Meus olhos se abriam pesadamente em relutância contra a luz. Seria um dia tedioso ou ativo? As horas seguintes darão a resposta. Arrumei minhas coisas e sai de casa. Armas na bolsa e milhares de pensamentos na cabeça. Refletia a cada segundo sobre a extenso de meu atual poder. Sobre meu clã. Sobre meus venenos, tendo cada vez mais ideias bacanas para criações. Talvez algo mortífero? Ou algo que dificultasse o uso dos sentidos? Tanto faz.
Ideias vão e vem. Dentre elas, um totem. O símbolo de meu clã. Uma linda serpente de argila enroscada em torno de seu próprio centro. Uma Naja inflando suas extremidades e abrindo sua boca. Seus afiados dentes e sua língua bifurcada chamavam atenção na cena. Sonhos com tal totem eram constantes, mas o que significa? Com o estudo de religiões antigas, geralmente de caráter animalista, vi diversos significados possíveis. Dentre eles, a serpente age como um signo, só que animal. Minha personalidade parecia compatível, mas não busquei apostar em tal. Prossegui, até que estranhamente paro para prestar atenção na conversa de dois Jonins. Eles pareciam animados. E eu, agia estranhamente, afinal, não era disso. Vi tais usando uma técnica curiosa ''Kuchyose, han?''- pensei. Enquanto vi um deles efetuando selos e em seguida convocando um corvo. ''Animais? Bem... Essa técnica é curiosa. O que tenho sobre ela é conhecimento de nome, apenas'' - indagou consigo mesmo.
Ele ouvia detalhes mais avançados sobre a tal técnica. Memorizando os selos e então partindo para um local mais afastado. O jovem fazia o processo necessário, ele sabia as consequências, mas resolveu arriscar. ''Qual é minha afinidade natural?'' - questionou para si mesmo. Ele então foi levado para uma caverna estranha e com pouca luminosidade. A tensão natural afetou seu corpo que entrou numa postura mais defensiva.
- Sou Nach, ninja de Iwa. - Proclamou em bom tom - Ao invés de assinar contratos, decidi vir diretamente. Minha afinidade natural. Portanto, onde estou? E com o que exatamente tenho afinidade? - No fundo o jovem já sabia a resposta. Tudo o que ele conseguia pensar era na imagem imponente do totem que recheava seus sonhos.


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Eu perambulava pela caverna sem um destino certo. Nenhum ser sequer respondeu meu questionamento. ''Será que vim parar em um mundo sem animais?'' - questionei-me. Começando a crer que havia errado no uso de selos. ''Não é possível eu ter errado, então onde está o que devo encontrar?'' - refleti. Até o momento onde meu pé encontra-se com algo esquisito de textura lisa, mas com deformações. Com a luminosidade aumentando aos poucos, me deparo com uma casca de cobra tamanho gigante. Ao primeiro momento minha posição defensiva toma forma agressiva, mas logo reparo que trata-se apenas de pele.
- Serpente... Isso significa que... Minha afinidade natural... Meu totem... - Balbuciava para mim mesmo. Por dentro, sentia um certo sentimento de alegria. Meu clã é ligado a tais animais, mas eu era um dos poucos que chegou a este ponto.
Prossegui meu caminho tendo a pele de serpente como guia. Até chegar ao fim da mesma e deparar-me com duas portas. Uma era feita de madeira, material rústico , mas com seu símbolo dourado. A outra era metálica, e seu símbolo tinha uma resplandecência especial, o que me induz a acreditar que trata-se de prata.  Peguei uma kunai com a mão esquerda e preparei minha escolha.
''O dourado me remete ao ouro, o que pode simbolizar realeza. Mas se houvesse algo realmente importante, então não seria feita de madeira, que é um material fraco. Porém, as serpentes em diversas culturas possuem a mesma simbologia que as árvores. Símbolo de eternidade. Já o metal é um material resistente, mas seu símbolo é de prata. Apesar de ser um metal nobre, não é tanto quanto o ouro. Porém, nada indica que aquele dourado é ouro... Só é dourado. Ao que me consta as criaturas possuem hierarquias. Então, uma espécie de rei, estaria dentro da porta mais protegida. Fora que o símbolo contido é mais usado para remeter à sangue-puros.''- pensei. Adentrando posteriormente pelo portão de aço.  

Hakuja Sennin(Lider das Cobras)

O rapaz, adentrando o portão, é vislumbrado com estatuetas de ouro por todas as partes, além de uma ótima iluminação. Surgindo de surpresa uma grande serpente vinha em minha direção. Chamando-me com palavras chulas e clichês. Meu instinto natural de auto preservação estava prestar a atacar tal criatura até o momento em que eramos interrompidos. Um comando. ''Então ele é o rei daqui?''- questionei-me enquanto segui em sua direção com relutância.
Uma serpente de escamas brancas, adornada em jóias e com olhos chamativos. Em sua boca uma cigarrilha queimava. Como se fosse um incenso, tal trazia um odor agradável ao meu ver. - O que me trouxe é a efetuação de um kuchyose sem contrato - Fui direto - E isso também significa que vocês são a minha afinidade natural. Então se sou um humano nojento, acho melhor que seu amigo repense tais palavras, pois nossas naturezas são mais semelhantes do que é manifesto em meu aspecto físico. - O jovem não demonstrava medo. Embora a situação colocasse seu corpo em certa tensão. - Não busco submetê-los e nem feri-los. Quero um contrato convosco. Sou humano, mas meu espírito não o é. Meu clã é o clã Naga. Originados dos deuses serpentes, divindade mitológica Hindu. Nossa história começa com uma profetisa que reuniu discípulos e dentre eles, gerações depois, encarnou um Deus Naga. Ao menos é o que diz a lenda.
- Os membros mais poderosos de nosso clã são considerados serpentes encarnadas. E se eu estou aqui. Isso só pode ter um significado... Portanto... Não quero ser o dono, e muito menos o submisso. Busco um contrato para que possamos agir de igual para igual. Vocês me emprestar seu poder, e eu trago a honra das serpentes para todo o mundo ninja. - Logo prosseguiu, concluindo - Poucos em meu clã tiveram a capacidade de invocar cobras. E todos estes foram os mais poderosos. Considerados deuses dentre os nossos.
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A grande serpente passava-me um desafio para que eu me provasse merecedor. O que era absolutamente normal. O mesmo bufou sua fumaça agradável ao meu olfato e então sumiu rapidamente. ''Como aquela serpente imensa conseguiu sair tão rápido?''- questionei. Segui direto ao primeiro desafio. Lá estava o leão, por enquanto, eu apenas o observo à distância. Cheguei em proximidades maiores até me encontrar à vinte metros do mesmo. ''Eu tenho força o suficiente para um ataque preciso. Ao meu favor tem uma kunai, minha inteligência e meus conhecimentos sobre anatomia.'' - Pensei, começando a montar uma estratégia. Sou do tipo que prefere tratar este assunto de forma astuta, assim como uma serpente. Preparo a kunai na mão direita e nesta eu crio o veneno Two-Poi (Manipulação rank D). Este veneno me garante que o leão fique paralisado em certo tempo caso o mesmo não morra nesta tentativa. Após banhar a kunai com tal veneno, eu fazia uma segunda manipulação, mas dessa vez com o veneno Three-Poi(manipulação Rank D). Esse veneno iria até o leão na forma de uma fina serpente que se dispersaria em gás ao ficar próxima do mesmo. Nisto, o veneno agiria ao ser absorvido pela pele e causando pequenas hemorragias internas. Até ai eu buscaria não ser percebido pelo mesmo. Após esta ação eu lanço a kunai em força total mirando seu crânio em um ponto vital. O felino repara em um último instante, mas a mira era extremamente precisa. Tudo o que o jovem viu daí em diante foi a fera cambalear de um lado pro outro, seus olhos perderem vida e tal cair derrotada no chão. Ele foi e pegou seu coração. Como já lhe foi pedido.
Em seguida o mesmo segue até uma colmeia, mas fica em uma distância de poucos metros. O suficiente apenas para as abelhas não se sentirem ameaçadas e atacarem. Ele lança abaixo delas uma bomba de fumaça. A fumaça faz com que a abelhas se recolham para dentro da colmeia. É um método muito usado por apicultores para trabalhar com estes perigosos insetos. E então o jovem mais uma vez cria veneno a partir de seu chakra, uma manipulação de Three-Poi(Rank D). Este é um veneno que possui efeitos lentos, não costuma ser usado em inimigos de grande porte. Entretanto, abelhas eram insetos com uma vitalidade baixa. Portanto, assim que recolhidas em suas estruturas. O rapaz usa do veneno em sua típica forma gasosa, preenchendo a casa das mesmas e infectando-as. Em poucos minutos nem sequer um mísero zumbido era audível. Afinal, o veneno fazia seu efeito em um mesmo instante, e animais como aqueles eram ainda mais vulneráveis. Tendo certeza de que todas estavam mortas, ele abria a colmeia e procurava pela rainha. Um trabalho um tanto ardo devido aos milhões de habitantes. Finalmente encontrando-a. Ele aproveita-se para recolher os favos de mel para deliciar-se posteriormente, mas também recolhe amostras dos venenos existentes nestas abelhas. O rapaz sabe que eram abelhas incomuns. Apesar de terem sido facilmente derrubadas. Sendo elas existentes no local que mais parecia uma outra dimensão como a caverna Ryuchi, então deviam ter algo incomum em sua composição. - Estudarei tais mais tarde - Proclamou, guardando suas amostras. Também guardando o mel que era bem mais apetitoso.
Em seguida ele voltou até a caverna e proclamou: - Sobre o enigma, o que seria mais forte do que um leão e mais doce do que o mel das abelhas?

O Leão e eu possuímos força 4 (armas podem ser lançadas até 22m). Logo, um soco normal (desconsiderando os efeitos do veneno) faz 10 danos. Agora, com envenenamento, +15 danos, sendo +5 por post. Sendo usada uma kunai, e não um soco, o dano vai pra 20, logo, 25 (com veneno) + 5 por post(veneno) +5 por post (hemorragia de corte). Isso sendo um dano em áreas normais. Mirei em um ponto vital (Perfuração do Crânio: -100%HP), tenho qualidade Conhecimento anatômico, e 5 pontos em inteligência, além dos 4 em força que me dá precisão suficiente nesta distância.

As abelhas eu presumi uma vitalidade pequena pelo seu porte. Então elas morrem em pouco tempo.

185 CH
FULL HP

O entrega tudo, deixando o rei satisfeito. Este mesmo lhe profere algumas palavras e o mesmo retruca - Temer ou ser admirada? Deixe que essa parte eu cuido. Prefiro a ideia de honrar o nome das serpentes. O medo apenas controla os fracos. Queres controlar os fortes? Então deixe que eu mesmo lido com isto.
Logo o mesmo se prontificava a assinar o contrato. Mordiscando cada um de seus dedos e carimbando-os no pergaminho. Junto a tais, estava a assinatura de seu nome, também marcado com sangue. O rapaz logo prosseguiu invocando ao campo a serpente solicitada com sucesso total. E então era mandado de volta para sua vila.