A Primeira Interação

Simon era um ninja extremamente calculista em ambas as suas personalidades, e por isso em seu quarto, ao lado de sua cama ficava uma lista de coisas a fazer antes de pensar em virar chunnin, e havia uma mulher que poderia lhe ajudar com isso, uma Sennin que estava no cargo a algum tempo, talvez ela fosse capaz de transforma-lo em um ninja, esperava também que não houvesse uma mudança repentina de personalidade quando falasse com ela.
Fora de sua casa, o vento estava frio, não estava muito quente, mas muito seco para o garoto. Os comentários que rondavam no local era de que ela estava fora das dependências da vila, mas que para encontrá-la precisava falar primeiramente com o Tsuchikage responsável pela aldeia. Simon se dirigiu pelo local para encontrá-lo e pedir para que ele o deixasse seguir seu caminho para aprender seu primeiro jutsu, que esperava ter ralações com a medicina ou algo parecido.
Sem interrupções, o garoto entraria no gabinete, para falar com o Kage para lhe deixar obter esse conhecimento, tal qual era necessário para que o garoto se tornasse um shinobi incrível, mas tentaria ser o mais simples e direto possível, nunca se sabia quando sua outra personalidade assumiria, não podia deixar que descobrissem isso ou percebessem tal diferença.
– Sra. Tsuchikage – Diria ao perceber que o líder da aldeia era uma mulher. – Eu preciso de uma permissão, da senhora. Poderia me liberar... – O garoto falhou a voz. – Poderia me liberar para falar com a Sennin? – O garoto, sem saber se a localização dela era confidencial ou não, ou até mesmo se a existência dela deveria ser, dispararia em seguida. – Eu creio ser o ninja com menos jutsus da aldeia e acho que essa seria uma maneira de evoluir rapidamente... Eu gostaria de ser um ninja médico algum dia.... – O garoto, por fim, esperaria a resposta com seu olhar esperançoso.

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Simon finalmente se depara com a primeira saída da aldeia, a Tsuchikage havia lhe dado permissão para encontrar a garota que lhe ensinaria algo para lhe ajudasse em sua vida de médico, talvez um jutsu, talvez um ensino sobre o corpo, não sabia ao certo, apenas sabia que era o caminho a ser seguido. O garoto pegou o pergaminho e fez uma reverencia a sua superior como forma de despedida.
Chegou em sua casa para pegar suas coisas, não queria arriscar uma expedição fora da aldeia desarmado. Sua mochila estava em cima de sua cama, já preparada, justamente por Simon não ter o costume de usar armas, não gostar de brigar. Dentro da mochila haviam as coisas que precisava para lutar, kunais, papéis bombas... coisa que diziam que seria útil algum dia.
Antes de sair, o garoto abriu o pergaminho que a Tsuchikage lhe entregara, nele havia uma localização, era um campo pelos arredores de Iwa, segundo o que dizia o pergaminho, era o último lugar em que ela fora vista e, se ele queria encontrar ela, deveria começar por ali. Pegando a mochila e guardando o pergaminho lá, ele seguiu até o portão, parando nele ao chegar para tomar ar e tentar não deixar o medo tomar conta de seu corpo.

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Simon se mantivera calmo por um tempo, até que enfim mostrou a permissão para deixar a aldeia, permissão para ir até um vilarejo que tinha a volta de Iwa. Sua caminhada fora tranquila até chegar ao vilarejo, sem interrupções, bandidos nem nada de ruim que lhe pudesse atrapalhar, nada que o desviasse do caminho.
O vilarejo possuía várias casas feitas de pedra, assim como a vila, seus telhados eram em formatos de pirâmides, mas com o comércio bem visível com seu teto cilíndrico, seu chão era coberto de grama, mas que secara com o clima seco, provavelmente voltaria a crescer com o inverno que se aproximava.
O garoto adentrara a cidade sem ter muita noção de com quem falar, queria saber se havia alguém na vila que lhe pudesse informar onde encontrar o tal campo ou a tal mulher. O garoto então, tomou sua postura formal com o qual costumava se apresentar, com as mãos para trás, se aproximou para tentar falar com a primeira pessoa que encontrou.
A mulher era uma velhinha, daquelas que costumavam ficar falando da vida das pessoas pelas costas e que sempre sabiam o que acontecia no vilarejo. Se alguém tinha a resposta para sua pergunta, era ela. O shinobi abordou a mulher fazendo duas simples perguntas: “Você sabe algo da Sennin que fica nos arredores? Ou de algum campo que fique aqui por perto? ”. Foi tudo que conseguiu se lembrar antes de sua mente resetar.

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Simon levou suas mãos a cabeça, como se sentisse uma forte dor e inclinou a cabeça para frente. O garoto simplesmente deixou os braços caírem e se voltou a mulher, a mulher erguia uma sobrancelha para o garoto, tentando descobrir se ele estava bem, ele finalmente respondeu:
– Estou bem, é só uma dor de cabeça, a senhora poderia responder a minha pergunta? – Mentiu o garoto, sua segunda personalidade sempre se lembrava do que a primeira fazia, embora quando assumisse, a primeira não se lembrava. Uma leve brisa passou, mexendo os cabelos brancos do garoto e da senhora antes que ela finalmente se pronunciasse.
– Eu... não lembro se eu soube de algo sobre isso. – A velhinha ignorou a ação anterior do garoto. Ela claramente estava mentindo sobre o assunto, estava pedindo algo em troca da informação. O garoto olhou para os lados, observando as pessoas que passavam, e pensou: “Desgraçada... se eu pudesse te matar...”. Com tantas testemunhas seria algo complicado, ele não poderia simplesmente matar alguém que tinha todas as informações, nem poderia tortura-la antes de fugir da vila como pretendia.
O garoto abriu a mochila, vendo o pouco dinheiro que tinha guardado, respirou fundo para não parecer ter mudado de personalidade e a entregou parte do dinheiro, de forma que ela não soubesse que ele tinha mais. – É tudo que eu tenho, mas eu vou tentar conseguir mais e lhe entrego. – Ele não iria, mas a bondade do garoto foi o suficiente para que a mulher acreditasse naquele teatro.
– Está bem, isso me refrescou um pouco a memória. – Disse a velhinha. – Ela estava em Iwa a um tempo, num bar lá no centro, ela é loira, tem seios robustos e olhos castanhos, isso é tudo que eu me lembro, mas com um pouco de incen- – A mulher parou de falar ao perceber que o garoto já tinha saído, ele estava voltando para a vila, ou pelo menos tentando, não deveria ser muito difícil encontra-la, poucas eram peitudas na Vila.

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Simon sorrira por poder andar até a vila sozinho, o que era uma dádiva para si, mesmo sentindo que faltava um pouco de adrenalina em sua jornada, seu sorriso esperançoso se mantivera por um tempo, mas fora embora ao chegar em Iwa e ver o primeiro habitante, percebendo que não mataria ninguém ali, não por um tempo, embora, ao mesmo tempo em que se controlava, armava um plano para possuir o corpo por completo, sabia da ideia de seu Alter Ego de procurar uma maneira para poder dividi-los, e queria ser mais rápido que ele ao fazer isso.
Simon sabia de um bar no centro de Iwa, um que era possível encontrar os mais diversos ninjas, era o bar onde o pai do garoto frequentava após o incidente com o cachorro, o bar onde o pai do garoto utilizava da raiva para esconder seus sentimentos e a bebida para acabar com a dor de não proteger sua própria casa do ninja que havia invadido, sem perceber que o invasor na verdade era seu próprio filho, por esse motivo e por outros, Simon conhecia muito bem o dono, já falara com ele nas vezes em que buscara seu pai, na verdade, haviam uma certa amizade entre os dois, quase como uma relação de pai e filho.
Fora recebido aos abraços pelo homem, não fazia muito tempo desde que se viram pela última vez, e mesmo assim parecia que não se viam a décadas, a primeira coisa que o homem fez, foi dar ao garoto um pirulito. O garoto, antes de consumir o pirulito, lhe perguntou sobre a senhora que procurava, tendo como resposta um desmanchar no semblante do homem que lhe dizia sobre as encrencas no bar por conta dela, mas que ajudá-lo-ia em sua busca. O homem rabiscou algumas palavras em um papel e entregou ao jovem, era algo sobre ela não querer ser encontrada, e mesmo com o bar cheio, não queria que as pessoas soubessem as informações que tinha, menos ainda que encontrassem sua cliente mais frequente e fiel.
Simon saíra do estabelecimento chupando o pirulito, mas na primeira lixeira jogou-o fora, se perguntando o porquê de sua outra metade gostar daquela coisa. O garoto lera no papel que deveria, primeiro, dar a volta na quadra e perceber se estava sendo seguido, não percebera nada disso, mas mesmo assim o fez, e nada. O garoto, antes de chegar novamente no bar de esquina, atravessou a rua e se misturou entre as pessoas para entrar no hotel que estava em frente ao bar, localização interessante, muito acessível ao bar, o ninja tentaria então, entrar no local e falar com o gerente.

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Simon finalmente se via em um impasse, será que falaria a verdade para o gerente que o abordara? Era um hotel, então a capacidade de ser barrado por esse motivo era alta, então, o garoto decidiu uma abordagem diferenciada, decidiu fazer com que o homem fique distraído para tentar esgueirar-se para dentro do estabelecimento. O garoto observava o local a sua volta, pessoas entravam e saiam do local, e, por reflexo, o homem olhava para a porta, Simon então, esperou que alguma pessoa estivesse próxima a entrar para responder a pergunta definitivamente.
- O quadrado da minha idade é igual a dezesseis, somado ao produto da idade que tinha 4 anos atrás, pela idade que terei daqui 4 anos. – No momento de término de sua fala, uma pessoa entrou no estabelecimento, distraindo o homem, Simon passou por trás do balcão nesse meio tempo e correu, silenciosamente, até a porta que dava acesso aos quartos. O verdadeiro motivo de Simon ter distraído o homem falando sua idade, sendo que poderia ter feito isso de qualquer forma, foi para ver a lista que estava no balcão, lista com nomes e data de hospedagem, incluindo vila e outras coisas. A única de Iwa que estava hospedada ali, estava no quarto 3, provavelmente era a Sennin. O ninja se aproximou do quarto, batendo na porta a espera da mulher, querendo que ela estivesse lá.

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O garoto, atordoado por ter acordado em um lugar totalmente diferente do normal, se deparou com a mulher grosseira, cabelos loiros e peitos enormes, fazendo o garoto ficar um pouco corado. Não era como se nunca tivesse visto peitos, mas aqueles eram extremamente grandes para uma pessoa normal. O garoto, evitando demonstrar a falta de memória, não demorou para lançar uma pergunta a mulher, poderia ser segredo, poderia ser errado, mas tinha que pergunta-la.
-A senhora... A senhora é a Sennin? – Perguntou o garoto para a mulher de maneira muito calma e tímida. Ele a encarou com os olhos brilhos até que ela finalmente o respondesse, sua resposta positiva fora o que fez com que ele disparasse milhares de perguntas contra a mulher, perguntas como “Como você se tornou Sennin?” ou “Como conseguiu tanto poder” perguntas que foram respondidas com o tempo, o garoto estava disposto a tudo para saber o que a mulher poderia lhe ensinar.
- Você pode me ensinar jutsus de cura? – Foi a pergunta que parou o tempo, não era algo que as pessoas costumavam querer aprender, menos ainda com uma bêbada como ela, mas o garoto não se importava com isso, acreditava no bem que as pessoas tinham em seu interior.

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Sua felicidade caiu por terra com as palavras da mulher, o garoto não iria aprender nenhum jutsu medicinal no momento, mas recebera uma proposta na mesma proporção, a habilidade de invocar um animal que lhe poderia ajudar em combate, mas exigiria muito de seu chakra para esse feito. Chakra que ele tinha por sinal, o garoto seguiu com a mulher, silenciosamente pelo hotel para que o homem não o vesse, seria algo ruim ser barrado depois de chegar tão longe em sua busca.
O garoto, junto com sua sensei, foram para um local isolado de todas as outras pessoas, era um local cheio de grama, com a luz solar que batia nas montanhas criando sombras grandes no chão. Pássaros passavam por lá, borboletas também, flores apareciam aleatoriamente, e nenhuma árvore. Ela havia lhe explicado que a invocação era uma lesma, coincidentemente eram as únicas coisas que ambas as personalidades do rapaz gostavam, ela se chamava Katsuyu e tinha técnicas como transferência de chakra.
Mas em um local tão isolado, o rapaz receava trocar de personalidade e dar fim a vida da mulher, era um local sem pessoas, o típico local em que sua personalidade ficava e era o tipo de local em que ele queria estar novamente, podendo aparecer a qualquer momento.

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A mulher fazendo alguns selos, mordendo o próprio dedo até tirar sangue, colocou sua mão no chão e invocou um animal muito lindo e grande, o mais raro que já havia visto até o momento, mas não foi apenas uma demonstração, a lesma, katsuyu, liberou por sua boca um pergaminho, não muito grande, capaz de realizar um contrato com o garoto caso ele quisesse. A Sennin explicou a situação, disse que deveria selar com sangue e que uma certa quantia de chakra seria exigido para o contrato. O garoto levou o polegar até a boca e mordeu a parte macia, seus olhos lacrimejaram com a ação, mas conseguiu perfurar o dedo para alcançar o sangue.
A lesma desapareceu com o pergaminho no momento em que o garoto colocou a mão no papel como forma de selar o contrato, agora ele tinha uma invocação, ou pelo menos foi o que pensou até tentar invoca-la, seu chakra não foi utilizado, não havia conseguido chamar o animal em sua primeira tentativa, o sorriso que ganhara por selar o contrato desapareceu ao não conseguir mover seu chakra.
- Isso significa que eu não fui aceito por ela? – Disse o garoto com o olhar triste direcionado a sua professora.

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Um apagão súbito assumiu a mente de Simon novamente, sua outra personalidade tomara conta do corpo, a personalidade convencida e que faria qualquer coisa para se livrar de pessoas, principalmente conseguir apreciar realmente um ser que aparecia apenas em flashes em sua mente, o garoto estava agora motivado para conseguir invocar aquela lesma o mais rápido possível e depois seguir para sua casa descansar. Não muito tempo depois, Simon largou o descanso por não aguentar ficar muito tempo parado. O garoto se afastou de sua mestra que o observava atentamente e foi ao centro do campo, o garoto estava concentrado, sentia o chakra correr por seu corpo, seu sangue ferver, a dor de ter machucado seu dedo, já coagulado, anteriormente, o garoto então, novamente morde seu polegar, dessa vez sem sofrer pela dor.
Ao colocar a mão no chão, uma cortina de fumaça se estendeu pelo campo, ele, diferente de se Alter Ego, não estava simplesmente vendo o ser peculiar, estava em cima do ser, sentindo o ar bater em seu rosto, embora não ficara muito tempo ali, ele estava cansado demais para manter, decidiu dar um breve adeus a mulher e agradece-la, mas sem contato, o garoto foi para sua casa, isolado das pessoas. Sem ter vontade ou energia para matar ninguém, o garoto deitou-se em sua cama e simplesmente dormiu.

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