestre. Escondia a emoção em punhos cerrados, num sorriso de canto de boca, contido. Sprawn ainda não o tinha reconhecido, estava voltando a si, deitado na sarjeta.

- O Velho Bêbado vive. - Anunciou o garoto. O velho ouviu sua voz e ergueu a cabeça, olhando para seu aprendiz e abrindo um sorriso.

- O moleque vagabundo também.

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Jäger

Ter 6 Nov - 15:38

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- O que você está fazendo aqui, velhote?! - Perguntou Jäger enquanto Sprawn se levantava.

- Saí de Iwa. Aquele lugar era zoado, acredito que você concorda comigo, hehe. Fiquei sabendo de sua fuga. Matou uma ANBU, terroristinha de merda. Não acharam a cabeça dela, o que você fez?

O garoto olhou para o velho, sorrindo.

- Fiz o que você me ensinou. - Ele então contou toda a história, toda sua trajetória como nukenin até aquele momento. - Eu sirvo a Jashin, agora.

- Você é bichão mesmo, ein. Deuses não existem, moleque. Aprende isso. Só tem a gente nesse lixão imenso.

Jäger cuspiu no chão perante a heresia de seu professor, mas não o repreenderia. Nem valia a pena. Além disso, precisava de seus conhecimentos uma vez mais.

- Me disseram que você tem uma habilidade… - E contou sobre o que ouviu na taverna.

- Ah, sim, tenho. O nome disso é sensoriamento. Kanchi, se você for mais conservador e fresco. Não sei se você pode aprender, porque é um cabeça oca. Mas posso te mostrar.

- Você vai me mostrar, eu vou aprender e vou fazer você engolir merda.

Convencido, o jaguar dourado socou o velho, que cedeu, rindo. Ele estava contente com a companhia, a visão de um conhecido. Mas precisava do conhecimento.

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Jäger

Ter 6 Nov - 16:48

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"O sensoriamento é algo complexo. Ele define a estratégia de uma batalha, mudando completamente o sentido desta. Você não pode aprendê-la, só se pode nascer sabendo. Está no sangue do ninja. E você é um merdinha. Essa técnica, Kanchi no Jutsu, é uma das técnicas possíveis para encontrar chakra, ou seja, nós podemos rastrear pessoas através dela. É bastante poderosa."

O Velho Bêbado dava uma pequena palestra para Jäger enquanto a dupla sentava-se num bar nas proximidades. O nukenin aceitara pagar uma bebida para seu mentor enquanto ele explicava sobre aquela habilidade, e o garoto só conseguia pensar em como usá-la para encontrar e matar os alvos de Jashin, e seus inimigos.

- Você já tentou ensinar alguém pra saber disso? Tente me ensinar, porra. Já aprendi várias coisas, seu maldito. Se tentar, eu consigo.

- Vai ser uma perda de tempo. - Disse o Velho Bêbado. - Mas tudo bem. Vamos tentar. Feche seus olhos.

- Que?! Como assim? Aqui, agora? - Indagou o rapaz, confuso.

- Sim, porra. Aqui. Agora. Vai. Feche seus olhos.

Jäger fez como pedido.

- Concentre-se. Mas não é a mesma concentração que faz para se libertar de uma ilusão ou para ativar o Shichi Tenkoho. É um concentração focada, uma espécie de... Radar? Se souber o que é isso, bom. Feche os olhos!

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Jäger

Ter 6 Nov - 17:52

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Jäger fechou os olhos e começou a se concentrar. Não sabia exatamente o que era um radar, visto que esse tipo de coisa não era comum naquele mundo, porém, manteve-se concentrado.

- Está sentindo alguma coisa? - Perguntou Sprawn.

- Se você estiver me zoando, eu vou quebrar todos os ossos que te restam, seu merda.

- Foco, porra!

- Em que, caralho? O que eu tenho que sentir?!

- Você tem que sentir meu chakra se espalhando ao seu redor. Vamos, tente! Feche os olhos e tente!

Jäger tentava, mas nada acontecia. Era simplesmente estar de olhos fechados num bar. Mesmo sendo calmo e muito concentrado, o barulho incomodava - e a frustração tornava o déficit maior.

- Vamos para outro lugar.

- Não adianta. Você não vai conseguir.

- VAMOS! - Gritou Jäger. Sprawn nunca tinha duvidado das habilidades do garoto, mas por algum motivo o fazia agora. Motivo esse desconhecido pelo nukenin. - Eu sou Gouden Jäger, eu matei uma ANBU de Iwagakure com um chute, soquei a tsuchikage na cara e saí vivo. Eu vou conseguir, porra.

E eles saíram.

Lá fora, numa clareira próxima a Otogakure, a tentativa de sentir o chakra de Sprawn continuava. Jäger podia ouvir o fluxo do aliado, poderia sentir a ondulação de vento que ele criava, mas, ainda, não conseguia realmente sentir nada além disso.

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Jäger

Ter 6 Nov - 20:42

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E então, como uma fagulha dentro de si, Jäger começou a sentir uma mudança. Não era muito nítido, de forma alguma. A complexidade daquilo que sentia era tão grande quanto sentir e ouvir Jashin. Não que as duas coisas fossem importantes do mesmo nível, mas em questão de capacidade... Se comparavam. Naquele momento que sentiu um formigamento, já ergueu-se em euforia.

- Senti alguma coisa! - Disse, estranhamente animado. Ele sentira falta da sensação de aprender e ser ensinado. Jäger era sim um lutador, era sim um homicida agressivo, um jashinista poderoso, porém, ainda tinha quinze anos. As marcas da guerra eterna dos shinobi alteravam seu cerne, entretanto, seu subconsciente reconhecia que ainda era uma criança. E aquela animação vinha dessa infância perdida.

- O que sentiu? - Perguntou o velho.

- Como se fosse uma fagulha... Alguma coisa desse tipo. Vindo da sua direção. Como se tudo estivesse escuro e algo piscasse, por um milésimo de segundo...

O Velho Bêbado olhou para Jäger com o cenho franzido e os braços cruzados.

- Hmmm... - Ruminava. - Talvez você possa aprender o sensoriamento, sim... Mas não com tanta facilidade quanto eu... Bem, vamos continuar tentando. Eu não tenho nada para fazer mesmo. Mas depois você me paga mais uma cachacinha.

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Jäger

Ter 6 Nov - 21:42

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Mantiveram o treino durante um bom tempo, como sempre. Sprawn forçava seu chakra, manipulando o que conseguia. O velho era um ninja habilidoso, cheio de cartas na manga. Incrivelmente, Jäger aprendera quase tudo que sabia com ele. A única coisa que era diferente, que seria diferente, era o Jashinismo. Sprawn era um cético, Jäger tinha fé em seu deus e em sua força.

Religião a parte, eles se davam muito bem.

O nukenin mantinha sua mente focada, tentando espalhá-la ao seu redor como uma extensão de seu cérebro. Não era definitivamente uma técnica ou uma tática forte, porém, conforme ia se esforçando, sentia cada vez mais aquele mesmo formigamento. Havia algo ali, uma fagulha a se tornar uma fogueira. Ele sabia disso. Jäger fechou os olhos e tentou acertar Sprawn por mais de uma vez.

O treinamento era simples; o rapaz ficava no centro da clareira, o Velho Bêbado ficava girando ao seu redor e parava, emanando chakra. Jäger, vendado, completamente cego, tentava sentir a presença de Sprawn e arremessava uma kunai na direção que ele achava que o velho estava.

No início, era um completo fracasso.

- Você está se guiando pelo som, não pelo sentimento. TENTE DE NOVO, VAGAL! - Gritava o velho. Mas, aos poucos, Jäger começava a acertar. Aos poucos ele estaria pronto para ser um ninja de sensoriamento.

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Jäger

Ter 6 Nov - 22:42

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Jäger arremessava uma kunai, o Velho Bêbado movimentava-se em defesa. O garoto fechava os olhos, concentrando-se para tentar mais uma vez. O formigamento surgia, sentindo o chakra emitido por Sprawn nas redondezas. Agora, a fagulha era mais visível, porém, ainda nebulosa.

O nukenin ganhou a noção de espaço, tendo a compatibilidade para realizar as técnicas de sensoriamento, porém, a capacidade nua e crua era inútil. Ele nunca poderia encontrar alguém em um local específico apenas com ela. Devia aprender o jutsu e executá-lo.

Assim, Jäger iniciou a nova fase de seu treinamento: subornar o Velho Bêbado com cachaça para que ele lhe ensinasse o tal jutsu de sensoriamento.

- Eu provei para você, seu merda, que posso fazer essa porra. Agora, me ensine mais.

Ele estava realmente contente e satisfeito consigo mesmo. Agora, a peregrinação de Jashin pela terra seria mais efetiva. Ele sairia de Otogakure para caçar, encontraria sua presa e a destroçaria em nome de seu Senhor. Porém, o velho estava sendo um empecilho.

- Vamos logo, diabo!

Jäger o levou ao bar de novo, onde perguntou o porquê dele achar que o rapaz não fosse conseguir aprender o Kanchi. A história era longa mas, no fim, o Velho Bêbado foi convencido - ou coagido - a ensinar.

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Tama

Genin

Ter 6 Nov - 22:44

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"Os homens devem moldar seu caminho;
Quando você vir o caminho em tudo o que fizer;
Você se tornará o caminho."

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