Apocalipse

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Apocalipse
Apocalipse

Convidado

12/6/2018, 19:35

-砂の悪魔-

HP: 350/350 - CH: 950/950 - ST: 00/05

O Apocalipse é um termo usado em muitas seitas e religiões no mundo... referindo-se sempre ao fim, término e destruição. ...Ou às vezes à renovação. Qualquer que fosse o sentido verdadeiro, não importava para Azuka. Nunca viu seitas como algo realmente relevante, apenas mais uma das anomalias geradas pela falta de sentido da vida, mais um sintoma dessa doença, desse mundo. Mas, talvez, mesmo sendo um conceito distante, a distância também é um termo nebuloso. O fim pode estar mais perto do que a razão garante que esteja.
A chuva estava amena... muito mais tranquila do que a noite anterior. Quase como se os céus quisessem anunciar o fim de uma era. E talvez... fosse isso o que tivesse acontecido. Azuka ainda estava com o corpo enfaixado devido aos cortes e perfurações. Foi quase um milagre ter sobrevivido... Com um buraco aberto tanto em seu estômago, quanto em seu ombro. "....." - Ela já sabia o que iria fazer... já decidiu o seu caminho. Um caminho para longe da vida, longe do cinza e do caos... um caminho que trouxesse aquilo que nunca foi antes trazido para o mundo.
Cambaleou por alguns instantes. Os ferimentos ainda eram muito recentes. Apertou a barriga com uma das mãos para segurar a dor e, após alguns segundos, voltou a caminhar. Não importava o quanto os cortes latejavam, os semblante da menina permanecia o mesmo. Já perdera qualquer laço que tinha com seu corpo, com seus sentidos. Não importava mais o que aconteceria com ela... era um caminho de mão única.
Precisava de um lugar para descansar. Não conseguiria sair do vilarejo nestas condições. Parando a caminhada, trocou as faixas em seu estômago. Ainda estavam vermelhas, que nem as anteriores. Ainda levaria um tempo até que se recuperasse. Cobriu-se mais uma vez no seu manto negro. Conhecia um lugar... não estava em uma região muito amigável da vila, mas, de certa forma, é aonde acabaria sendo mais seguro. Uma construção de rocha... Dizem que fora destruída meses atrás por uma pessoa chamada Malick. Uma taverna foi construída encima dos escombros da antiga, e funcionava sob o mesmo dono. Não era o melhor dos lugares... mas nada nesse vilarejo é realmente bom, de qualquer forma.
Passou por ruelas e becos: não conseguiria ir por cima dos prédios. Ao chegar em um pequeno local aberto, avistou um prédio retangular, com poucas estruturas de metal, diferentemente do padrão do Vilarejo. Uma porta dupla de madeira emitia uma fina luz amarela pelas frestas. A ninja empurrou os portões e adentrou o lugar. Como sempre, era sujo e mal cuidado... mas ainda assim cheio daqueles que não podem se mostrar às luzes da sociedade. ignorando os olhares dos homens à sua volta, não tardou em comprar um quarto para a noite e dirigir-se à cobertura da construção. Apoiando os braços na grade que cercava o andar, passaria a próxima hora observando a Vila de cima.

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Convidado

12/6/2018, 20:14

O mundo era realmente um gigantesco salão de tortura, pessoas se definhavam em busca de um simples pedaço de pão, enquanto outras se vangloriavam por terem em suas mãos um poder vazio. Os antigos, aqueles que construíram esse mundo, certamente se reviravam em seus túmulos, uma vista infernal de um sonho jogado ao lixo, talvez fosse a hora de iniciar uma nova era, uma nova revolução...

Meus olhos fitavam a chuva constante de Amegakure enquanto meus passos seguiam como de costume, sempre em frente... as pequenas e delicadas gostas passeavam em meu rosto e isso me passava uma sensação incomum, minha conexão com a natureza me fazia sentir aquilo como se fosse um clamor de socorro, não era só as pessoas que sofriam, isso era um fato, toda a energia que conectava a vida do mundo clamava por uma purificação, por uma restauração. Meus pensamentos começavam a tomar conta de mim e automaticamente meus passos começavam a ficar mais rápidos e pesados, a minha impotência me fazia ter raiva de mim mesmo, quanto mais poder eu obtinha, mais certeza ainda eu tinha de que não seria possível fazer nada sozinho.

A caminhada se estendia em meio a chuva, eu avistava um lugar onde eu poderia repousar do meu treinamento e tentar organizar minhas ideias, havia tempo que meu único conforto era resumido a um chão de terra e uma fogueira, estava mais do que na hora de ter um descanso decente. Enquanto me aproximava do local, podia avistar uma silhueta na parte mais alto do estabelecimento, por um instante eu parei e fiquei apenas a observar, "Maldita chuva... não consigo ver nada direito", pensava enquanto seguia em direção a porta, caso conseguisse entrar, apenas buscaria um lugar para sentar, repousar por alguns instantes e principalmente observar a movimentação dos frequentadores.

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Souji Okita
HP---/---- CH: 3400/3400 STA 5

Convidado

12/6/2018, 21:30

-砂の悪魔-

HP: 350/350 - CH: 950/950 - ST: 00/05

A paisagem era morte... como sempre. Não havia nada de especial. Metais enferrujados, escombros... sangue. Talvez fosse um bom reflexo de como o mundo realmente era. Seus olhos, por entre as grades, avistavam uma pequena silhueta se aproximando do prédio. Mesmo com as roupas e a chuva ofuscando o seu rosto, pôde reconhecê-lo claramente... "...Espantalho.", pensou.
Olhou para as mãos. A água da chuva escorria por entre os dedos, contornando cada linha que se formava nas luvas pretas. "Talvez... agora fosse o momento de agir.", pensou, "...Até mesmo o caos pode fazer sentido algumas vezes, se der tempo suficiente.". Deixou-se cair de bruços na grade, observando aquele homem entrar no prédio. Assim que o mesmo sumiu da sua vista, virou-se e adentrou mais uma vez a construção, descendo pelas escadas.
Não foi muito difícil conseguir o quarto aonde havia se hospedado. Mesmo com roupas relativamente normais, a presença que exercia nos arredores era muito diferente da dos criminosos usuais. O dono da taverna não hesitou ao relembrá-lo. Azuka sabia que aquele ninja não era comum... havia alguma coisa nele, alguma coisa que o deixava mais íntimo da morte do que os outros. Uma relação quase que simbiótica... ela conhecia isso. Era a marca daqueles que já não viam sentido na vida, e o buscavam em outro lugar.
Subiu até o andar especificado. Não portava armas na mão, sequer estava com seus fios de Chakra manifestados. Não sentia a necessidade de fazê-los. Com um movimento suave das mãos, girou a maçaneta da sala e abriu a porta.

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Convidado

12/6/2018, 21:50

Certamente aquela cadeira era o lugar mais confortável a qual eu cheguei a repousar, senti um estalo em minhas costas, como se meus ossos haviam retornado, por um segundo até pensei que isso realmente tinha acontecido, mas não passava de um simples ranger da cadeira. Meus cabelos ainda encharcados começavam a me incomodar e obstruir minha visão, com uma das mãos eu tirava o excesso de água e notava que naquele lugar, tinham as pessoas mais comuns que eu havia visto até agora, "Essa sensação, devo estar delirando só pode.".

Minha bebida tinha acabado a alguns dias e a sede psicológica começava a atormentar minha mente, aquele maldito lugar, não seria possível que ali não tivesse uma garrafa de Habushu. Com os olhos eu comecei a buscar por alguém que aparentasse trabalhar ali, "-Alguém...vocês tem Habushu aqui?", falava enquanto ameaçava a me levantar para na sequência seguir até um balcão. Antes mesmo que eu desse o primeiro passo, uma coisa me chamou a atenção, uma maçaneta girando e uma presença estranha, sem hesitar, me virei imediatamente até a origem do som e me coloquei em guarda. "Será que é aquele maldito caçador de recompensas?"

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Souji Okita
HP---/---- CH: 3400/3400 STA 5

Convidado

13/6/2018, 13:31

-砂の悪魔-

HP: 350/350 - CH: 950/950 - ST: 00/05

Entrava mais uma vez naquele salão. O ar podre de suor e lodo invadia mais uma vez suas narinas. Ao redor, como sempre, homens jogados em cadeiras semi-quebradas, bebendo. Não fosse o barulho da chuva os trazendo de volta à realidade, talvez tivessem desmaiado há muito tempo. Não demorou para identificar, porém, o homem que estava procurando. Sozinho em uma das mesas, trajando roupas negras e um olhar singular. Não havia dúvidas.
Viu que o homem também a encarava. Estava em guarda... uma pose sem qualquer hesitação ou brecha, quase que perfeita. Talvez, já estivesse esperando uma pessoa. "..." - Não reagiu. Não o temia. Sua expressão continuava morta, neutra, como sempre foi desde meses atrás. A passos lentos, aproximou-se dele em silêncio, sem deixar de olhá-lo nos olhos por um segundo. Queria examiná-lo, entrar naquela mente... entender quais eram as coisas que o deixavam em tal estado de alerta. O que ainda o prendia à vida.
Durante os próximos minutos, pararia junto à ele, em frente à mesa, de pé. Com uma das mãos apoiada nas costas de uma das cadeiras, encararia-o nos olhos, sem dizer nada.

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Convidado

13/6/2018, 13:58

Passaram poucos segundos, porém pareciam quase que infinitos, a dúvida que pairou sob aquela maçaneta me fizera a quase derrubar todo aquele lugar, a imagem daquele maldito ainda estava nítida em minha mente, por fim, a minha desconfiança era desnecessária, a porta se abria e dela uma jovem garota surgia, parecia ter quase a mesma idade que eu, mas seus olhos "mortos" fazia parecer que a mesma já havia vivido uma vida inteira de sofrimento.

Retornava ao meu estado "relaxado" em minha "confortável" cadeira... fitava os olhos daquela pequena garota e, por algum maldito motivo a mesma fazia o mesmo, seu olhar parecia buscar algo em meus pensamentos, como se estivesse tentando me examinar, infelizmente, parte de mim era de um vazio macabro, quase que uma casca sem vida. Ela calmamente caminhava até mim e não deixava de me encarar nem por um segundo, "Que diabos essa garota está fazendo?", pensava após ela "repousar" apoiando uma de suas mãos em uma cadeira bem na minha frente.

Muita informação pra um curto período de tempo, minha questão sobre a minha bebida não tinha sido respondida e de quebra uma miniatura de mulher estava a me encarar. Segundos intermináveis de observação até chegar ao ápice de minha paciência, "-Se tem algo útil a me dizer, acho ótimo que diga logo... não sou do tipo paciente.", as palavra saíam enquanto eu me levantava, creio que era uma imagem engraçada vista de outro angulo, um homem de quase dois metros encarando uma garotinha de altura duvidosa. "-Por acaso é você que vai servir minha bebida?"
.

Souji Okita
HP---/---- CH: 3400/3400 STA 5

Convidado

13/6/2018, 15:19

-砂の悪魔-

HP: 350/350 - CH: 950/950 - ST: 00/05

Era como suspeitava: não havia nada que conseguisse extrair observando-o. Seu olhar era tão fixo, tão cinza quanto o dela... Já não tinha mais o que se perguntar. "-Por acaso é você que vai servir minha bebida?" - Não respondeu. Sentou-se na cadeira e esperou que ele fizesse o mesmo. "...Eu sei quem você é." - Começou. Sua voz saía contida, mas não por causa de prudencia. Era como se a mesma estivesse distante dali. O único movimento que trazia humanidade para a sua postura eram seus dedos que, vez ou outra, dançavam no ar, independentes uns dos outros. "Espantalho da morte... Já matou mais pessoas do que muitos conseguiriam em uma vida. Habilidades que ninjas jamais sonhariam em ter acesso... e alcunhas conquistadas que se estendem por todo o mundo Shinobi." - Continuou, apoiando uma das pernas encima da outra. "Os corpos que jazem atrás de você são muitos... e o sangue nas suas mãos também já deve transbordar..." - Com uma pausa de longos segundos, indagou: "...Mas não é suficiente, não é?"
Alguns segundos foram roubados pelo silêncio. Por algum motivo, neste momento até mesmo os barulhos do salão haviam diminuído. "...Eu sei que não é. Eu sei como é isso. A sensação de correr... correr... e não chegar a lugar nenhum. De tirar a vida dos outros e sentir que é a sua que se esvai." - Vez ou outra, deixava escapar as faixas enroladas em seu estômago e ombro por trás do manto, que logo se encobria ao recolher os braços. "Você... eu. Nós não somos como os outros. Nós entendemos melhor do que ninguém o quão sem sentido a vida realmente é." - Suas palavras ressoavam como um vento gelado. Não eram fortes, ou penetrantes... mas pareciam entrar pelos ouvidos de uma forma que excedia essas limitações. "E... mesmo assim, todas as pessoas insistem em dedicarem-se por completo em prol da vida..." - Com uma pequena pausa, encarou-o, por fim, nos olhos, novamente. "O que acha de mostrarmos a esse mundo acabado... como seria um reino regido pela morte?"

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Convidado

13/6/2018, 16:41

"Eu sei quem é você", essas eram as palavras que saiam da boca da garota, nesse mesmo instante comecei a imaginar oque ela exatamente sabia sobre mim. Minhas mãos, elas começavam a tremer, meus olhos faltavam apenas sangrar de ódio daquele momento, "O que sera que ela sabe de mim?", em um rápido movimento soltei toda a carga de minhas mãos sob aquela mesa, fazendo-a despedaçar, todos ali se assustaram com tamanho barulho, mas a garota não, ela continuava a falar como se realmente me conhecesse.

Como de costume, meus corações começavam a se confrontar, fazendo latejar um rosto que eu sempre buscava esquecer, o primeiro genin que ficou frente a frente comigo e que resolveu ir contra a minha palavra absoluta, aquele jovem membro do clã Jugo que hoje descansava em meu poder. A vontade massante de partir aquela pequena garota ao meio começava a me instigar, "Espantalho", outra palavra que eu notava de várias outras proferidas pela pequena, lembranças e mais lembranças jorravam em minhas memórias, a cada palavra dita por ela me faziam quase que voltar no tempo, vivenciando novamente aqueles momentos indesejáveis.

Ela conhecia minha história, mas isso não significava que ela me conhecia, "-Você está errada, você não me conhece, não sabe aquilo que eu realmente estou buscando. Meu passado me impede de correr, meu único objetivo é obter poder para findar a nossa realidade atual.", respirava fundo e dava uma leve enclinada em direção a garota, quase que ficando no mesmo nível que ela, "-O que? Nós mostrarmos ao mundo como seria um reino regido pela morte?", questionava o seu pensamento... "-E por que eu me juntaria a você para tal ato?", retormava minha postura anterior com um largo sorriso sádico no rosto, "-AAHAHAHAHAHA... O mundo não precisa ser regido pela morte, o mundo precisa ser consumido por ela..." dava por finalizada a conversa e então caminhava em direção ao balcão que estava a poucos metros de mim, "-QUERO A PORRA DE UMA GARRAFA DE HABUSHU...", indagava.

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Souji Okita
HP---/---- CH: 3400/3400 STA 5

Convidado

13/6/2018, 20:27

-砂の悪魔-

HP: 350/350 - CH: 875/950 - ST: 00/05

Sua reação foi quase que descontrolada. Talvez tivesse sido tomado por memórias, ou apenas desprezava a menina. Qualquer que fosse a razão, Azuka já sabia que ele não aceitaria de primeira."-QUERO A PORRA DE UMA GARRAFA DE HABUSHU..." - "Habushu...", pensou. É a segunda vez que o escutava clamar por essa bebida. Já havia a visto em alguns lugares, mas nunca vira alguém tão fixado por ela. Talvez, tivesse uma maneira mais fácil de convencê-lo, pensou. Afastando os destroços da mesa com o pé, levantou-se da cadeira e se retirou do salão.
Chegara mais uma vez do lado de fora. Cobriu a cabeça com o capuz negro. Sabia que ele não se importaria com a sua saída... não havia causado uma impressão tão gloriosa assim. Quando chegou em um lugar fora do alcance de visão das janelas, com um selo de mão, invocou um clone. Sem dizer nada, entregou-o parte de seus equipamentos e o mesmo sumiu com saltos.
Em seguida, dirigiu-se para o armazém do lugar. Conhecia a estrutura do prédio... viu-o sendo construído durante os meses. Não foi difícil encontrar uma pequena sala recheada de prateleiras e bebidas velhas. Assim que localizou as poucas amostras de Habushu que haviam ali, jogou todas no chão, do lado de fora e deixou as gotas de chuva levarem a bebida embora, exceto uma, que guardou consigo.

Retornou ao estabelecimento alguns minutos depois... provavelmente o balconista estaria alertando o ninja da falta de Habushu. Sentando-se na mesma cadeira que estava antes, cruzou as pernas e esperou. Assim que obteve os olhares de Souji, levou um pequeno gole à boca. "...Um lixo.", pensou. Na verdade, ironicamente, era a primeira vez que consumia álcool na vida. Fechando a garrafa, começou a brincar jogando-a para o alto e pegando, com uma das mãos. "...Ah... a última está comigo." - Virou a cabeça para o lado, em um tom provocativo. "Por que não vem pegar?" - Finalizou, com um sorriso. A esta altura, era mais do que claro que ela havia sabotado o armazém. Aqueles que conheciam a fama do homem à frente da menina ficaram em silêncio. O local inteiro parecia focado nos dois, como se o clima tivesse mudado completamente.

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Convidado

13/6/2018, 21:21

Meu pedido, mais uma vez ele estava sendo ignorado, meus nervos já estavam acima do limite, minha calma já tinha esvaído a muito tempo restando apenas um mau humor insuportável. O homem atrás do balcão saiu de uma porta, sua face não era nada boa e de sua boca palavras que eu não desejaria ouvir, "Senhor, não temos mais Habushu", o homem engolia um seco, aparentemente estava se borrando de medo da minha possível reação, "-QUE MERDA DE LUGAR, COMO VOCÊS NÃO TEM O CARALHO DA MINHA BEBIDA!!!!!???" indagava e em seguida um forte soco atravessava o balcão de cima a baixo, abrindo um buraco do tamanho de meu punho, "INFERNO!!!"[i/].

Respirava fundo enquanto rangia os dentes, buscando bem no fundo um pingo de energia positiva, me virava de costas para o balcão e pudia notar novamente aquela garota sentada na mesma cadeira, em suas mãos uma garrafa e em sua face um olhar de deboche, a pequena ao perceber meu olhar, rapidamente levou a garrafa até a boca e disse "Um lixo", em seguida lançou mais um monte de palavras, afirmando que aquela era a ultima garrafa da minha preciosa bebida. [i]"Mas que diabos essa peste está tentando fazer", pensava e logo me movia em sua direção.

Um silêncio começava a tomar conta do lugar e a face de muitos transbordava um ar de pânico, "Por que não vem pegar...?" dizia a pequena fedelha, aquela simples fala foi como um gatilho,fazendo com que toda a raiva viesse para fora e com isso, alguns fios negros começaram a ficar aparentes, levantava levemente uma de minhas mãos e apontava para a imbecil, meus fios "brotavam" por entre os dedos e começavam a esticar em direção a minha "desafiante", "-Garota, não sei o que diabos você está pensando... Mas não vai ficar bonito pra você".

Meu corpo estava em êxtase, meus olhos não se fixavam naquela pequena figura e na garrafa que portava... "-Te darei uma oportunidade para me entregar isso... basta deixar sob a mesa e fingirei que nada disso aconteceu, se recusar, serei obrigado a ter seu coração pulsando sob a palma de minha mão...", a chance havia sido dada, meus fios continuavam a esticar até a jovem até o momento em que eu "repousasse" de pé, bem a sua frente.

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Souji Okita
HP---/---- CH: 3400/3400 STA 5

Convidado

13/6/2018, 22:21

-砂の悪魔-

HP: 350/350 - CH: 775/950 - ST: 01/05

Talvez o que a menina estivesse fazendo fosse considerado suicídio para a maioria das pessoas. Ou que até mesmo cogitar confrontar um ninja desses estivesse fora de questão... no entanto, ainda assim fazia sem qualquer hesitação. Não tinha medo da morte, pelo contrário, desejava-a. Era como uma deusa a ser seguida, procurada. Um totem representando todo o sentido que já havia se esvaído na vida. Um pilar.
O salão estava em silêncio. A gritaria e confusão cessaram completamente enquanto as atenções se separavam entre a garota e o homem em pé, à sua frente. Até mesmo o cheiro de bebida parecia ter seu lugar tomado pelo da chuva, conforme a mesma se intensificava. Ventos invadiam a sala por pequenas frestas e falhas no concreto e balançavam o cabelo dos dois. Nesse momento, ambos se encaravam, sem dizer uma palavra.
"Garota, não sei o que diabos você está pensando... Mas não vai ficar bonito pra você". - Alertou o Espantalho. Seus braços começavam a pulsar padronizadamente, até que alguns fios negros se estendiam por entre as juntas de seu corpo. "-Te darei uma oportunidade para me entregar isso... basta deixar sob a mesa e fingirei que nada disso aconteceu, se recusar, serei obrigado a ter seu coração pulsando sob a palma de minha mão..." - Seu rosto não podia deixar mais claro o descontrole que pairava em sua mente. Ele estava falando sério... e era exatamente isso que ela queria. Pegou mais uma vez a pequena garrafa de Habushu no meio do ar e guardou-a na bolsa ninja. "...Eu só vou entregá-la quando aceitar a minha proposta." - Respondeu, os olhos cerrados e um sorriso. Estalava cada um dos dedos separadamente, dobrando-os em tempos completamente desconexos, mostrando a estranha coordenação motora que havia desenvolvido.
"...E talvez fosse com a sua vida que devesse se preocupar." - Completou. Com isso, executou um selo de mão e fez um clone surgir ao seu lado. Lentamente levou a mão à bolsa e pegou uma kunai. Segurando-a com a mão direita, concluiu: "Espero que não seja fraco." - Com isso, começou a correr em sua direção com a arma em mãos, e o clone seguindo-a logo atrás.

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Convidado

14/6/2018, 09:14

O ódio estampado em minha face e as unicas coisas que eu desejava naquele momento, eram a preciosa garrafa e a vida daquele pequeno ser, meus olhos estavam fixos naquela garota, cada passo que era dado fazia parecer que o silêncio daquele lugar iria esmagar tudo e todos. No fundo eu esperava que a pequena garota voltasse atrás e simplesmente me entregasse a garrafa, porém não era isso que seus olhos demonstravam, não sbaia se ela era simplesmente burra ou muito corajosa, e isso era algo que não me importava mais.

Ela realmente estava a pensar que poderia me comprar com uma bebida, continuou a me desafiar e disse que só me entregaria aquilo que eu desejava, se aceitasse a proposta. "-Tenho que admitir, você tem coragem e eu admiro isso.", era um fato a coragem da garota, isso era uma das poucas coisas que eu respeitava nessa mundo, "-Sinto em dizer, mas tenho uma imagem a zelar...".

Em outro ato de valêntia, a garota fazia alguns selos de mão e um clone surgia ao seu lado, em seguida sacou uma kunai de sua bolsa e rapidamente partiu em minha direção, "Tsc... Isso não vai funcionar...", estavamos bem próximos um do outro, porém sua velocidade não era lá grandes coisas, com um rápido e simples movimento levantava minhas mãos em sua direção, os fios já estavam se espalhando e seguindo de encontro com a minha desafiante. "-VOCÊ É REALMENTE LOUCA, GOSTO DISSO..." falava enquanto manipulava meu chakra, fazendo com que meus fios seguissem sua total velocidade, naquela curta distância, só um milagre pra salvar a garota.

Correr para a morte sem temer as consequências era algo que poucas pessoas tinham coragem de fazer, e isso era algo valioso hoje em dia, principalmente se tratando de um mundo que gira unicamente em torno da morte. Meu movimento tinha unicamente a intenção de imobilizar a garota, eu começava a reconhece-la como igual e sinceramente, eu não queria o sangue dela em minhas mãos, não todo...

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Souji Okita
HP---/---- CH: 3400/3400 STA 5

Convidado

14/6/2018, 17:00

-砂の悪魔-

HP: 350/350 - CH: 775/950 - ST: 02/05

"-VOCÊ É REALMENTE LOUCA, GOSTO DISSO..." - O grito ressoou pelo salão como se o mesmo fosse um grande corredor. A menina corria em sua direção com a pequena lâmina em mãos. Em menos de um segundo viu o corpo de seu oponente se desfazendo em fios negros. Avançavam na sua direção como pequenas faíscas provindas de um raio. "...Tsc, ele é mais rápido.", pensou. Sem muito tempo para reagir, deixou sua Kunai cair no chão e recebeu os fios em seu corpo, que logo se enrolaram em cada uma de suas juntas. Encarou-o por alguns segundos enquanto era envolvida pelas cordas. O clone atrás dela também havia sido imobilizado.
"..." - Olhava-o sem dizer nada. Algumas pontas acabava entrando em sua pele e finos traços de sangue escorriam pelo seu corpo. Não esboçava, porém, sinal de dor. Era quase como se, mesmo sem se movimentar, ou falar, conseguia passar uma mensagem muito maior através do silêncio. Ela não tinha porque temer a morte. "...Eu vou admitir... você é mais forte do que eu." - Começou. Pelas pontas dos dedos que se esgueiravam pelos fios, Azuka manifestou latentes Fios de Chakra que formavam seu caminho pela teia negra até o corpo de Souji, com a intenção de, pelo menos, imobilizá-lo no lugar. "Mas... eu acho que ainda não entendeu o que nós dois temos em comum." - Enquanto falava, um barulho invadiu a sala: vinha de uma das janelas. Era o primeiro clone que Azuka havia criado, enquanto estava fora do prédio. Com a mão esquerda, fez um selo de mão que parecia ecoar por toda a extensão da construção, padronizadamente. "Eu não estou mais viva, há muito tempo." - Assim, um tremor deu início a uma cadeia de explosões que destroçaram toda a sustentação da construção. Aqueles que assistiam o confronto se desesperavam enquanto a fundação tremia e, sem sucesso, tentavam escapar pelas portas e janelas que se achatavam em destroços.

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Jutsus Utilizados:

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Convidado

14/6/2018, 18:54

Como era de se esperar, um simples e eficiente movimento era tudo que eu precisava para encerrar aquele projeto de batalha. O silêncio continuava a reinar e mesmo imobilizada e ferida, se recusava a se queixar, "Você é mais forte do que eu" falava a garota e eu apenas a escutava, trazia até mim e ficava cara a cara com minha oponente, "-Não imaginava que encontraria alguém como você tão cedo...", minhas palavras saiam com um tom calmo, todo o ódio havia se esvaído e no lugar começava a sugir um certo respeito pela pequena.

"Eu não estou mais viva, há muito tempo.", eu entendia aquele sentimento, entendia perfeitamente, desde a obtenção da minha maldição eu venho buscando uma forma de me sentir vivo, me sentir normal. Eramos jovens, mas ambos sofrerem com a vida, com o dever shinobi e agora estavamos vazios de esperança, durante o curto momento de lembraças eu era interrompido por uma invasão, um outro clone... "Desgraça", em um rápido reflexo pressionei um pouco mais os fios e um tremor acompanhado de explosões se iniciava, todos começaram a correr desesperados para todos os lados e a ultima coisa que eu queria, era ter escombros em cima de mim, saltei em direção a porta me afastando assim da primeira explosão,"-Você quer tanto morrer assim?", questionava enquanto a puxava para junto de mim buscando "protege-la", "-Acho que já chega de brincadeiras." concluía e saltava novamente, só que esse em direção a saída.

A chuva engrossava, talvez devino as chamas do local ou talvez era mais um momento de lamento daquela terra que simplesmente resolveu derrar suas lágrimas. A pequena ainda estava "amarrada" em minha técnica e eu notava que ela estava com partes do corpo enfaixadas, "-Você parece que foi triturada.", um sorriso brotava em minha face, um sorriso que a muito não era demonstrado, "-Hoje não é o seu dia de morrer, sinto muito.", libertei de minha técnica em meio a chuva e a questionei novamente... "-Qual era mesmo a sua proposta?"

Técnica:

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Souji Okita
HP---/---- CH: 3400/3400 STA 5

Convidado

14/6/2018, 19:14

-砂の悪魔-

HP: 350/350 - CH: 775/950 - ST: 01/05

Os fios lentamente se desenrolavam de seu corpo. As pontas se desgrudavam das suas veias e o seu corpo finalmente pousava no chão. "-Hoje não é o seu dia de morrer, sinto muito." - Limpou a sujeira das roupas com a mão. Com um selo, desfez os clones que havia invocado. Atrás deles, um prédio em destroços... dezenas de cadáveres e uma cobertura de sangue e cinzas. Foi apenas quando escutou a próxima frase de Souji que soube que finalmente o plano havia dado certo: "-Qual era mesmo a sua proposta?".
Com um breve movimento dos braços, fez surgir uma esfera verde de Chakra, que passou por cada um dos buracos do corpo. Enquanto os mesmo estancavam, a garota olhou-o nos olhos mais uma vez. "...Que bom que entendeu." - Levou a mão ao bolso e pegou o pequeno frasco de Habushu, jogando-o nas mãos do ninja. Inclinou a cabeça, olhando para o céu. Às vezes, o seu corpo simplesmente parava de se movimentar, chegando até mesmo a ser difícil de diferenciá-la de um cadáver. Quando o ninjutsu médico cessou, a ninja deu um passo para frente, ficando de costas para Souji, e começou: "...O que eu quero não é uma organização... ou um movimento..." - A chuva oscilava de maneira estranha, quase como se estivesse dançando junto ao discurso. "...Não é uma seita, ou um esquadrão." - Virou a cabeça e olhou-o nos olhos mais uma vez. "O que eu quero... é um apocalipse." - Uma pausa de longos segundos foi dada, enquanto dava um passo na direção dele. "Um choque derradeiro... que atinja esse mundo como ele nunca foi atingido antes. Que traga finalmente a morte ao reino dos vivos... que afogue tudo e todos que ainda acreditam que a vida tem algum sentido." - Por um tempo, contemplou o nada, com um semblante neutro, como se estivesse imaginando o que havia acabado de falar. Até que voltou a si: "6 membros. É tudo o que preciso para começarmos a agir. Se conseguirmos isso, não será um feito impossivel." - Depois de falar, estendeu a mão direita para ele, como que esperando um aperto. "...E então?"

Coisas:

Ficha

Convidado

14/6/2018, 21:37

Nos ultimos tempos minha unica companhia era a chuva, sua delicadeza e sinceridade me eram suficientes para conseguir carregar o fardo de uma maldição, o fardo de carregar sangue e morte em minhas mãos, ali mesmo, no chão parcialmente alagado eu me sentava enquanto ouvia as palavras da garota, fechava os olhos para melhor entender e visualizar suas palavras, meu cabelo cobria meus olhos e por algum motivo eu começava a sorrir, o segundo em tão pouco tempo, talvez a imagem de um mundo dominado pelo caos me alegrava.

"Um choque derradeira que traga morte ao reino dos vivos", essa frase pairava em minha mente... "-Gostei..." respondi afastando o cabelo que cobria minha face, "-Podemos fazer isso, mas nessas condições.... você não será capaz de fazer muita coisa." a respondia enquanto observava o quão "destruída" ela estava. Habushu, que bebida revigorante, pegava a pequena garrafa e imediatamente levava até minha boca dando uma longa golada. "-Eu topo... mas aqueles que forem escolhidos deverão passar por um teste físico.... o que acha?", com um sorriso sádico eu levantava e me colocava ao lado da minha nova "parceira".

"-Não se preocupe, prometo que se você morrer... manterei seu coração vivo em mim" finalizava sabendo que ela não entenderia essa pequena frase, eu olhava para o céu como se estivesse vendo um futuro ou um lugar em que pessoas como a gente poderiam viver de acordo com nossas necessidades... "-E então... pra onde vamos e como iremos nos intitular?"

Considerações:

Souji Okita
HP---/---- CH: 3400/3400 STA 5

Convidado

14/6/2018, 21:48

@Tudo bem.

Convidado

15/6/2018, 17:31

-砂の悪魔-

HP: 350/350 - CH: 775/950 - ST: 01/05

Enfim, havia começado. Talvez fosse a primeira vez que sua mente se dava conta do mesmo... mas, talvez, ele já tenha sido iniciado desde aquele acontecimento, dois anos atrás... o acontecimento que plantou a pequena semente de caos no seu coração.
"-Eu topo... mas aqueles que forem escolhidos deverão passar por um teste físico.... o que acha?" - Disse, ele. "...Não faz diferença. Faça do jeito que quiser. Saberemos quando for a pessoa certa." - Respondeu a ninja. Ergueu a mão, a chuva começava a se agitar. Ela escutava barulhos vindos de várias direções... talvez, o desabamento de um prédio não tenha sido exatamente a melhor opção em um vilarejo como esse. "-E então... pra onde vamos e como iremos nos intitular?" - Levou seu capuz mais uma vez ao rosto. Já não havia tempo para discussões. "...Aquela que vai trazer o sentido de volta ao mundo... a morte de volta aos vivos... Um receptáculo do fim." - Pausou, dando alguns passos para frente, afastando-se dele. Olhou para o alto e finalizou: "...Hakainabe."

Voltou a caminhar para longe do lugar. "...Nos encontraremos mais uma vez aqui, depois que cada um de nós conseguir um membro." - Antes de desaparecer na escuridão, concluiu: "O Apocalipse começa hoje."

Coisas:

Ficha

Convidado

15/6/2018, 17:56

"Hakainabe..." até que não era um nome ruim, na minha opinião nem fazia diferença o nome, a única coisa que importava na real era os objetivos concluídos. "-Tudo bem, nos encontraremos aqui, nesse mesmo lugar... buscarei alguém do seu nível...", finalizava e caminhava, me afastando da jovem e do lugar.

considerações:

Souji Okita
HP---/---- CH: 3400/3400 STA 5

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