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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 25 DG
Primavera
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Convidado
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Enoitecia de forma nefasta com o sol a eclipsar sob as brumas enigmáticas que suspeitem serem causadas por uma garoa que atingia o alto da montanha. Árvores anciãs farfalhavam suas folhas conforme o vento estremecia seu tronco, rangendo-se em um som estridente de uma boa, porém velha, madeira a se romper. Seria compreensível se qualquer uma delas viessem a sucumbir. Desilusões geradas conforme a carruagem trilhava o caminho.

Um outro relincho e um aviso pressuposto.. Observando o equino dos pés ao seu tronco, nota-se um corpo talhado por uma longínqua e exaustante vida. Músculos prestes a atrofiar e debilmente trêmulos, junto à um par de olhos cansados que não pude perceber de soslaio, devido aos antolhos do pobre animal. O pedido de seu boleeiro fora compreensível, mas distinto, não senti pena.

A priori, o animal recebera todo o carinho que um dono deveria dar. Alternei os relanceares entre o cavalo e a floresta, que me olhara escrupulosa, cedendo-se em seguida e priorizando a missão ao incomum. Fui catar alguns galhos pois tínhamos de ter uma fogueira. Ascendi-a e aguardei, inquieto perante os murmúrios e chilreio dos animais.

Sob o luar platinado e cercados por um nevoeiro noturno opaco, estavam o equino e seu redeador, a dama impaciente, e nós, mercenários, indiferentes. A fogueira suscitante em brasas, anéis flamejantes e um fumo acinzentado da madeira queimando meneando aos céus, acompanhado por um olhar discreto que fixou-se no semi-estrelado céu, não tão bonito devido a neblina.

Spoiler:

Shinso; HP: 200, CK: 945.
Anonymous
Convidado
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A história se desenvolvia conforme Shinso procurava seu antigo líder. Agora, envolto por uma floresta obscura e pessoas desconhecidas, seu futuro seria decidido. De garoto à homem, de ninja à renegado, de bem à mau.

Mercenário, robusto e amedrontador. Essa era a aparência do homem situado ao lado de Shinso. —— Você é novo. Sabe manusear uma arma? Matar um homem? —— desconfiado, suspeitou. Seus olhos traçaram o corpo juvenil e o julgaram por si só. Um relance ardiloso para com o garoto, suficiente para estremecer seu corpo.

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Convidado
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A donzela permanecia em seu canto, cantarolante e sozinha. Era notável a angústia em cada um de seus cochichos; o rosto suava frio e os olhos fixados no chão, claramente a observar nada em particular. O pouco tempo que me perdi a analisando fora suficiente para que ele, Aswolf, fizesse o mesmo comigo. Travou um olhar de uma besta insaciável sobre o meu corpo esguio, fitou-me dos pés a cabeça. Joelhos dobrados, braços sobre eles, e um olhar cabisbaixo. Cabelos encaracolados, enegrecidos e soltos ao vento. A aparência não revelava nada amedrontador, o que era impensável para alguém considerado um mercenário. Foi no momento em que realizei que poderia estar indo à uma direção sem volta, obscurecendo o trajeto e tornando-me algo que não desejava. As dúvidas permaneciam mas logo se tornavam borrões abstratos a medida que as palavras de Aswolf violaram meus tímpanos.

—— Não… Eu.. —— antes mesmo de poder finalizar a desculpa esfarrapada que consegui pensar, ele me interrompeu. Agora que pude presenciar sua insanidade, ele era mais assustador do que antes. A boca aberta e os dentes cerrados, seus olhos fixaram-se não só no corpo, mas atravessando a alma e a mente. Subjugado pela presença intimidadora de um homem só. Se bem que, ele deveria ter a altura de dois… Não, não era tempo para mais desculpas. Até quando este seria minha saída? Foi a primeira vez que houve um complexo em minha mente. O que eu pensava não era exatamente certo? E o que era o certo? Como eu saberia? Um dilema incessável, agoniante e obscuro.

Shinso; HP: 200, CK: 945.
Anonymous
Convidado
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—— Imprestável. —— disse, bruscamente. A voz chamou a atenção da garota perdida em seus devaneios, mas não do cocheiro, que estava um pouco longe, alimentando o cavalo.

—— Não se fazem mais homens como antigamente. Levante-se! —— chutou Shinso. Não foi um pontapé forte, mas também não foi amigável. Shinso cambaleou para trás, impulsionado pela força adversária. —— Siga-me. Não posso falhar desta vez. E não deixarei que me faça falhar. —— insinuando que seria seu instrutor, de alguma forma. As palavras estremeciam Shinso, mas obrigaram-lhe à seguí-lo. Por detrás dos troncos esbeltos, eles se encontraram. A garota não foi suficientemente corajosa para ir atrás.

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Anonymous
Convidado
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Uma dor excruciante e um braço quase desfigurado. O golpe devastador por pouco não me arrancara o membro frágil. O corpo todo era, na verdade. Salvo pelo instinto; pondo ambos os braços em uma defesa dupla e fechada. Ainda assim, meu corpo foi arremessado até parar logicamente, esbarrando num tronco de uma árvore qualquer. Agitado, com medo e instintivamente alertado, soergui-me com rigidez e rapidez, pronto para me defender de investidas posteriores, mas isto não ocorreu. Esperei que o homem, domado por uma fúria sem precedentes, mostrasse-se ainda mais violento, mas não o fez. Deu de costas e saiu.

Aproveitei sua decisão para apoiar o braço golpeado com o outro, pondo as mãos na região do cotovelo, ferido, arranhado e sangrando. Sem saber por um curto período de tempo o que realmente estava acontecendo, frustrado e com medo, resolvi acompanhá-lo, matendo sempre uma distância plausível, gerada pelo medo, de três metros, fixando-me inteiramente em seus membros inferiores. Não gostaria de receber outro chute daqueles. De forma alguma.

Shinso; HP: 200, CK: 945.
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Aswolf tinha passos largos e estampidos. Após alguns metros de caminhada, ele parou, sendo seguido por Shinso. Virou-se para ele e arremessou sua mochila pesada contra o garoto.

—— Pegue o que quiser e tente me ferir. Para matar. É claro. —— riu, debochado. Sabia que, ao observar o físico do garoto, suas chances de igualá-lo em força bruta eram mínimas. Aswolf permaneceu de punhos cerrados, confiante do que estava a sugerir.

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Aswolf era um homem fugaz.. Ardiloso, sério e mortal. Suas palavras arguiram contra meu corpo, tornando-o incapaz. Se recusasse, estaria correndo o risco de ter as costas perfuradas ou os membros decepados. Ao menos, era isso que aquela aparência nefasta trazia consigo; o olhar semicerrado a calcular friamente a presa, e as mãos, duas vezes maiores que as minhas, ansiando por sangue entre os dedos. Na primeira chance, ele me quebraria, comeria e cuspiria. Aswolf, o lobo cinzento - ou como o preferiram chamar, Aswolf, o bárbaro.

Um par de adagas, espadas enferrujadas, macados e uma clava. Objetos cujo aparências só me eram conhecidas através de figuras em livros antigos e rabiscados. Nunca tive interesse, e por tanto, não sabia nem sequer como segurá-las apropriadamente. Entretanto, a situação era crucial, e dar para trás significaria a morte. Aleatoriamente peguei uma adaga e uma espada, empunhadas em cada uma das mãos. A esquerda posicionava-se mais defensivamente, sob a proteção da agilidade sorrateira da adaga e sua curta lâmina. A direita, erguia-se feroz e audaciosa, confiante no poder da espada. O restante não me chamou a atenção, e continuaram obsoletas dentro da mochila.

—— É isso… Pode vir…
—— Não. Venha você.
—— ….
—— Venha!

No momento em que a adrenalina encontrou seu trajeto dentro do meu corpo, o suor esfriou e paralisou-se sobre o rosto medroso, aquilo aconteceu. Um barulho estridente e uma explosão desconcertante; meu corpo novamente arremessado para longe. Parei, coberto de poeira e uma sensação de incapacidade; fracasso. Aswolf olhava-me de cima, subjugando-me com sua presença, como de praxe.

—— Nunca confie em ninguém. O mundo é sujo e as pessoas são traiçoeiras. A guerra não traz vitória, apenas derrota, para ambos os lados. Lembre-se disso. ——

A cada tentativa de me erguer, pondo toda a força nos braços e cotovelos, outro membro desabava, e em um efeito dominó, o corpo tombou. A maré de dúvidas, como sempre, estava prestes a inundar as areias da praia. Minha mente seria consumada, preenchida pela torrente causada pelo próprio medo.

Por quê?

Uma palavra, seis letras. Era simples, mas de significado desconhecido. Meu corpo estremecia, quase paralisado, mas não se movia corretamente. A dor não o deixava inerte, e o medo não permitia que eu me levantasse.

Um chute agudo atingiu-me por trás. As costelas esquerdas alvejadas por um pontapé doloroso e cruel. O golpe desumano empurrava meu corpo por mais alguns metros, ao mesmo tempo que cuspi sangue o suficiente para encher uma taça.

—— Até quando atacará sem pensar? Ah sim, você é daqueles que agem por instinto. Achas que me vencerá sem uma estratégia?

… Não hoje, garoto. O mundo não espera. Ações têm de ser calculadas, e, enquanto não tomar ciência disto, não será capaz de empunhar uma espada.

A sua figura obscura deixava minha visão conforme minhas pálpebras fechavam gradativamente. Adormeci em um sono forçado pelo cansaço. Talvez, se não estivesse consciente, não poderia ser consumido pelo que minha própria cabeça dizia. Mas, não era tão fácil assim. Acordado ou não, ainda estava vivo. E era tudo o que aquilo em meu peito precisava.

Silhuetas abusivas e maldosas; enegrecidas e borradas, atravessando de lá para cá. Sinceramente, não sabia o que estava acontecendo e nem aonde estava. Tentei me aproximar de cada uma, tateando-as no ombro. Algumas sequer tinham faces, e outras, eram surreais. Algumas realmente foram-me familiares; sempre alguém de um passado distante, marcado em minha memória. A viagem continuou, contingente.

——
Você não tem muito tempo. Ninguém esperará por você.
 

As palavras eram indecifráveis, mas sabia que tinham significado. Foi então que acordei. E ele estava lá. Aswolf, sentado, talhando uma figura excêntrica em um pedaço qualquer de madeira. Ouvira dizer que era um de seus hobbies, mas que não superava o de esmagar crânios em batalha.

—— P-Preciso ficar mais forte. Ensine-me mais! —— balbuciei, audacioso e barulhento. O tempo não media esforços. Ele me olhou com o seu olhar imperioso de sempre, mas assentiu.
—— Temo que não há escolha.


Shinso; HP: 100, CK: 945.
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Aswolf continuou a treinar o garoto até o amanhecer. Para a surpresa do mercenário, o garoto tinha garra e não media esforços. Suas ações prodigiosas resultaram em uma dominância exclusiva para com as armas de gume. Mesmo que não fosse um perito, ele agora era capaz de usá-las.

[...]

De prontidão, ambos permaneceram, no alvorecer, próximos à carruagem da donzela, como era pedido na missão de escolta. O que eles não esperavam era o ataque repentino de uma gangue da encruzilhada. Fogo foi ateado na carruagem sem que pudessem perceber, e a donzela, desaparecida. Shinso deveria procurá-la, mas não sabia o que Aswolf faria.

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O inusitado fim que as minhas ambições trouxeram puseram-me à pensar, mas não era o momento correto e o homem parado ao meu lado me ensinara aquilo. Pensar consumia tempo, e tempo era irrecuperável. A donzela em perigo, sem deixar qualquer pegada ou emitir qualquer som.

No entroncamento da floresta, misteriosamente, uma trilha estava formada com pegadas de algum animal silvestre. Duvidoso, resolvi segui-la. Deixava Aswolf que dizia ir para o outro lado. O cocheiro também estava sumido, então nos dividir era uma boa alternativa.

À medida que caminhava, as folhas farfalhavam mais loucamente e o sol eclipsava atrás dos troncos carrancudos. A sinergia ambiental, mesclada com uma recém neblina nefasta, arquearam meu olhar para o topo convexo da montanha, fora da trilha. Era quase certo que debaixo dali havia uma casa, pois uma janela de teor Tolkieniano poderia ser vista do lado de fora, além da porta de madeira obsoleta e quase camuflada com a própria natureza. Não medi passos e adentrei.

A cena que presenciei certamente se estamparia nas paredes de minha memória por uma eternidade, ou além. A moça de outrora, com os seios arrancados e torso pendurado sobre uma estatueta cristã, desnuda, ensanguentada e claramente, sem vida. A mente poupava alguns segundos para tentar analisar toda a situação, quando novamente desprevenida, se depara com o cocheiro, de costas para o teto, tombado no chão de madeira escarlate - o sangue percorrera até entre as frestas, formando uma piscina negra-escarlate. Haviam sido mortos há instantes, e não precisava ser um perito para concluir aquilo. De olhos vidrados, alternei a visão para a moça e o homem sem vidas, analisando não sua estrutura corpórea ou como salvá-los, mas sim, o porquê de estarem mortos, quando fui interrompido abruptamente por uma voz retumbante e familiar.
—— Sabe, eu gostava MESMO deles, mas eles valiam demais!
Eu poderia dizer que cometeram um erro, que foi alguém que me pagou, mas você não acreditaria nisto, acreditaria?

Evidentemente espantado, meus olhos quase saltaram rosto afora, com o suor que meneava a face, congelado. Os cabelos, de pé, arrepiados. O corpo trêmulo.

—— A-Aswolf?!
—— Nnnnnnnananinanão! —— sua voz era estridente, e em um tom debochado e cantarolante, ele se revelou. A mão atravessou lentamente a silhueta de seu rosto que se desfigurava magicamente sobre um encanto cochichado silencioso. Aswolf era um nome qualquer, de uma de suas vítimas quaisqueres.

—— Mas se me perguntas, eu ainda confirmo. Você é o meu preferido. E claro, tudo por causa dos seus dois milhões e meio! Venha! Não tema! Não tem mais nada a perder!

Retorci minhas entranhas desde o momento em que te vi! Estava perplexo, incapaz de acreditar que uma criança, incapaz de manusear uma espada, poderia valer mais do que eu mesmo!

É claro, a sensação de inveja, ódio e falha, reinaram gradativamente sobre mim. E no final, após uma sessão particular com meu outro eu, eu decidi: Eu só tenho que matá-lo! E assim, tudo se acabará.

Aswolf, ou como conhecera anteriormente, postava-se, de joelhos, agraciando alguém que não poderia ver, de braços abertos em louvor. Por um instante esqueci-me dos corpos sem vida que jaziam no âmbito sombrio. As paredes atrás do assassino, ensanguentadas, não pareciam ter significado algum para com minha sanidade atual. O homem, balbuciava até que sua saliva salpicava no chão. Era um silêncio amedrontador, mas que, lentamente me consumia. Até que as palavras de Aswolf não emitissem qualquer ruído, e seus olhos famintos não surtissem qualquer efeito em mim.

Antes, talvez.

Não mais.

—— Se não tenho nada a perder, como posso recusar esse gracioso convite feito pelo Drácula em pessoa? ——  brinquei com sua aparência fantasmagórica e esquelética. A timidez era subitamente ofuscada pelo momento, afogando-se em uma mistura de medo e insanidade, à medida que algo a mais parecia assumir o controle do meu corpo.

—— Dois e meio? Estou surpreso que eu valha tão pouco assim. Se eu lhe matar, valerei mais?

—— Shurororororo! Veremos! —— insaciável e fugaz. Inafetado pela provocação iminente, o desconhecido saltou. Suas garras de prontidão mostraram-se mais feroz do que lâminas. Precisas e velozes. Seu golpe transversal, como o de um lobo, arrancou-me um pouco de sangue que respingava chão afora, além de me causar uma cicatriz permanente em algum lugar das costelas direitas. O ferimento fatal foi evitado com um deslize rápido e instintivo para o lado.

—— Aswolf não era lento assim.

Atravessou com a força que tinha para o fundo do quarto cúbico e estreito. Seu corpo se chocou com uma figura medieval retratada em um quadro aparentemente caríssimo, mas agora, sem valor. O homem chacoalhava a cabeça, liberando suor e um ruído escruciante de fúria e sede.

—— Ele também não era burro. Tem certeza que o matou?

Qualquer que fosse o motivo que estava me limitando, ele parecia estar cem porcento ofuscado por outro motivo desconhecido. A adrenalina pulsante recheada de medo e o instinto natural de sobrevivência faziam meu corpo trabalhar a todo vapor. Esguio e frácio, mas ágil e com certa destreza.

—— Seus poucos ensinamentos foram eficientes aqui. Se continuasse a lutar sem pensar, não conseguiria notar isto. Parece que você não foi capaz de sequer analisar o ambiente em que estava. Eu lhe repito. Tem certeza que matou Aswolf?

Antes que pudesse desferir o golpe fatal, com a espada que Aswolf me dera, fui novamente interrompido. Uma voz charmosa e suave atingiu meus tímpanos de trás.

—— Não. Ele não está morto.
Está somente desiludido e desacordado a algumas centenas de metros daqui.
Na verdade, chamo-me Alice Kytler. Estava espionando este homem à sua frente por motivos que não posso revelar, mas agora obtive o que ansiava. Faça o que quiser com ele, mas deixe este local rapidamente.

—— V-Você? Como ainda está viva? E-Eu deveria saber que aquele lugar só tinha gente assim!

A misteriosa mulher tratou de me paralisar momentaneamente por mais um instante, arrancando gritos desesperados do homem com o braço preso à parede de madeira e terra logo atrás de mim. O pescoço curvou-se, dando uma boa olhada às vestimentas da jovem, assim como seus longos cabelos prateados e um olhar semicerrado, também misterioso. Não deveria perguntar nada, pois era intimidado toda vez que nossos olhares se cruzaram.

—— Fique à vontade. haha —— sugeriu a garota, revoltando-se para uma entrada que não percebi anteriormente. Estava claramente a procura de algo que não ousaria questionar.

Tentativas falhas e berros agonizantes completavam a situação desesperadora daquele ser. Seus olhos úmidos fixavam-se em mim, dando a parecer que seu subconsciente e alma imploravam por misericórdia.

—— P-Por favor! Tenha misericórdia! E-Eu tenho din-.
—— Infelizmente, desconheço essa palavra.

A prata da espada tremulou; seu brilho cintilante agora manchado com o sangue escarlate de um impuro. Cada gota que respingava no chão sujava minhas botas, mas não liguei para aquilo, ao contrário, lancei um olhar à janela próxima, buscando alguma coisa que não fosse aquele brilho recente do sol. Larguei a arma que saltou uma vez na madeira, até parar do lado do corpo. Caminhei até a porta, abrindo-a sem me preocupar com o barulho da madeira rangendo contra o chão pútrido de fora.

E comecei a andar mais e mais, ignorando a fadiga que claramente estremecia minhas pernas e solidificava minhas juntas. Em algum momento deste passeio, encontrei Aswolf a degustar de um sonho suspeito. Um sorriso de orelha à orelha, a baba nojosa escorrendo pelos lábios. Preferi não acordá-lo, e simplesmente continuei traçando um caminho desconhecido. Seria melhor que não nos falássemos mais. Mas foi bom saber que um homem como ele poderia sorrir, mesmo que inconsciente. Gargalhei por alguns segundos, sozinho, com as roupas manchadas de sangue, olhos cansados, cabelos encharcados e um corpo esguio, débil e prestes a desmoronar. Algo que só fora acontecer horas depois, em algum lugar longe dali.

[...]

Algo nascera e morrera dentro de mim naquele tempo. Continuei minha busca pelo antigo líder, o que me levou de volta à Konoha, mas tudo o que consegui foi ser recebido com uma angustiosa hostilidade, que me levou à assassinar oito de meus antigos companheiros.

Spoiler:

Shinso; HP: 100, CK: 945.
Anonymous
Convidado
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A história de Shinso mais uma vez se concluía.

Manuseou uma arma, assassinou um homem.

E assim, ele se manteve. A sua chama incandescia cada vez mais.

Anonymous
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